Não existe outra palavra para descrever "The Bahamas Triangle". A única que aponta perfeitamente para o episódio é: excelente.
Bom demais ver Ugly Betty recuperando as forças e mostrando que ainda não é hora de se despedir do público. Aliás, espero sinceramente que os americanos dêem o devido valor a essa notável recuperação, que vem coroando a 4ª temporada. Então, antes de nos despedirmos da série, que apresenta seu último episódio no dia 11 de dezembro, vamos falar do clima de romance e novidades que reapareceu e fez Ugly Betty subir no meu conceito.
Uma sessão de fotos nas Bahamas serve de pano de fundo para quase toda a trama do episódio. A única que fica de fora da viagem é Hilda, que não consegue convencer seu namorado, Karatê Kid, a tirar uns dias de folga. Nessa hora nem mesmo mestre Miagui salva do chifre e Hilda acaba trocando Daniel San por uma noite tórrida com Bobby. Para completar, ele faz um jantar tropical, querendo se desculpar e tal, mas já é tarde demais. Hilda já foi brincar no playground do vizinho e faz a maior cara de culpada, que não vai adiantar de nada. Aliás, isso vai gerar a maior confusão no próximo episódio, acredito, mas, antes que alguém reclame, não darei spoilers e vou deixar para que se surpreendam sozinhos.
Agora, pegando a conexão direta para as belas praias e paisagens das Bahamas, tivemos o que eu chamo de um verdadeiro Rega-Bofe. Foi homem pra todo lado e pra todo mundo. Até Marc encontrou um gay para chamar de seu, onde ele só conseguia encontrar héteros e europeus que davam pinta, mas não eram da galera do arco-íris. Daniel também levou o seu, mas não do jeito que vocês estão pensando. Ele se aproxima de Marc, que o ajuda a buscar mulheres disponíveis bancando o amigo gay e, a grande novidade é que agora ele será o assistente de Daniel. Achei a escolha perfeita e a mudança bem legal e inesperada. Quem fica de queixo caído é Wilhelmina. Eu já imaginava que ela não ia sair da Mode coisíssima nenhuma e, perdendo Marc, ela vai penar para encontrar um assistente tão dedicado e fiel. Se é que vai. Contudo, o grande plot de Wilhelmina foi o reencontro com Connor. Imaginava que ele não estivesse morto, mas o retorno triunfal, direto das águas límpidas, mostrando o corpitcho dourado e malhado e depois, pegando Wilhelmina de jeito, foi simplesmente fenomenal. Fiquei aqui, pensando na inveja que senti dela nesse momento. Porém, depois do tempo sexo e alegria, chega a hora de Connor ser preso. Uma denúncia leva o FBI até a praia, num estilo meio Baywatch e, sem saída, ele diz à Wilhelmina para se aproveitar do fato para continuar empregada na revista, fazendo as vezes de delatora.
No entanto, o que mais chamou a atenção foi mesmo a história de Betty, Amanda e Matt. Acabei pagando a língua e agora, tenho de engolir o que disse sobre um certo casal sem química. No fim das contas, Betty e Matt ficaram bem juntos. Teve até uma pegada mais forte,que fez Matt subir no meu conceito de atuação masculina. Ele bem que tenta começar um romance com Amanda e, por isso mesmo, a coloca na lista da viagem para as Bahamas, o problema é que não rola. Cena hilária foi a da competição entre Betty e Amanda no tobogã, para ganhar a corrida pelo coração de Matt. Amanda acaba percebendo que ele ainda gosta da ex e resolve sair de cena. Enquanto Matt e Betty se reconciliam, Amanda acaba na cama com Daniel. Senti uma vibe de romance ali, que pode ser que se desenvolva daqui para a frente.
Mas, se você chegou até aqui e achou que eu esqueci de comentar da participação especial de Shakira, se enganou. A cantora colombiana, que passava um fim de semana de férias no mesmo hotel onde acontecia a sessão de fotos da Edição Destemida da Mode, acaba reconhecida por Betty e vira a solução para salvar a capa da revista quando as modelos selecionadas bebem demais e acabam num barco, em Cuba. Até mesmo a piadinha infame com "Hips Dont Lie", proferida tanto por Betty quanto por Daniel não ficou tão ruim assim, no contexto desse episódio que, vamos esperar, seja o pontapé inicial para subir a parca audiência que tivemos até agora.
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