Nashville retornou para unir de
vez as carreiras de Rayna e Juliette, mas também para provar que é difícil manter
relacionamentos vivos quando existe uma turnê para separar os casais. No caso
de Rayna a fuga vem em boa hora, mas e para Juliette? A situação ficou estranha
e complicada, porque o comportamento dela foi inesperado naquele final de episódio.
Só dá para saber que, num casamento que já começa com a noiva em fuga, os
prognósticos não são os melhores.
O comportamento impulsivo de
Juliette, ao propor casamento para Sean foi digno de qualquer cantora amalucada
que faz o que lhe dá na telha, mas para o moço, fica a impressão de que o
compromisso era para valer. Confesso ter muita pena dele e de como as coisas
ficarão a partir daqui, porque Sean tirou de Juliette aquele ranço de mulher
que só dorme com alguém por puro interesse, mas entendo o objetivo da coisa,
que é criar mais um escândalo para a personagem e mais drama psicológico.
Juliette é cronicamente infeliz e nada de bom dura muito em sua vida, pois há
sempre alguém disposto a jogar nela um balde de água fria.
A breve conversa com a mãe foi
bem honesta, apesar de tudo. Juliette tem problemas e foge deles, por isso não
duvido que em breve ela entre num vicio por drogas ou bebidas, que destruirá
sua carreira. Na mesma toada está Deacon, que na verdade já passou por essa
fase destrutiva, sempre lembrada em diversos momentos. Além de ele não
conseguir parar de pensar em Rayna, a presença daquela jornalista vem para
abrir novas feridas e fazê-lo relembrar o passado. Há ainda o fato de que
Deacon não parece nada feliz sendo guitarrista de uma grande banda e a possibilidade
de que a paternidade de Maddie seja rapidamente revelada.
Seria uma boa reviravolta.
Nashville precisa movimentar um pouco mais as coisas para alguns personagens e
mostrar Deacon atormentado sem nunca trazer algo mais sólido é um erro. Isso
criaria uma grande briga entre ele e Rayna, além de mais conflito com Ted, que
surpreende a todos ao mostrar que sabe que não é o pai da menina e que a cria
como se nada tivesse acontecido. Aliás, isso explica muito do comportamento de
Rayna, que já errou e continua com Ted porque, afinal, ele também já ficou ao
lado dela depois de uma grande mancada.
Uma boa virada veio para
Scarlett, que caiu na tentação e dormiu com (o nojento) Avery, mas logo
recuperou a sanidade e mostrou que do que é capaz, pessoal e artisticamente.
Gostei de ver que ela não está aturando mimimi de ninguém, nem de Gunnar,
recalcado depois de ser rejeitado por ela. Lógico que gostaria de vê-los como
casal, mas Gunnar exagera na dose e não compreende que, no momento, ele seria
apenas o clássico ‘rebound’ para Scarlett, que obviamente ainda não superou
Avery.
Começo até a prever que a
carreira de Avery vai levá-lo a encontrar Juliette e os dois formarão um casal
altamente destrutivo. Como ele é um cara egocêntrico, desconfio que Juliette se
daria mal nessa, caso a trama existisse. Por enquanto ela vai ter de lidar com
os problemas de uma mulher casada que foge de suas responsabilidades e até
mesmo do sonho de formar uma família. Como Rayna será sua principal companhia a
partir de agora, resta esperar pra ver se as duas viram amigas ou se uma delas
não sairá viva da maratona de shows.