Eagletoniano com chantili extra.
Ser uma das conselheiras de Pawnee
está trazendo algumas vantagens a mais para Leslie Knope, especialmente em
exposição na mídia. É por isso que esse episódio começa com vozes aveludadas de
radialistas que substituem radialistas que sumiram porque foram substituir
outros radialistas. Ou algo assim. Também começamos com Jazz sobreposto, um som
que estraga o ouvido de qualquer um, mas é extremamente apreciado naquela
região. Só posso dizer que esse pontapé inicial foi muito bom e que, embora o
episódio não tenha sido brilhante, como tantos de Parks and Recreation, a
semana fechou com saldo positivo.
Adoro quando a briga entre Pawnee
e Eagleton aparece. Leslie fica possuída e não solta uma frase que faça
sentido, mesmo sendo ela mesma uma nascida na cidade vizinha. Como não amar
quando ela berra que não teve culpa pelos erros da mãe? De fato, não dá para
gostar de uma cidade que, em vez de ajudar outra no meio de um furacão (que
aparentemente desviou de Eagleton sem nenhum motivo aparente), manda avisar que
não está em casa.
Ben, sem medo de morrer, lembra
Leslie de toda sua forte ligação com a cidade inimiga e a incentiva a aceitar
que o arquiteto de lá é a solução para o pequeno parque que ela pretende
construir. Confesso que achei que tanta bondade era só para poder sambar na
cara de Leslie com aquela maquete. Acho que sou #TeamPawnee, porque só isso
justifica tanta desconfiança sem motivo. Lógico que é impossível não sorrir de
orelha a orelha com Leslie atacando o pobre arquiteto com latas de chantili ou
com a estrutura surreal dos parques de Eagleton, que tem catadores de lixo mega
felizes e especialistas em moldar pessoas em balões. Palmas também para a cena
em que Leslie não consegue dizer “I’m sorry”, só porque seu orgulho não
permite.
Até que as aventuras (ou falta de)
de Andy como segurança da prefeitura renderam bem. Só não entendi como é que o
prédio estava fechado e havia aquele festival de gente andando por lá. Até
entendo Leslie e Ben tendo acesso, mas e o resto das pessoas? Teve até criança
perdida para aposentar a carreira imaginária de Agente do FBI. Vale dizer que
April estava absolutamente possuída na interpretação de Senhorita Hitler, a
filha perdida de Adolf, que carrega segredos nazistas num colar.
A montagem do ‘Rent-a-Swag” valeu
muito pelas caras de desprezo de Ron para Chris, mas no fim, a escada que não
leva a lugar algum acabou sendo um projeto valioso. Muito bom ver Tom
economizando até em cobertura de pizza, atitude bem diferente da que ele tinha
com seu antigo projeto.