Um double joinha não resolve a situação.
Episódio tenso em Switched at Birth. Muita coisa aconteceu e o drama rolou solto nessa semana em que, mais uma vez, a série acertou em cheio e conseguiu cativar. São muitas coisas para comentar, mas quero começar por um problema que eu mesma vivi dessa vez, com a velocidade com que os diálogos em sinais foram se desenvolvendo.
Fiquei completamente perdida. Algumas cenas mais ágeis e cheias de falas eu confesso ter visto duas vezes. Acho que é assim que um não ouvinte se sente perto de gente que fala rápido demais até para que ele possa fazer leitura labial. É terrível.
A sensação de não entender o que se passa é, definitivamente, uma das piores. Sou analfabeta em linguagem de sinais e mesmo sabendo ler as legendas, era tudo tão rápido que meus olhos quase entraram em colapso. Certamente a intenção dos produtores é essa. Mostrar para quem assiste a série como é a situação do deficiente auditivo. Mais do que isso, mostrar como essa situação pode se inverter facilmente.
Não foi apenas nos diálogos. Toda a situação entre Emmet e sua mãe trouxe ainda o aspecto do preconceito. O curioso é ver que a vítima é Bay e não Emmett. Por sua capacidade de ouvir, Bay foi pintada pela sogra como o demônio em pessoa e fiquei boquiaberta com a transformação de Melody na verdadeira Surdumal.
Do nada, essa mulher ganhou a função de ser megaevil e fez a coisa com um talento singular. Como sou E-Bay fiquei tensa, porque afinal, Emmett é um garoto de muita personalidade para ser levado para o mau caminho pela namorada e a mãe dele deveria saber disso. No meio de toda aquela situação chata da circuncisão, porém, acho que Bay se ofendeu demais. Não tem motivo para ficar tão doída com Melody megaevil por rir, porque trocar os sinais é tão comum para quem está aprendendo. Eu não conseguiria nem soletrar meu nome, para ser honesta e levaria o fora na base da piada.
Lógico que Bay já estava numa situação cumulativa, levando a culpa até pela 2ª Guerra Mundial e sofrendo (assim como eu) com a velocidade de sinalização naquelas conversas. Como sempre, fiquei com pena dela e torço ainda mais por esse casal tão fofo. Bay se esforça para aprender sinais e até se finge de prancha em pontos de ônibus, o que prova que ela não está nesse namoro só para sacanear Daphne, que está realmente merecendo ser chamada de Bitchne.
Essa garota está possuída por alguma entidade. A vida dela não está fácil, são muitas mudanças indesejadas e ciúme rolando solto em relação à Bay, mas Bitch está com dedinho podre para escolher amizades. Simone não é boa coisa e chega para dar ideias erradas para metade do elenco. Por causa dela Wilke e Toby entram na onda de fazer RG’s falsos, o que mostra que ambos são mais estúpidos do que se previa.
Simone também coloca Bitchne na vadiagem e não pensem que vocês que ela se faz de rogada. Depois de levantar a barraca de Emmett, Bitchne está firme em seu propósito de contrair uma DST. Simone promete ser útil para a nova amiga nesse quesito.
Além disso, acho que ela entendeu a intenção de John completamente errada. Ao reprimi-la sobre o time ele estava ensinando uma valiosa lição de companheirismo e lealdade, mas Bitchne só pensa em si mesma no momento.
É por essas e outras que ela deveria ter medo do modo como Kathryn vai retratá-la em seu primeiro livro, baseado em fatos reais. Se ela for realmente fiel ao que está acontecendo, já teremos nossa vilã.
P.S* O que foi aquela cena final? Fiquei sem entender se a polícia estava ali para avisar Emmett de alguma tragédia ou se ele foi tratado como um trombadinha mesmo. Ansiosa para o próximo episódio!
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