World War –A.
Nos dois últimos episódios de
Pretty Little Liars a série resolver dar uma guinada e até ousar em algumas
decisões de roteiro que devem ter surpreendido muita gente. Infelizmente, o
público continua sendo torturado por longos períodos de nada até que alguma
coisa se mostre minimamente interessante. E é importante frisar que
“interessante” não quer dizer que os plots propostos façam sentido. Isso, temo
dizer, só o final da série poderá confirmar, daqui a 50 anos, pelo que a ABC
Family vem planejando, em termos de desenvolvimento da trama.
Como o episódio da semana passada
foi basicamente construído para que alguns personagens se vestissem de caipira
e mostrassem que sabem dançar ao ritmo de country music, nem sei se é
necessário perder muitas linhas com o que aconteceu. O foco grande em Ezra, no
entanto, era uma boa dica para o que aconteceria nessa Summer Finale e, no meio
de um monte de bobagens sobre mágica, bonecas em caixões e a fotografia de
Ravenswood em cinza forçado, para tentar criar climão sinistro, até que a
decisão de envolver Ezra na trama principal é boa e mostra que sim, ela é
PEDÓFILO PROFISSIONAL e que seu envolvimento com Aria tem mais de armação do
que o amor verdadeiro que os eternos shippers do casal adoram propagar por aí.
A grande questão é se os
roteiristas terão coragem de levar isso em frente ou se vão fazer a bobagem de
invalidar tudo. É um gancho ótimo e diferente: porque afinal, um homem adulto,
bem formado e educado, iria montar uma central de espionagem para aterrorizar
menininhas de colégio? Isso sim é sinistro. Não aquele filtro cinza escroto que
usam nas cenas de Ravenswood. No entanto, PLL tem histórico de não levar nada
em frente. Basta lembrar que Toby, logo no começo, era considerado um maluco
que queria se aproveitar de Emily e tudo mudou sem que nada fizesse sentido.
Também não dá para esquecer Paige, que é psicopata e já tentou afogar Emily
(sempre Emily, já notaram?), mas todo o mundo finge que é normal namorar uma
garota que já tentou te matar.
Obviamente, a história por trás
do –A Team vai ser mais enrolada do que
pensávamos. Cece, Shana, Wren, Melissa, Mona, todos envolvidos num caldeirão de
fatos desconectados, com Ezra no meio e uma perseguição à Alisson, que foi
enterrada viva e (pasmem) saiu da terra só com um arranhão na cabeça, sem
sufocar no monte de terra que a cobria.
Realmente, o pessoal que escreve
PLL entende TUDO de defunto, só que ao contrário. Nunca que alguém soterrado
daquela maneira poderia estar vivo. Principalmente porque Alisson não iria se
deixar enterrar estando consciente, então, acho que o “Liar mais burra do
episódio” fica com a equipe que achou esse plot uma boa ideia. Sinceramente,
vergonhoso demais, assim como o lance de colocarem Emily num caixão para ser
serrada ao meio. Melhor frase de Spencer foi “Tem uma serralheria aqui perto”.
CEJURA? Providencial até dizer chega.
Parando para analisar, à parte da
cena em Pedobezra dá um ataque de pelanca porque seu QG foi descoberto (pelo
menos é isso o que fica parecendo), o episódio foi absolutamente vazio de
qualquer outra nova informação. Toby ficou chorando pela mãe, Calleb ficou
ganhando pontos com a sogra antes de se retirar da série em definitivo, Emily
deu a mão pra Paige, Aria esqueceu que não deveria ser íntima de Ezra em
público e lhe um beijinho casto na boca (coisa normal que qualquer aluna faz
com o professor, né gente?) e Spencer nos deu lições de história do
ilusionismo.
Como coisa nova mesmo, só a
confirmação do envolvimento de Melissa, a carinha de Cece exposta com a queda
da máscara e a dúvida sobre quem matou o detetive Wilden ressurgindo, como se
isso importasse para alguém. E Alisson viva, não vamos deixar de citar. Muito
sutil colocarem-na observando o covil de Pedobezra por buracos na parede.
Vale lembrar que na série a
enrolação vai continuar. Sim. Nós sabemos essas coisas todas, mas as Liars não
tem o contexto todo, então podemos esperar mais uma três temporadas até que
elas saquem que Ezra é do balacobaco e até que alguém resolva ser esperto e
CHAMAR A POLÍCIA.
Não é possível que os
acontecimentos sejam levados assim eternamente. Não que a presença da polícia
resolva a série ou destrua os planos para o futuro, mas é que, quando os
personagens não tem sequer UMA MALDITA REAÇÃO NATURAL, fica dureza de aturar e
levar os absurdos com humor. Acho que esse é o problema de Pretty Little Liars.
Não sabem a hora certa de parar. Em algum ponto alguma pessoa precisa agir
racionalmente e faz muito tempo que nenhuma atitude inteligente aparece. Nem
entre os adultos, que parecem ter virado um bando de idiotas.
P.S* Desculpem, mas é impossível
monitorar o universo todo daquela salinha vagabunda que insinuam que seja de
Ezra. Quem é que consegue saber do que acontece na escola, na rua, na chuva, na
fazenda e na casinha de sapê com quatro monitores, alguns painéis com “segredos”
que não segredos para absolutamente ninguém e fotos gigantes de Alisson na
parede?
P.S*Cena patética de Aria lutando
com Cece. Pessimamente coreografada. Não passou nenhuma verdade e nem energia
de uma briga boa. Faltou puxão de cabelo. Mulher não briga sem puxar o cabelo
da outra.
P.S* Hanna roubou um diário.
Quantos mil anos até ela conseguir abrir o cadeadinho vagabundo que deve
guardar um monte de NADA nas páginas? Quem viver verá.
P.S*Minha pergunta maior, depois
de quatro anos de série. O que –A deseja, afinal? Ainda não conseguimos
descobrir nenhuma pista para o que acontece na série.
P.S*A velha que salva Alisson
(porque mesmo?) parece um White Walker (isso se ela não for um). A presença dela na série continua sendo
avulsa e sem sentido. “Ela (Alisson) estava me ligando naquele verão para descobrir. Ela
estava com medo”. Ai, ai. Medo do
PEDOBERZA? Fiquem com essa imagem até o Halloween.
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