A vez de Rebecca Duvall.
Muito se falou sobre a entrada de
Uma Thurman para a trama de Smash e o momento chegou. A atriz interpreta
Rebecca Duvall, a musa do cinema que, supostamente, deve carregar “Bombshell”
ao sucesso fácil.
Sem dúvida, essa participação
causa impacto na série e no público, afinal, quando Rebecca começa a cantar,
nossa vontade principal é a de sumir, porque a coisa realmente não flui bem (e
nem estou falando da parte vocal). Se isso tudo foi planejado, os roteiristas
de Smash merecem aplausos. Conseguiram criar desconforto real e na
metalinguagem. Não consigo olhar para Uma Thurman e acreditar que ela pertence
à Smash, tanto quanto eu não consigo ver Rebecca fazendo parte de “Bombshell”. A
falta de sincronia é muito grande.
À parte disso, Thurman consegue
mostrar bem o que é ser uma atriz de vida conturbada e ego inflado. Cada
intromissão de Rebecca é um tapa na cara de Julia, Tom, Eilleen e Derek, que se
fazem de bonzinhos enquanto a recém-chegada dá palpite em tudo e critica a
estrutura básica do show que teria “músicas demais”.
O choque é geral quando ouvimos “Let
Me Be Your Star” cantada por ela. É de doer os ouvidos, literalmente, em cada
falsete e cada desafino. Mais tarde, quando Rebecca mostra seu ponto de vista e
diminui o alcance das notas musicais, a coisa melhora, mas não é lá essas
coisas. A apresentação de “Dig Deep” não chega nem a empolgar.
Como Smash já anda em baixa com
muitos fãs, esse pode ser mais um problema. A série já está garantida para a
segunda temporada e, pensando assim, é um alívio que Uma Thurman esteja grávida
e não possa participar no ano que vem.
Enquanto Rebecca tenta se
estabelecer como protagonista, é até hilário ver Karen e Ivy (que está de
volta!) como abutres à espreita de carniça. Fica difícil gostar de Rebecca como Marilyn depois
de ter visto essas duas no papel. A aproximação das personagens é cada vez mais
evidente, embora temporária. É óbvio que as picuinhas voltam assim que Marilyn estiver
disponível novamente.
Para Karen, no entanto, há mais
problemas a enfrentar, já que Dev está cada vez mais próximo de R.J. O
relacionamento vem enfraquecendo ao poucos e não acho que seja algo unilateral.
Tenho a impressão de que, em breve, pretendem usar Karen muito mais próxima de
Derek, uma vez que o diretor parece enfeitiçado por ela. Não sei se vão entrar
por um caminho mais ‘romântico’ nessa relação, mas parece que a rivalidade cm
Ivy vai ganhar ainda mais motivos para existir.
Falando no assunto, eis que Tom foi
com tudo para cima de Sam, sendo brecado e criticado por sua imaturidade
emocional em relacionamentos. Estou gostando desse desenvolvimento com os dois,
até porque, depois que tiraram nosso Mr. DiMaggio de cena é o que sobra. O
conflito familiar de Julia pode até ser justo e realista, mas é chatíssimo.
Ninguém aguenta mais o menino Leo, com 17 anos nas costas, agindo como se
tivesse sete.
Por outro lado, a fragilidade de
Eilleen me comove. Ela está “de volta ao mercado” e por isso mesmo, insegura.
Acaba até caindo em tentação e olhando os arquivos secretos de Ellis, mas no
fim, acaba se entendo bem com Nick, que parece ser um cara honesto, apesar dos
pesares.
Para terminar tudo em clima de
felicidade, eis que Ellis é, outra vez, humilhado. Quase morri de emoção ao
perceber que ele havia traído a si mesmo, dando o maior fora com o assistente
de Rebecca. O puto realmente se prostituiu. Dormiu com o cara e, de brinde,
mentiu para a namorada. Depois ainda querem nos convencer de que Ellis é hetero,
quando em verdade, não passa de uma BMV (bicha má vingativa).
Músicas no episódio:
"Our Day Will Come" - Ruby & the Romantics: Karen Cartwright
"Dig
Deep" - Original: Rebecca Duvall and the cast of Bombshell
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