‘Para entender Starbuck’ seria um nome mais apropriado para ‘Act Of Contrition’, episódio que, obviamente, é todinho centrado na instrutora de vôo. O mix de imagens do passado e do presente nos leva numa espécie de viagem para compreender a complexidade da personagem.
Já sabíamos que ela se sentia imensamente culpada pela morte de Zak Adama e um acidente no deck de decolagem, que mata 13 pilotos, a faz reviver os momentos com Zak e a dor de sua morte.
Lee já sabia o que havia acontecido e, por isso mesmo, percebe rapidamente que a rejeição de Starbuck aos novos candidatos a pilotos, ou melhor, nuggets, tem mais a ver com seus problemas pessoais do que com a qualidade profissional dos alunos.
Ao dispensar a classe após apenas uma tentativa, Lee e Kara se enfrentam. Olho no olho, pura tensão sexual. Quem não percebeu deve estar com problemas no sensor. Ao ser praticamente obrigada a revelar sua história para o Comandante, Starbuck revela um lado muito mulherzinha, que até agora estava difícil de identificar. Por amor, vejam só, ela passou Zak no teste de vôo básico, mesmo sabendo que ele não tinha condições de pilotar bem. O resultado é um trauma que a transforma numa mulher durona e que finge não ser sensível às necessidades dos outros. Essa carcaça, eu sinto, vai ruir. E ao levar uma dura do Comandante Adama, ela recupera os brios e se põem nos eixos para voltar a ensinar seus nuggets. Como franguinhos empanados voadores, lá eles para o universo imenso, treinar e aprender certas lições valiosas. Era de se prever que as naves Cylon apareceriam, colocando os nuggets à prova, antes mesmo de estarem crocantes e douradinhos.
Starbuck enfrenta oito naves sozinha, mas seus três alunos voltam para lutar com ela. A coisa fica realmente feia e, prestes a conseguir destruir o último Cylon, ela perde o controle da nave e entra num mergulho combustão na atmosfera de algum planeta, estrela ou coisa que o valha. É claro que ela vai sobreviver, mas para saber como, só passando para o próximo e excitante episódio.
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