O episódio dessa semana em Hawaii Five-0 apresentou uma trama diferente de qualquer expectativa.
Ganhamos um acampamento lotado de menininhas de 10 anos de idade, no qual Steve
dá lições de como combater porcos selvagens ao estilo de John Locke, em Lost.
O cenário era improvável e jamais imaginado, pelo menos para
Steve. Danno tinha motivos para estar ali com Grace (a menina robô #dica), mas
pensando bem, é natural que Steve passe um tempo com a filha postiça, já que
seu relacionamento com o parceiro vai de vento em popa.
O curioso é que, no meio da canalhice óbvia dos diálogos de
Steve e Danno com um bando de crianças, ganhamos um ótimo episódio. Colocaram
as meninas no meio da ação, fazendo parte dela. Além disso, a história paralela
de Kono e Adam Noshimuri parece que terá consequências interessantes, muito em
breve.
O vilão da semana foi interpretado por Tom Arnold, que
encarna um ex-prisioneiro que arquiteta um roubo de diamantes bem ousado, com
salto de paraquedas no meio da floresta e tudo o mais. Está aí uma receita de
desgraça certa, se querem saber minha opinião, porque é claro que pular de um
avião com uma maleta de joias não pode acabar bem.
Embora não seja um enredo surpreendente, a situação foi
diferente. Steve e a menininha mandaram bem na interação e, aliás, vale elogiar
a pequena que, em alguns minutos, provou ser uma atriz muito melhor do que
Grace que está no elenco há anos, o que nos leva a pensar que ela deve ter
chantageado algum dos produtores da série para ser escalada, porque em
comparação com qualquer garotinha ela é péssima.
Isso se evidencia quando vemos a japonesinha dar uma aula de
tecnologia ao montar o celular quase como uma pequena aprendiz de McGyver e
McGarret. Ela foi ótima naquele momento e se atentarmos para Grace, parada ao
lado, sem qualquer expressão, chega a ser triste. Mas, à parte das críticas a
atrizes mirins, vale dizer que o desenvolvimento da história foi bem bacana.
Enquanto Steve enfrentava a fúria de Ron na floresta, com seus momentos de
instabilidade emocional, Danno também levava bem a situação no acampamento,
montando uma força tarefa e organizando o resgate e rendição dos bandidos.
Apesar disso, devo dizer que achei bem imprudente que Steve
ficasse provocando os bandidos, justamente pela presença de uma criança. Só
que, como isso aqui é Hawaii Five-0, e Steve é fodalhão, vou deixar passar. O
que não posso deixar, no entanto, é o fato de que, já no final, quando Danno
atira no último bandido, nenhum dos dois se preocupa em checar se o cara está
mesmo morto. Começam a falar de amenidades e fazer provocações românticas e
esquecem do (suposto) defunto. Bem absurdo para uma equipe cuidadosa a ponto de
carregar kits de investigação num fim de semana de lazer.
Como qualquer um que torce para Kono ficar com Adam
Noshimuri, só pela graça de ver uma policial com o chefão da Yakusa, acho
sempre fofos os momentos dos dois juntos, inclusive, porque o casal é bem
convincente. Só que, com a história de legitimar os negócios, o envolvimento deles
vai perdendo emoção, o que se recupera com a chegada de Michael. Primeiro,
porque achei que ele atacaria Kono (sexualmente) antes do fim do episódio, mas
usar a arma dela em algum crime parece bem mais elaborado e com muito mais
potencial. Imagino que Michael vai se tornar inimigo do irmão e começar a
comandara a máfia oriental, indo contra os desejos de legalização de Adam. Ou
seja, vem por aí drama familiar e muito sangue. Podem esperar.
P.S* Não critico Danno por não saber onde fica o norte por motivos de: também não faço a menor ideia.
P.S* Acampar dentro de casa é a melhor coisa.