segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Dexter 4x02: Remains to Be Seen

Juro que eu não sei como pude pensar que Dexter seria tão descuidado a ponto de deixar o corpitcho picado de Benny no porta-malas do carro. Temia que o acidente o incriminasse ou coisa assim, mas eu sou mesmo muito descrente. Dexter, o mestre dos psicopatas, jamais aprontaria uma dessas, embora nem ele mesmo soubesse que fim deu ao presunto. Com a batida de carro, perdeu a memória imediata e só lembrava de retalhar o cara. Tudo o que aconteceu depois disso, da entrada no carro, à ida até a farmácia, se apagaram de sua memória. Aliás, esse blackout de Dexter deu o tom desse episódio intenso e focado no lado psicológico. Desde o momento do resgate, Dexter só teve uma preocupação: Benny. Seria descoberto? Preso? Condenado à cadeira elétrica? Levado ao hospital, ele sai sem a autorização do médico e continua numa guerra contra o sono. Não pode dormir depois de bater a cabeça, além disso, seria impossível pregar os olhos quando seu cérebro diz que, a qualquer momento, uma vida dedicada ao detalhes foi posta de lado. As constantes aparições de Harry provacam Dexter e dizem que ele esqueceu de seu foco principal. Nas palavras históricas de Harry: "Não é fácil ter uma família para cuidar e pessoas para desmembrar". Não mesmo. E Dexter sabe que sua dedicação à Rita e às crianças o está levando por um caminho nada seguro para quem pretende levar a sério a carreira de Serial Killer.
Dexter não se deixa levar e desafia a própria mente em busca de um vestígio de sua própria cena do crime. Parece que é mesmo mais fácil procurar por pistas quando elas são deixadas pelos outros. No meio desse desafio, ele topa com o agente especial Lundy, que o deixa sempre nervoso e preocupado. É irônico de ver como um homem devotado em caçar psicopatas pelo país se aconselha justamente com um deles, sem nem fazer ideia. Além de Lundy, Quinn também resolve ficar na cola de Dexter, mas dessa vez, bancando o amigão, já que foi flagrado embolsando uma grana retirada de uma cena de crime.
LaGuerta e Angel nunca definem a relação e quando ela toma a frente de um caso de múltiplos assassinatos de turistas, a coisa estremece mais. Foi por pouco tempo só, já que Angel está bem disposto a assumir o romance e não dá a mínima para o que a equipe vai dizer ou achar.
Deb diz que esqueceu Lundy, mas basta que ele se aproxime dela para saber do caso Trinity, que o coração balança. Tanto é que Deb começa a achar que a volta de Lundy tem muito mais a ver com os sentimentos dele do que com os assassinatos. Quando ela descobre que Lundy está ali com foco totalmente profissional, pira o cabeção. Fala sério. Se eu fosse o Anton desconfiaria daquela pulada no pescoço. Muito desesperada por consolo (sim, nos dois sentidos).
Trinity continua à solta e já está na cola de sua nova vítima. Uma pobre dona de casa de subúrbio, que encontra seu algoz num homem gentil e pacato e sequer imagina que logo vai estar se desfazendo em sangue numa banheira. Essa cena do encontro casual dos dois me deu medo. Faz pensar que em qualquer esquina você pode topar com um louco que vai te retalhar sem piedade.
Lundy sabe bem que isso é verdade e já calcula que logo uma nova vítima será encontrada. Dexter, porém, não tem tempo para conjecturas com o agente especial. Está mais preocupado com outro assassino: ele mesmo. Passadas tantas horas de intensa procura, ele refaz seus passou mais uma vez atrás do corpo de Benny. E quem dá a pista final para salvar a pele de Dexter é Harry. Todas as aparições dele quase cegaram Dexter com a luz intensa vinda de cima para baixo. No ring de boxe, ao olhar para cima em busca de uma luz, veio mesmo a luz. Ele só teve que descer o saco de pancadas do teto para achar um picadinho de Benny bem guardadinho. Depois disso, homem ao mar , ir pra casa e dormir. Isso, se o pequeno Harrison deixar, é claro.
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