Quando nem bater na madeira
afasta os maus presságios.
Parks and Recreation vem numa sequência
bastante instável de episódios (muito diferente da temporada anterior), mas o
dessa semana valeu cada minuto. Situações paralelas bacanas de acompanhar e
principalmente engraçadas de verdade, além do retorno da abominável Tammy, para
azedar a vida de Ron e Leslie.
A cena de abertura, com Leslie
vestida de ajudante de papai Noel, revelando felicidade por seu Google Alert
sobre Ron funcionar pela primeira vez já foi ótima. Inclusive, pela efusividade
de Ron em ser nomeado ao prêmio dos carpinteiros por ‘cadeira’. Depois disso,
era certeza de que o evento seria um sucesso e que muita coisa boa viria desse
plot.
Ron continua detonando ao ver seu
ídolo da carpintaria e agindo como uma verdadeira fangirl, além de sair pulando
como criança em loja de doces ao ver pedaços de madeira e ferramentas nos
estandes do Nobel da Carpintaria (mesmo que Leslie não valorize a coisa como
deveria). A interação com Diane é boa e eu ainda não sei qual das cadeiras foi
feita por Ron, mas tudo bem. O que vale é que ele venceu por ‘cadeira’, embora
tenhamos ficado sem o maravilhoso discurso de agradecimento, contando toda sua
trajetória no design de cadeiras. E tudo por culpa de Tammy e sua imensa
afliceta. Cenas dela imitando Sharon Stone passaram do limite da definição de
sensual.
Já que Diane se mostra com ciúme
de Ron, Leslie enfrenta a fera sozinha. E por fera, é claro, estamos falando de
Tammy. A coisa teve sequestro, briga na lata de lixo, sedução, machadinha...
Verdadeiro terror que prova que Leslie mesmo sendo loira, burocrata e nem um
pouco atraente, ainda é a melhor amiga que Ron poderia ter.
Apesar de eu ter gostado dos
momentos de Chris e Bem acho que já passou da hora de seguirem em frente com
esse negócio da terapia e da depressão. Chris, pelo menos emplacou seus clássicos
comentários sobre alimentação gordurosa e foi pontual ao descrever para todos
nós a situação familiar de Jerry: “não tem explicação lógica”.
Essa, aliás, foi minha parte
favorita. Jerry com sua festa bem frequentada, esposa e filhas lindas... Como
ele é funcionário público e mal tem grana para pagar as contas médicas de seu ‘fart-atack’,
não dá nem para dizer que o casamento ali é de interesses. E tudo isso rolava
enquanto Tom, April, Andy e Donna rumavam para o ‘jantar do Jerry’, com a grana
arrecadada a cada patetice do colega de trabalho.
No fim, Jerry é um cara legal e
atencioso, que sobre bullying constante dos colegas, mesmo quando os convida
para sua super festa, com direito a papai Noel. O que não emplacará, nem hoje,
nem nunca, é a carreira de Ann no stand-up comedy. As piadas foram feitas para
serem ruins, mas ela se supera em piorar as coisas, deixando o que já não é
engraçado completamente bizarro.