domingo, 15 de novembro de 2009

Fringe 2x07: Of Human Action


Quando eu comecei a ver Fringe, minha escolha foi baseada em dois pontos. Primeiro, era do JJ Abrams e como dizem por aí, eu sou "putinha" do JJ e vejo todas as séries em que ele se envolve na produção. Segundo, eu queria diversificar minha longa lista de séries teens com um pouco de ação e ficção científica. Foi difícil me adaptar em princípio, mas logo eu percebi potencial. Só não imaginava que, um ano depois, Fringe estaria entre as minhas favoritas da temporada. Episódios criativos e com roteiro bem amarrado, que deveriam servir de exemplo para umas e outras séries por aí, que prometem muito e só frustram o telespectador.

Of Human Action foi assim: surpreendente até o último segundo e com uma união perfeita do caso da vez e o drama familiar entre Peter e Walter. Aliás, apostar nesses dois é sucesso na certa.

John Noble e Joshua Jackson são, sem dúvidas, os melhores atores da série e tem uma dinâmica especial em cena. Claro, não estou esquecendo da Vaca Gene, nossa amada Mimosa de Fringe, mas ela ganha na categoria melhor atriz.

O mistério desse episódio foi daquele tipo que a gente acha que entendeu e, quando vai ver, a coisa ia muito, muito além da nossa imaginação. O sequestro de Tyler, filho de um dos cientistas da Massive Dynamic, parecia um caso estranho demais, para ser um sequestro comum. Qualquer um que se envolvesse ou cruzasse o caminho dos sequestradores acabava morrendo tragicamente. Tudo por culpa de um controle mental poderoso, que obrigava as pessoas a matarem umas às outras ou se suicidarem e ferirem.

Examinando os cérebros das vítimas, Walter percebe que o controle é feito por meio de ondas sonoras e tenta bloqueá-las usando o som intra-uterino. A armadilha que deveria capturar os responsáveis não funciona e nem o aparato de Walter, que incluía um urso de pelúcia. Peter acaba capturado e Tyler se revela o sequestrado de si mesmo. Pois é. O garoto de 15 anos, em plena puberdade e cheio de hormônios, tomando um medicamento que estendia o poder das ondas cerebrais criou um criminoso potencial. Tyler comanda a mente de Peter, que apesar da dor, luta e tenta tomar a frente da situação. Toda a situação leva a uma reflexão sobre a relação de pai e filho de Walter e Peter. Já sabemos que Peter foi trazido de outra dimensão e por isso mesmo, Walter fica apavorado em perder a única família que lhe resta. Mas, como Nina Sharp diz, ele é o único a poder ajudar o filho e constrói um aparelho capaz de neutralizar o poder mental de Tyler por apenas alguns segundos. Nesse meio tempo, Tyler chega a seu destino: a mãe, que ele pensava estar morta. Ele culpa o pai pela mentira e quando descobre que a história não é bem essa, o massacre ia se formando, até que o FBI invade a casa e apenas Broyles acaba ferido por um tiro disparado por um Peter ainda dominado. Eles fogem e Peter precisa pensar rápido, quando nota Tyler desarmado. Uma batida de carro deixa o garoto inconsciente e incapaz de tomar o medicamento que o tornava um controlador de mentes. Mas, se alguém pensava que o caso estava encerrado e que o mistério era só esse, se enganou. Tyler não é o único. Existem dezenas de clones do mesmo garoto espalhados por aí, sendo criados como filhos de cientistas. Todos eles fazem parte de um curioso e perigoso estudo da Massive Dynamic, comando por Nina Sharp e William Bell. Justamente quando a gente começava a pensar que eles eram do bem, surge um fato novo que nos leva a pensar, mais uma vez, em quais são as verdadeiras intenções dessa gente.
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