Podem preparar os ovos e tomates podres. Eu não vou ser bacana e dizer que achei a Season Finale de Battlestar Galactica boa, simplesmente porque minha opinião é o oposto disso. Em resumo, achei um porre. Chato, arrastado, sem graça. Ou talvez seja apenas eu e um momento de tremendo mau humor. Uma das duas possibilidades é válida.
O problema é que não vejo necessidade em gastarem praticamente 60 minutos só no julgamento de Gaius Baltar. Também fiquei louca da vida porque, de certa forma, a própria série dá um mega spoiler ou chamem de uma sugestão muito clara, da revelação dos Cylons, que deveria coroar um final surpreendente. O lance da música deixou tudo tão óbvio cedo demais que eu não entendi para que enrolarem tanto para confirmar o que todo mundo que sabe somar 2 com 2 já sabia.
Obviamente que essa é apenas minha opinião pessoal e sei que a grande maioria adora esse episódio e o considera como um dos melhores, senão o melhor, de toda a série. Por isso mesmo, eu tinha uma expectativa imensa em relação a ele e quando não encontrei nada daquilo do que eu esperava, fiquei com essa impressão.
Mas, vamos cortar a enrolação, porque foi justamente isso que me deixou aborrecida.Para começar, já sabemos quem são 4 dos 5 cylons finais e teria sido um choque se a maldita musiquinha não denunciasse tudo. Tyrol, Anders, Tory e Tigh. De todos, o último é o que mais causa espanto. Sempre desconfiei de Sam e Tyrol era tão bitolado com isso que só podia mesmo ser um cylon. Sobre Tory, a assistente de Laura Roslin, eu nunca pensei muito, por isso, realmente não importa pra mim o que ela é ou deixa de ser. Apesar de eu ter achado a revelação uma pataquada, acredito piamente que o desenvolvimento dessa trama não será. Novos dramas, conflitos e uma nova perspectiva vão surgir daí e mal posso esperar por isso. Aliás, uma das primeiras coisas em que pensei foi que já temos duas crianças híbridas. Uma delas é Hera e a outra é Nicholas, filho de Tyrol e Cally. Aliás, falando em Hera, Laura Roslin começa a ter novas epifanias com a criança e dessa vez, elas são compartilhadas. Estranhamente, Number Sex e Sharon têm a mesma visão, de que algo ruim está para acontecer.
O julgamento de Baltar, que muitos julgam brilhante, achei chatíssimo. Exceto, apenas, por um personagem, que ganhou meu respeito e o direito de não ser chamado de pau no cu, pelo menos, até o fim desse texto. Lee Adama é chato e engomadinho, mas seu discurso durante o interrogatório fez a diferença e foi, sem dúvidas, o ponto alto do episódio. Jamie Bamber realmente faz valer a alcunha de ator e merece palmas pela cena, pelas falas, pela entonação e por salvar Lee de ser motivo de chacota, pelo menos uma vez na vida. Por causa dele, que mostrou que Gaius seria o único condenado num período de perdão, Baltar acaba considerado não culpado, mas agora terá de viver sozinho e cuidar para não ser assassinado nos corredores da frota, onde ele tem mais inimigos do que admiradores. Também por causa de Lee, soubemos que Laura Roslin está com câncer novamente e é o mesmíssimo Lee que encontra Starbuck nos céus, num momento crítico, quando toda a frota está em risco e perto demais do sonho de encontrar o planeta Terra. Depois da pane, da revelação e de mais um inicio de batalha contra os cylons, tudo o que eles têm a fazer é vencer e seguir Starbuck rumo à Terra prometida. Desde o início da série, venho fazendo questionamentos muito peculiares, que ficam apenas dentro da minha cabeça, sobre as consequências de se encontrar esse novo lar. É agora que eu quero ver.
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