Foram tantos que ficou difícil escolher uma única cena para ilustrar esse post. Por isso, resolvi brindá-los com muitas fotos do episódio que revelou afinal, que eu JÁ SABIA e que estava certa o tempo todo. Então, sem mais delongas, vamos falar do que nos deixou tão curiosos por tanto tempo e revelar que a assassina de Sydney é Vanessa Mancini. Eu já havia cantado essa bola, semanas atrás, e houve quem duvidasse do meu entendimento perfeito de Melrose Place e minha intimidade com a psique dos roteiristas.
Pois bem, eu acertei. Porém, o mais importante e mais interessante não foi o
QUEM, foi o
PORQUÊ! Nem mesmo minha mente plugada e alterada seria capaz de tão torpe finalização. Digo isso porque Vanessa não matou Sydney por ser traída. Vanessa matou Sydney por usar a lógica. A situação estava tensa entre as duas mulheres, depois que Vanessa intercepta uma ligação desejosa de Sydney, e rola o maior momento Didi Mocó. Vanessa, que vai tirar satisfação com a amante do marido, zomba de Sydney por dormir com David e aí, a ruiva devolve com categoria. Sydney sabe que Vanessa já brincou no playground de David, cinco anos antes. Inteligente, impetuosa e imprudente, Sydney faz as contas e diz que Noah tem essa exata idade, despertando a fúria de Vanessa que ataca Sydney, esfaqueia, estapeia, puxa cabelos e tudo mais. Como sabemos, esse embate acaba na famosa psicina assassina.

Que lição tiramos disso? Primeiro, que Melrose é uma série super família, no melhor sentido da palavra. Além de pais e filhos compartilharem amantes e depois de Violet dar para o próprio irmão, nos deparamos com um inédito caso:
David é pai de seu irmão! Portanto, Michael Mancini é avô de seu filho. Adoro essa vibe Laços de Família, que torna Melrose Place tão singular e acolhedora.
Desfeito o mistério, vamos às consequências. Para começar, a piscina assassina fez suas 2ª vítima. Pois é. Vanessa resolveu encarar Violet e perdeu. Era óbvio que ia acontecer, gente. Não existe a menor possibilidade de alguém vencer Violet, o tubarão humano, naquela piscina que ela conhece tão bem. A briga surge quando Vanessa quer pegar Noah de volta, já que David,atendendo ao pedido de papai-avô Mancini, havia usado seus talentos de larápio para roubar o menino da escola e escondê-lo da mãe-assassina.

David precisa sair correndo para socorrer Lauren PayPal, (falaremos disso com detalhes depois) e deixa o irmão-filho com a melhor babá do mundo: Violet. De boa, eu não deixaria um pedaço de papel com aquela garota (explicarei porque), quem dirá uma criança! Sendo Violet a única opção, David parte e, sem saber, cria a condição para outra bela briga de mulheres, que acaba em defunto boiando, mais uma vez. Amanda, aliás, chega quando a coisa já está terminada, mas afirma para o Detetive Rodriguez ter presenciado toda a cena de auto-defesa de Violet, que só tinha como opção matar a assassina de sua mãe. Preciso dizer aqui que Ashlee se superou nessa. Foi de uma carga dramática sem fim a atuação dela. Os momentos mãe e filha com Sydney, que se revela uma progenitora carinhosa e amável nas lembranças de Violet, foram tocantes e verdadeiros.

Porém, Ash merece mesmo um Emmy por mais uma demonstração de como sua personagem é má e rancorosa. Auggie, que só apareceu pra estragar o casamento relâmpago do casal pé-rapada e miserável, acaba se empolgando e comete o erro de beijar Riley momentos após a namorada quase morrer na piscina. É muita sensibilidade num homem só. Por isso mesmo, Violet pega sua pequena obra de arte em crayon e queima na lareira. Eu diria que é uma bela metáfora para "Auggie, eu vou te matar e você vai arder no mármore do inferno". Aguardem o retorno para saber, já que teremos mais um único e mísero episódio com Ash em 2010. Para terminar de vez com o papo de Auggie, a única coisa boa que ele fez foi se agarrar na garrafa de Tequila e beber como se segurasse uma mamadeira. A saudade da cachaça era tanta que ele até chora de emoção ao se embebedar pela primeira vez em tanto tempo. Foi mais uma cena tocante e cheia de carga emocional para nos presentear.

Outra história que continua linda é o conto de (sa)fadas da Puta e o Ladrão. Perceberam que a Lauren PayPal não beija mais na boca dos clientes. É o amor, né gente? Mas, apesar de tanta paixão e entrega, Lauren ainda não deixou David levar sem pagar e faz muito bem. Sempre repito que o sistema de Make a Donation tem de ser levado muito a sério e Lauren o faz como ninguém. Ela topa um trabalhinho inclusive, mas se dá mal. Eu previ duas saídas para a cena das drogas: Ou ele morria de overdose ou ela ia beber o champanhe batizado. O que vimos foi um mix das duas, o que acabou bem melhor. Só não entendi porque a colega ficou agonizando no chão e não discou o 911. Teve que chamar David para acudir e agora, todo o esquema corre o risco de acabar, quando ela tiver de explicar o que fazia num quarto de hotel, sozinha e drogada.

Agora, uma coisa que me deu imensa satisfação foi o fim do casal pé-rapada e miserável. Estava mais do que na hora de acabar com aquilo. Riley nunca quis casar, Jonah está louco para brincar de casinha de lego. Portanto, chegou ao fim. Jonah põem um ponto final na palhaçada e vai atrás de Ella, que se redimiu, conseguiu vender o filme de Jonah e levou o pobrinho de brinde como boy-toy. Já sei que os rapazes deliraram na cena de Ella em sua lingerie sexy. Mas o que eu mais gostei foi o flagra do beijo mais sem química e sem jeito da série, que vocês conferem neste post. Confesso que adorei o Jonah vingativo. Deu até um tempero num personagem sempre muito sem sal.
Para finalizar, falemos do misterioso objeto que Amanda tanto procura. Houve especulações de que seria a fonte da juventude e congêneres, mas era só uma pintura milionária mesmo. Onde está, quem pegou e o que vai acontecer saberemos apenas quando Melrose Place, que é mesmo a nossa nova Lost, retornar. Até lá.