Menino Mike is back!
Foram longos meses de campanhas,
pedidos, inclusão de hashtags (#voltameninomike) nas redes sociais e finalmente
nossas preces foram atendidas. Menino Mike, o verdadeiro motivo de ser de
Pretty Little Liars, esse protagonista disfarçado em coadjuvante de terceiro
escalão está de volta para aquecer nossos corações.
E mais: as cenas de Mike com Aria já possuem
os melhores diálogos desde a estreia da Season 4, além do fato de que, com ele,
o episódio pareceu melhor e até mesmo engraçado. Não sei se foi a presença
inebriante de Menino Mike, mas realmente pude me divertir com esse episódio.
Acredito que com essa delicinha no set de filmagem a inspiração voltou e,
assim, ganhamos excelentes desenvolvimentos para a trama mais sem sentido da
história da TV.
É importante notar que Menino
Mike cresceu, encorpou, mas continuará sendo nosso mascotinho. Prova disso é
que esse querido encara a irmã e mostra que apesar das atitudes de criança
criada com Ovomaltine, pode muito bem intimidar e dizer boas verdades. “Você
quer afastar a mamãe para poder se pegar com seu professor.”. Palmas e mais
palmas para essa frase. Palmas lentas. Aria faz a maior cara de tatu diante
dessa investida do irmão, que afinal, fica furioso por ter sido privado de seu
vídeo game por alguns segundos e precisava rebater com um golpe baixo
maravilhoso, que só reforça a ideia de que precisamos de mais Mike em PLL.
Aliás, o retorno retumbante de
Menino Mike fica ainda melhor quando colocamos em perspectiva a cena do ataque das
abelhas. O QUE FOI –AQUILO? Uma das sequências mais calhordas e engraçadas da
série, simplesmente pela falta total de lógica. Primeiro as abelhas saem dos
dutos de ar e ventilação, depois, do nada, estão no banco de trás do carro,
esperando Aria se retirar para atacar a pobre Ella. Obviamente, essa mãezona
genial não pensa em abrir a porta e fugir do ataque e das dezenas de picadas
(nota 10 para as abelhas digitais, só que não). Ela fica ali, curtindo o
momento.
Depois, a descrição de seu estado
de saúde é preocupante e fiquei imaginando uma mulher toda deformada, até que
Ella aparece linda e sem nenhuma marca visível, a não ser por uma gaze no
pescoço. Para deixar tudo ainda mais verdadeiro, temos uma cena em que Elle
libera sua ex para fugir pela Europa com ló namorado padeiro (é importante
mesmo impedir que esse moço queime a rosca em Viena!), seguida de reunião
familiar cheia de harmonia entre os Montgomery, onde podemos apreciar os
talentos cênicos de Menino Mike em toda sua glória, pela última vez no
episódio.
Mas nem só disso se fez esse
episódio. As Pirulitas deram seu habitual show de inteligência e perspicácia,
indo aprontar altas confusões em festas de faculdade. À parte do drama pessoal
de Emily, que precisa se fingir de hétero para conseguir ajuda e uma vaguinha
em universidades avulsas, fiquei completamente abismada com essa história de
passagem secreta numa fraternidade, onde encontramos um telefone rosa (achei
importante ser rosa) e paredes arranhadas. Isso, além de ganharmos uma nova pista
que não se conecta com nada, afinal, a tal “house mom” não deve ser ignorada ou
não teriam mostrado uma foto da mulher no final.
Fico com a impressão de que estão
levando a trama pra onde ela não pertence, mas até que entendo, porque em breve
as Pirulitas irão para a faculdade e é normal que o roteiro se adapte um pouco
para atender a essa demanda nova.
Enquanto Emily seduz jovens
consultores com seu visual de piranha (naonde?) e Spencer mostra seus olhos de
louca para nerds de 50 anos, Hanna vive um drama pessoal muito tocante. Não
bastasse a pobrezinha estar com o pior cabelo da temporada (porque aquele
alongamento está medonho, me desculpem os cabeleireiros da ABC Family) ainda
precisa sonhar com mamãe Ashley toda careca. Mais do que isso, ela precisa encarar
a possibilidade de Ashley ser uma ASSASSINA.
Não acho que Hanna deva ficar
feliz com isso, mas não entendo porque de repente isso é um dilema. Quando o
Detetive Avulso foi atropelado foi tudo bem, bacana, vamos manter a calma. Mas
morto a tiros? Vamos SURTAR e fazer CAGADA. Hanna definitivamente merecia ser
estapeada para largar de ser estúpida, no entanto, considerando o tanto que eu
ri ao vê-la arrombar um armário e deixar impressões digitais na provável arma
do crime, prefiro deixar a inteligência dela bem distante de nós.
Hanna carrega a arma para cima e
para baixo, viaja numa máquina do tempo (só isso justifica) até a faculdade em
que Emily e Spencer estão, é ignorada por todas as amigas da onça que possui e
finalmente acha boa ideia ir até um matagal (sério, o que as Pirulitas tanto
adoram em matagais?), cavar um buraquinho e enterrar o três oitão de papai por
ali.
Agora me digam, o quanto vocês
riram de Emily perguntando ao vento “quem está aqui?”, também no meio do
matagal? E me digam por quantos minutos
vocês gargalharam com a polícia do Campus flagrando Hanna em seu momento cova
rasa? Fiquei perplexa com os acontecimentos, com as mensagens de –A, com seus
requintes de crueldade e com a sumária eliminação das mães de Rosewood, usando
táticas espertíssimas em seus planos.
Esse final de episódio foi o mais
risível até aqui. Embora seja tudo absurdo e proporcionalmente impossível,
acredito mesmo que o roteiro acertou no humor ao propor tudo isso. Mais uma
vez, repito, não sei se meu humor estava melhor por causa de Menino Mike
esbanjando sua sensualidade marota. Se for esse o motivo, ele precisa mesmo
ficar no elenco regular, porque de qualquer forma, Pretty Little Liars
conseguiu divertir com esse episódio e voltar às raízes de sua mais clássica cretinice.