É dificil descrever o efeito que uma série como Queer as Folk faz em você. Mas, para mim, o que resume é orgulho. Por que eu tenho orgulho que alguém tenha tido peito para fazer cada um desses episódios. Em cinco anos de série não houve sequer um momento de tédio, uma história chata, um cena que não valesse a pena. Queer as Folk abriu as portas desse mundo das séries para os papéis de homossexuais. Sem mentiras, sem rótulos, sem medo. Depois dela, vieram outras como The L Word ou Queer Eye For a Straight Guy. E o mérito está justamente em acabar com tipos assexuados. Queer as Folk tem sexo (muito) e trouxe debates importantes à tona. Sem dúvida é uma série histórica. Vale a pena ver, até por que, duvido que alguém não vá gostar. Quer dizer, como eu disse, meses atrás, depois de ver o piloto, só não vai gostar quem tiver preconceitos. Mas quem tiver e estiver disposto a jogar tudo isso no lixo, esse é um bom motivo.
O episódio final, assim como o inicial, termina no thumpa-thumpa da inesquecível Babylon. Mas antes, cada um dos personagens tem seu rumo definido.
O casamento que tanto esperávamos, no entanto, não aconteceu. Brian Kinney continua sendo o homem gay mais cobiçado de Pittsburgh, embora ele quase tenha se esquecido disso. Ele e Justin decidem cancelar os planos. Se amam, sim, mas Brian não deixaria Justin abrir mão de seu futuro como artista. Justin também não quer que Brian não seja mais Brian para fazê-lo feliz. Então, Justin vai para New York, crescer, pintar e se possível, ficar famoso e podre de rico. Brian fica onde deveria ficar, em seu loft, fazendo suas campanhas publicitárias brilhantes e sem abrir mão de ser Brian Kinney. E é Michael, seu melhor amigo de sempre que o lembra disso. Ele dá força para que a Babylon reabra suas portas e todos eles dançam felizes e satisfeitos ao som do thumpa-thumpa que nunca pode parar.