Das coisas boas de Pretty Little
Liars: Figurino inusitado de Aria.
Para que não digam que só foco no
lado negativo de Pretty Little Liars, eis uma coisa bacana da qual posso falar:
o vestido com estampa de quadrinhos usado por Aria. Moderno, diferente e super
básico para usar no colégio. Uma pena que os elogios tenham que se encerrar por
aqui, porque fora isso o episódio parece ter sido escrito por alguém numa louca
viagem de ácido, no mau sentido. Não houve justificativa para nenhum
desenvolvimento do episódio (acho que vou usar aspas na palavra “desenvolvimento”
daqui em diante, porque a série está correndo atrás do próprio rabo) e mais uma
vez, os roteiristas insultam a inteligência de todos com propostas impossíveis
na prática, mesmo que estejamos falando de uma obra de ficção.
Sempre existirá o argumento de
alguns fãs de que PLL é uma série e que não devemos levar “a sério”. Concordo.
Ninguém aqui jamais pretendeu levar a sério a história, de forma geral, mas
existe um limite aceitável de absurdos porque, até onde se tem notícia,
Rosewood não fica num universo paralelo e PLL não é ficção cientifica para
poder inventar movas regras para coisas rotineiras.
Estou falando não de uma, mas de duas
tramas sem qualquer justificativa prática. Um carro que “dirige sozinho”
invadiu a cada de Emily. Realmente, não tem como um veículo em alta velocidade,
vazio, invadir uma casa, aliás, A CASA desejada assim, bem no alvo. E a mãe de
Emily ainda fica repetindo feito imbecil: “Como é que nenhum vizinho viu o
motorista fugir?”.
Pois é. Como? Como é que ela não
viu o motorista fugir de dentro da casa dela, se havia um? E se não havia
nenhum, a não ser que esse seja o Batmóvel ou um veículo de Tony Stark cheio de
tecnologia (beijos, Avengers!) a cena é fora das possibilidades, inclusive,
porque já vimos a frente da casa de Emily diversas vezes e não tinha como vir
um carro sem motorista e fazer a curva certinha pra atingir a sala. Ficamos
então sujeitos a um monte de chororô relacionado ao tema e Emily disfarçando
super bem para Pedobezra que “tá tudo bem”. CHATO.
E mais chato ainda é ver Spencer
insistindo na morte da mãe do Toby, com a qual ninguém se importa. Só gostei da
ironia maravilhosa que é ela levar biscoitos praquele enfermeiro avulso do
hospício local, passando pela segurança com aquela lata sem ninguém olhar o
conteúdo.
Ao mesmo tempo, Aria se preocupa
com Menino Mike e usa tudo como desculpa para seduzir o professor de artes
marciais. Digamos que essa é a parte “menos pior” do episódio, com direito até
a ‘merchan’ de filme de terror no meio das cenas em que ela se faz de pudica
pra seduzir o rapaz.
O melhor, é claro, ficou para o
final, com a disputa da “Liar mais burra da semana” ficando acirrada. Batalha de
titãs, com Hanna e Mona no páreo. Sim, considero Mona uma das pirulitas e por
isso, ela entra no ringue de gel pra brigar por esse título. Mesmo com ela se entregando para a polícia,
Hanna ainda leva o troféu por ser tão iludida a respeito da própria capacidade
de mentir. Não dá para acreditar que, mais uma vez, adolescentes vão enganar a
polícia com o truque de “fui eu quem matou o detetive avulso”. Só para serem acusadas de perjúrio é que essa
trama servirá, embora eu não espere que os roteiristas drogados de PLL pensem
em detalhes como balística para escrever as páginas porcas que depois viram
episódios mais porcos ainda.
No mundo real, é possível provar
que uma pessoa está mentindo sobre a autoria de um crime só pela posição de
entrada e saída das balas no corpo da vítima, pela altura do assassino e por
seu relato sobre a posição em que estava no momento dos disparos. Não que
séries adolescentes devam focar na parte policial com tanto esmero, mas se PLL
assumiu esse lado “investigativo” a coisa tem que ser mais sólida. Apesar de
que, quando comparamos isso com o caso do número de telefone cantado por um
papagaio, qualquer coisa vale.
P.S*Pra que introduzirem mais um
garoto avulso na série, quando sabemos que ele não terá utilidade? Estagiário
da mãe de Spencer serviu para nada no episódio.