O treinamento acabou.
Se você é um fã de Rookie Blue, drama
policial da ABC, provavelmente vai gostar do estilo de NYC 22, que estreia pela
CBS, mais ou menos com a mesma abordagem. A diferença, até aqui, é o “índice de
pegação” é praticamente irrelevante. Rookie tem muito mais foco no envolvimento
pessoal entre os novatos da polícia do que NYC 22 pretende mostrar.
Dito isso, não existe mesmo algo
que seja gritante para diferenciá-las. Estrutura de roteiro e personagens são
parecidíssimos, o que pode acabar sendo um tiro no pé para a série, que até faz
um Piloto bom, mas que não consegue ser melhor sucedida do que sua óbvia
concorrente.
Não quero dizer, no entanto, que
Rookie Blue seja algo de “explodir
cabeças”. Verdade seja dita, ambas ficam no mesmo nível de qualidade. O
problema é que se um canal pretende lançar algo com premissa já existente, é
bom que o novo produto seja superior ao que já está estabelecido no mercado, ou
a aceitação do público será absolutamente limitada.
NYC 22 tem como tema o aprendizado, nas ruas,
para os novos integrante da força policial de Nova Iorque, quando vêm à tona
problemas como falta de experiência e pequenos deslizes que fazem a diferença
entre a vida e a morte.
Entre os rookies temos Jennifer
"White House" Perry (Leelee Sobieski) ex-jogadora de vôlei e
ex-fuzileira naval que atuou no Iraque e agora tenta impor respeito como
policial. Ray "Lazarus" Harper (Adam Goldberg) é o mais velho da
equipe, um ex-jornalista que, ao perder o emprego, resolve se juntar aos
policiais, porque eles sempre foram suas melhores fontes. Tonya Sanchez (Judy
Marte), que vem de uma família de criminosos e tenta provar que é diferente
deles, arriscando-se a todo momento. Ahmad Kahn (Tom Reed) um afegão que
enfrenta preconceitos raciais e tem um gênio esquentadinho. Kenny McClaren
(Stark Sands) que tem o peso de provar seu valor por vir de uma longa linhagem
de policiais e Jayson "Jackpot" Toney (Harold House Moore), que viu
sua promissora carreira na NBA escapar, tendo de procurar novas alternativas.
Para ensinar a eles o traquejo
das ruas, o treinador de campo é o oficial Daniel "Yoda" Dean (Terry
Kinney), um veterano que não se cansa de enfatizar conceitos básicos e ensinar
valiosas lições para os rookies. Outro veterano é o sargento Terry Howard
(Felix Solis) que vive tentando evitar brigas entre as gangs da cidade.
Nessa Series Premiere dá para
notar que teremos o esquema de casinhos semanais e que, aos poucos, a série
pretende desenvolver melhor o viés psicológico e até alguns romances. White
House e Jackpot, por exemplo, vivem em incrível tensão sexual, além do fato de
que Kenny fica de olho na irmã de um dos garotos que é membro de uma gang.
Apesar de ter gostado da série,
de forma geral, provavelmente paro por aqui. Como eu disse, já acompanho Rookie
Blue e, portanto, me sinto bem servida no quesito “drama policial sobre novatos”.
Tanto é que eu já sabia de antemão todos os erros cometidos pela equipe em seu
primeiro dia nas ruas, por coisas que aprendi na outra produção. É por isso que
não acredito no sucesso de NYC 22. Sei que “nada se cria e tudo se copia”, mas
até para clichês como esse, existe um limite.
Segundo consta,
a NYC 22 foi idealizada por Robert De Niro e Jane Rosenthal, mas não há nenhuma
informação maior sobre o envolvimento de ambos na produção. O roteiro fica por
conta de David Rambo e Richard Price. A direção da série é de Martha Mitchell e
James Mangold.