É possível encontrar o amor de novo.
Quero começar a review de hoje, dizendo que, sim, gostei desse
episódio de Once Upon a Time e devo essa graça ao grande foco em Regina e seus
deliciosos flashbacks, nos quais descobrimos que sim, é possível ter dois amores
ou mais. Desde que tenhamos acesso ao pó de pixie, tudo fica fácil, ou quase.
Porque alguns de nós, como o episódio evidencia, não estão dispostos a ser
felizes para sempre.
A única coisa que me incomoda, em questão de conteúdo, é a
necessidade de atracar a felicidade feminina a um marido/amor/bofe ou similar.
Essa conversinha de que Regina é infeliz porque, trocando em miúdos, é “mal
comida” chega a ser ridícula.
Regina tem muitos problemas e a solidão é um deles, mas um homem não
é o que vai (ou pelo menos não deveria ser) definir sua felicidade. Antes, ela
precisa resolver diversas questões pessoais, perdoar Snow, perdoar a si mesma
pelos erros que já cometeu e entender que dá para mudar de atitude. Depois de
tudo isso, quem sabe, ela poderá ser feliz em um novo relacionamento. O caminho
contrário não é a solução.
De qualquer forma, a participação de Robin Hood, que estava muito
avulso na história, fica explicada. Forma até um belo par com Regininha (os
shipadores de Swan Queen choram) e traz o elemento da bondade com ele, afinal,
um cara que rouba dos ricos para dar ao pobres vai ensinar muito a Regina sobre
sentir a dor do outro. E Robin já vem com um guri de brinde, o que fará de
Regina a mãe do ano ou coisa assim.
Lógico que, antes, eles precisam se encontrar e temos de ver se rola
aquela boa química. Esse climão maneiro já está no meio da floresta de
Neverland com Emma e Hook e sim, torço pelo casal porque acho que Neal tem que
mostrar serviço antes e também para ver
uma briguinha por Emma, que, em plena Season 3 ainda está à procura do
“príncipe encantado”.
Mas claro que os maiores comentários sobre o episódio não são sobre
Regina, Robin Hood, Emma ou Hook. O bafafá na Floresta Encantada dá conta de
que Mulan está amando e a o alvo desse amor é uma donzela dorminhoca. Milhares
de pessoas ficaram chocadas com a revelação de que Mulan não é caça marido
alheio, mas está olho nas esposas, mas no fundo, faz algum sentido.
Parece meio previsível, apenas, que peguem justamente a mulher “mais
masculinizada”, por falta de melhor termo (pois não acho que Mulan pareça homem
ou algo assim) e que vive na luta, junto de exércitos, para ser a personagem
homossexual. Acho bom e importante que OUAT não seja composta apenas de
personagem heterossexuais, então torço para que Mulan encontre alguém que possa
retribuir seu afeto muito em breve, já que Aurora gosta mesmo de Philip e está
esperando seu primeiro filho.
Ainda falando em casais, fico tentando entender qual a necessidade
de drama em cima do ferimento de Charming que, afinal, não vai morrer. Ficarei
surpresa se resolverem mata-lo de verdade e só aí essa bobagem de “você não
viverá para ver o verão” terá valido a pena.
Continuo achando a relação de Peter Pan e os gigantes perdidos
(meninos é muita bondade. Bando de
adulto naquela trupe do Pan) com Henry bastante doentia. Então um cara
fica guardando uma gravura de Henry por séculos, obcecado com o moleque, veste
as roupas dele e oferece uma flecha (para levar no coração como cupido, talvez)
para testar sua lealdade e ninguém grita: CREEPY!
É estranho, mas fiquei com a impressão de que Peter Pan não é vilão
coisa nenhuma, ele só quer ter muito pó de pixie para cheirar e sair voando por
aí. Na verdade, ele só quer que Henry
traga a magia de volta, embora a magia exista e todo mundo possa usá-la. Tecnicamente.
Tentar colocar a magia de Far Far Away e Neverland no “mundo real” parece uma
tentativa bastante idiota e, nesse caso, a motivação de Pan talvez seja
ameaçadora.
P.S* Fada Verde uma ova. É Tinkerbell para você.
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