Todo mundo sabe que a vingança nunca é plena, mata a alma e
envenena, mas no caso de Alicia, um pouco disso vem bem a calhar. Como virou
tradição, The Good Wife faz mais um episódio cheio de qualidade indiscutível e
atuações contundentes. Um novo caldeirão de acontecimentos começa a fervilhar
para o final da temporada e já dá para saber que vem por aí muitas intrigas e
interesses.
Chegou o momento em que as campanhas políticas estouram
novamente e aí, vemos Alicia no olho do furacão, porque os adversários de Peter
sabem que, sem ela, ficaria muito mais difícil para que ele vença a eleição
para Governador. Se a campanha para promotor foi suja, essa promete ser ainda
mais destrutiva.
Um monte de coisas virá à tona e o caso de Alicia com Will é
uma delas. Kresteva não vai titubear em
esmiuçar cada brecha e talvez, Kalinda seja uma importante aliada dos Florrick
nessa empreitada. Certamente ela terá papel ativo nessa campanha, encontrando
modos de retrucar Kresteva, desenterrando as sujeiras que ele também esconde.
Por enquanto, tudo fica no campo das mentirinhas perigosas,
afinal, Kresteva usou Alicia e sua dedicação ao Blue Ribbon Pannel para
alavancar a própria candidatura. Ela, em retorno, assume seu papel ao lado de
Peter, mais uma vez, para alegria geral de Eli Gold, que nem imaginava que
bastava provocá-la para conseguir o apoio formal.
Aliás, falando em Eli, dessa vez ele foi pego de calças
curtas. Tive até pena dele, precisando escolher entre Peter e a ex-esposa, por
quem ele obviamente ainda tem sentimentos. O que acalenta é o fato de que Eli
também vai dar o troco nos responsáveis. Nada passa impune por ele.
Paralela e aleatoriamente, Will entra nessa “amizade” com
uma das advogadas que participam do casinho dessa semana. Conhecidos do
passado, os dois se distraem num grupo de ajuda para expulsos/suspenso pela
Associação dos Advogados, algo completamente fora da sintonia geral do
episódio.
Já o caso da semana, foi até interessante e bem trabalhado,
mas acabou minimizado diante do restante do episódio, que traz desmembramentos
importantes para a trama. A saída de Cary Agos da promotoria é um deles,
afinal, a insatisfação dele ali é a cada dia mais clara.
No entanto, nada disso supera o embate entre Alicia e
Jackie, uma senhora que desconhece limites e, acima de tudo, desconhece o
próprio filho. Chega a ser bizarro notar a visão que ela tem de Peter. Para
Jackie ele é um homem inocente e largado pela mulher e não um corrupto que
dormiu com metade da cidade bem debaixo do nariz de Alicia. Jackie faz o
clássico “tem mãe que é cega” ganhar novo significado.
Essa velha é tão petulante que até forçou um derrame. Sério.
Não acreditei naquilo, porque Jackie é bem capaz de pagar propina ao hospital
para poder ter o prazer de chamar Alicia ali e dar uma de superior: “Eu te perdoo”.
Como assim? Perdoa pelo quê?
A feição de Alicia nessa cena é simplesmente perfeita.
Expressou muito bem o real sentimento da personagem ao ser escrachada dessa
maneira. Jackie pode ter levado uma bronca de Peter e ficado sem a casa, mas no
fim das contas, saiu como vítima e conseguiu exatamente aquilo que pretendia,
desde o começo.
3 Comentários
