Não sei o motivo, mas a voz do Walter age em mim como um sonífero. Quando eu não me perco em pensamentos alheios já no início dos episódios, me pego em divagações sobre sapatos e outras inutilidades. O resultado é que eu acabo sem pegar particularidades do que aconteceu, mas as linhas gerais eu recupero de alguma forma.
Dessa vez, não foi diferente, confesso. Walter é muito chato, na minha opinião e chega interrompendo outra sessão de Paul, que pede que ele aguarde seu horário. É claro que esse pequeno fato é o suficiente para uma longa conversa sobre rejeição. Remontar todos os fatos da infância até agora, para perceber que isso determinou sua visão de mundo e seu modo de agir.
Agora Paul quer ter mais sessões com Walter para vê-lo, finalmente recuperar a si mesmo, depois de passar 68 anos fazendo o que julgava ser o certo para os outros. Walter topa. Mas não sei se eu, particularmente, suporto.