O caso que Danno sempre pediu a Deus.
Modelos da marca Victoria Secret’s, de lingerie e biquíni,
correndo perigo de ser esfaqueadas por um maluco que manda mensagens anônimas.
Foi esse o presente que Danno pediu ao papai Noel nesse Natal e ele foi rapidamente
atendido. Seja pela presença das moças (ou não), o episódio seguiu muito bem,
inclusive porque investiu em duas histórias paralelas que trouxeram resultados
bem interessantes. Tão interessantes quanto a tentativa de humanizar modelos e
nos dizer que elas também são gente como a gente. Disso eu ri profundamente e encarei
como sendo parte integrante do humor no roteiro, porque os diálogos em que exaltam
a criação da imagem em detrimento da pessoa real só podem ter sido pensados com
esse objetivo.
Apesar de as moças serem bonitas, a atuação ficou na
mediocridade (quando muito), mas até que o caso foi divertido, com Danno
cuidando sozinho da investigação e até distribuindo tarefas para Steve. Ainda não
entendi, porém, como é que ele chegou ao quarto de hotel antes do segurança da
sessão de fotos, mas tudo bem. A modelo bonitinha foi salva e Danno não conseguiu
nada com isso, além de passes para um desfile, em que pôde curtir o glamour ao
lado de Grace. E Steve. E Kamekona. E o primo miúdo de Kamekona. Tudo valendo
duas semanas de almoço grátis no trailer de camarão.
Mais uma vez, Max vira destaque do episódio e ao lado dele
temos a presença de Sabrina, a caixa de banco por quem ele está apaixonadinho.
A história foi fofa e meio trágica ao mesmo tempo, porque a moça acaba sendo
baleada, mas tudo acaba bem, com um encontro na lanchonete do hospital, que é o
que tem para hoje. Aliás, vale acrescentar que Sabrina foi interpretada por
Rummer Willis, a filha (que deu errado) de Demi Moore e Bruce Willis. Nunca
entendi como ela conseguiu pegar todas as partes ruins da genética de cada
progenitor, se me permitem dizer.
À parte desse romantismo, o que chama a atenção mesmo é a
dobradinha de Steve e Kono, que funciona muito bem. Morri de rir com os dois
capturando o maluco de saia havaiana, que acaba completamente nu na hora de
colocar as algemas. O interrogatório foi bem filmado e complementou bem as
cenas de ação e perseguição. Steve, é claro, mostra que é mestre em parkour e
salta de alturas absurdas como se nada fosse.
Quando descobrimos que o assassino e articulador do assalto
falso ao banco estava doente de câncer, a coisa fica surreal. Imaginem um
paciente terminal correndo loucamente e pulando de janelas e muros? Pelo menos
a resolução foi interessante e diferente, afinal, no começo é difícil adivinhar
que o assalto tão bem arquitetado é apenas fachada para o ‘suicídio do herói’.
Aliás, a coisa toda acabou sendo até tocante, com o homem querendo recuperar o
respeito da família e tudo o mais. Steve, porém, não esquece que para isso, um
crime foi cometido e vidas foram colocadas em risco sem necessidade. Colocar o
bandido doente para esperar pela morte atrás das grades era a atitude que eu esperava.