Elas mentem até catando lixo na beira da estrada.
Que delícia é começar o ano assim, com episódio fresco de Mentirosinhas, recheado de burrices e reviravoltas. Depois do maravilhoso Halloween Event, eu não esperava nada diferente desse retorno. Sabia que seria digno de muitos elogios e que eu me divertiria horrores com as desventuras de nossas espertíssimas heroínas.
Tudo já começa naquele clima super barra pesada, meio Misfits, quando vemos as Liars todas trabalhadas no macacão laranja de presidiárias de alta periculosidade, porque afinal, foram capturadas pelo FBI, com todos aqueles helicópteros, desenterrando um manequim de loja de departamentos com a pá que, segundo consta, foi a arma que matou Alisson. Só de fazer essa retrospectiva fico emocionada. Foram momentos muito tensos e difíceis de sair da minha memória durante todos esses meses sem PLL.
Fiquei consternada ao ver que as meninas foram condenadas a 30 DIAS de catação de lixo por posse de uma pá. Mais consternada ainda por ver Emily e Spencer condenadas a mais DUAS SEMANAS por uma ‘cat fight’ com iogurte estragado. Nessa hora percebi a armação delas, se fingindo de inimigas para enganar –A. Trollando o troll, em resumo.
O problema disso é que nunca imaginei que –A fosse tão idiota a ponto de não perceber a patacoada. Se até eu, que não sou capaz de plantar caixas de cereal só com minha inicial na lanchonete de escolas por aí, notei, porque –A, onipresente e cheia de esperteza caiu naquela atuação medonha? Para mim, não faz sentido nenhum.
Fato é que toda a manipulação barata das meninas gerou resultados. Quer dizer, teria gerado, se elas não fossem tão inúteis a ponto de deixar –A escapar daquela estufa. AMEI os lances de audácia de Emily com sua “pegadinha do Mallandro” naquela caixa vazia. Mais ainda, amei como –A escapou, literalmente sambando no ditado “quem tem telhado de vidro...”. Poético e significativo. Deixou para trás o celular, mas aposto que não dará em absolutamente nada, como sempre. De qualquer forma, essa inversão de papéis foi muito boa e trouxe uma ação diferente para o episódio.
Falando em ação, as histórias paralelas também foram interessantes, a começar pela maravilhosa e surpreendente recuperação do menino Mike, que descontou toda sua depressão de adolescente no meio da boca de Ezra, esse Pedobear disfarçado de professor de colégio. Pedobezra decidiu, no mais brilhante lance, contar para os pais de Aria que apesar de ser um velho, estava pegando a filha deles, de 16 ou 17 anos. Segundo a lógica do melhor casal da TV, se você tiver conhecido o professor antes da aula não é crime, o que com certeza acalmou toda a sociedade cristã, chocada com esse relacionamento até então.
Spencer continua uma enjeitada pela família, largada numa mansão enquanto os pais cuidam da irmã mais velha muito menos problemática. Não consigo entender a lógica em rejeitar o pobre Toby, que é tão fofo que faz cadeiras de balanço para sua ex-namorada criminosa poder descansar depois de cumprir sua pena como lixeira. Aliás, não entendo como Toby não entende que Spencer o rejeita por causa de alguma ameaça de –A. É óbvio.
No meio disso tudo, a vida mais ferrada ainda é a de Hanna. Os enchimentos da Hanna Gorda ainda não voltaram (estamos de olho!), mas em compensação ela terá de lidar com a irmã postiça megera que irá se mudar, convenientemente para a cidade. Para piorar, Calleb está na corda bamba, sem saber se fica com a namorada ou se tenta virar herdeiro da mãe rica, enquanto Lucas não cansa de tentar sair da ‘friendzone’, sem nenhum sucesso.
Com tanta coisa boa rolando, prevejo que o restante dessa temporada será um turbilhão de acontecimentos importantes que na verdade, não têm importância alguma. Mesmo assim e exatamente por isso, vamos acompanhar.
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