O inimigo intimo de The Vampire Diaries.
Não dá para não começar essa
review fazendo aqui um protesto. O que é que estão fazendo com The Vampire
Diaries? Ou mais especificamente, o que a obsessão de Julie Plec com “amor
épico” de Stefan e Elena está fazendo com a série. Hoje estou reclamando como
fã da série e não como uma menininha que está brava porque seu casal favorito
nunca acontece de verdade. A revolta e o aborrecimento são pela covardia
apresentada no roteiro da série. Uma palavra que nunca usei e jamais imaginei
usar para descrever a mais ínfima cena de TVD. Infelizmente, o ditado é uma
praga: nunca diga nunca.
Minha frase inicial pontua algo
notável em entrevistas e declarações de uma das principais escritoras da série.
Sim, estou falando de Julie Plec, a mulher que ama tanto Stefan que chega a ser
capaz de destruir uma série inteira, que vinha em perfeito andamento. Ela não é
só o inimigo para Damon, ela também o inimigo número um do público e
de TVD como um todo.
Todos nós sabemos que ela é a grande
responsável pelo que está acontecendo na série e pela insatisfação geral dentre
os fãs. Seja você Delena ou Stelena, só existe uma verdade: você está puto da
vida com os rumos da série, porque no fundo, não importa o time que você escolha,
o que importa é somos todos fãs doentes por The Vampire Diaries e até aqui,
essa era uma das produções mais destemidas da TV. Chegamos a um ponto em que a
melhor trama em desenvolvimento é a de Jeremy. E digo Jeremy e não JerEMO
porque ele conquistou o direito de ser chamado pelo nome normal.
Até aqui tive poucas ressalvas
sobre o andamento da temporada, tirando o que é reclamação sempre, como a
inutilidade de Bonnie e Matt, o mimimi de Elena ou a sacanagem que foi botarem
Rebekenga para dormir. Comprei a história da cura numa boa e sabia que cada
história paralela deveria se ligar, tendo o professor Shane como elo comum.
Essa história toda continua sendo interessante, ainda mais porque até o
desligamento dos lobinhos estará no meio da bagunça e Klaus vai enfrentar
muitos inimigos e perigos inéditos.
Juntando isso à atual realidade
de Jeremy caçador de vampiros, temos uma parte mitológica bem legal
acontecendo. No caso de Jeremy então, mais ainda, porque ele é um caso único de
personagem idiota que se recuperou e cresceu na trama. Existe amadurecimento.
Ele não é mais o menino chato e emo que Damon descreve para justificar seu
sumiço do Miss Mystic Falls. Ele não
está mais alheio a tudo e já reage quando algo o atinge. A vontade de matar
Elena (e a tentativa real) foi um plus para o momento já excelente em que
Jeremy enfrenta StefANUS.
Aliás, gostei de ver o lado ‘bixa
má vingativa’ de Stefan de volta. Olhares maldosos, recalcados e ressentidos
para Damon, que até ali, não tinha feito nada contra ele (mas faria, é claro,
nem estou defendendo). Mais do que isso, Stefan estava alucinado. Como não amar
o fato de que ele entra num hospital, mata e transforma um criminoso (porque
ética no assassinato acima de tudo, né gente?) só para fazer Jeremy destruir
mais um vampiro e aumentar a tatuagem-mapa? Isso seria ainda mais legal se ele
não fizesse porque está magoado por Elena terminar com ele e escolher Damon.
É aqui que o caldo entorna. Elena
escolhe Damon. Todo mundo arregala os olhos para a cena de pegação mais genuína
da série (pelo menos nessa temporada em que Tylerine está de férias), mas somos
obrigados a ver Caroline em seu momento mais chato e desagradável, surgindo
como se fosse o Mestre dos Magos, para compartilhar sua sapiência, na qual
ninguém está interessado. Passei o episódio inteiro com raiva de Caroline
porque ali, ela era uma personificação do inimigo invisível (Julie Plec),
falando toda aquela patacoada de amor eterno e epicozinho de Stelena e
despejando que Damon era imundo, cruel e cara de mamão.
Esperem um pouco. Damon é sim,
badboy e assumidamente um cara prático. Ele faz o que o momento pede, mesmo que
seja torturar alguém (saudades Tio Mason) e vive a vida de vampiro de modo
pleno. Daí temos Stefan, chamado de reaper e conhecidamente um assassino cruel
de muitos, um cara que ameaça Jeremy com um vampiro recém-transformado e que
também mata e tortura, mas que é bom moço, só porque sente remorso? Oi? Que ano
é hoje? Que eu saiba Damon e Stefan fazem tudo o que fazem por causa de Elena,
então, se os dois são capazes de crueldades, porque só um é condenado? Não faz
sentido algum e é inaceitável. Desculpem, mas por hoje, estou com nojo intenso
de Caroline, ou melhor, do que os roteiristas fizeram com ela.
O lance de Elena estar ligada a
Damon pelo sangue é colocado ali estrategicamente para acabar com a alegria de
quem tanto esperou por esse momento. É um twist pobre, burro e repito, covarde.
Não sei o que esse pessoal da produção pensa. Mais de 80% da base de fãs torce
por Damon e todo mundo estava esperando para vê-lo com Elena, de verdade.
Quando essa hora chegou foi estragada por uma desculpa escrota e que
desvaloriza quatro anos em que esses dois personagens construíram uma relação.
A mensagem é clara: Elena só está
com Damon porque existe algo que a obriga a isso, inconscientemente. Em
condições normais, seria sempre Stefan a escolha da personagem. Acho que a
piada aqui é por nossa conta. Estão achando que não vamos aceitar bem o fim de
Stelena e que é preciso criar uma rota de fuga rápida e que destrua a história
já na próxima semana. Porque não sei se vocês sabem, mas todo fã de TVD gosta
mesmo é de Stefan.
Mais uma vez, relembro o que
fizeram em Dawson’s Creek, quando Pacey e Joey viraram o casal mais querido,
deixando o protagonista de lado. Lógico que é arriscado, mas funcionou e deu
gás à história. É triste ver que nem toda série tem colhões para mudar as
regras.
P.S*Decepcionada porque April não
perguntou por Rebekkah nem uma vez.
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