Mais fofa que vestido em forma de suspiro.
Quando eu disse que sabia que estava aprisionada a Jane by Design para todo o sempre eu tinha razão. Sou incapaz de resistir a uma série leve como essa, que serve como excelente passatempo e faz o humor melhorar.
A boa notícia é que esse segundo episódio foi muito bacana e conseguiu manter as coisas legais que fizeram parte do Piloto, especialmente a trilha sonora. Viciei nas músicas que tocam na série e presto a maior atenção em todas, para não deixar passar nenhuma. Além disso, fiquei babando no figurino dessa semana, que abusou de colares pesadíssimos, vestidos pomposos e até gravatas de onça, para os meninos que quiserem inovar o visual clássico do terno preto.
Não sou exatamente uma pessoa viciada em moda e tendências, mas não consigo evitar nesse caso. Adorei o que fizeram com aquele vestido rosa bebê em camadas super cafona, transformando a peça num suspiro rosa gigante de saia bufante e detalhes em couro preto, para dar uma quebrada no romantismo.
Lógico que a série não pode ser só focada nisso, mas é um dos aspectos que chamam a atenção nesse primeiro momento. O melhor é quando esse fator visual, que também faz parte da proposta de Jane by Design, se junta ao que está em desenvolvimento.
Para começar temos a própria Jane, numa vida dupla, completamente louca. Na escola ela moderniza, no trabalho ela aposta num tom mais comportado e nessa toada, Billy pode conferir cada pedacinho da amiga, que muda de roupa no carro e não tem nenhum problema em trocar de figurino numa cabine de banheiro, acompanhada somente dele.
Por muitos desses momentos, já aposto num futuro romance entre Jane e Billy. Vou adorar se seguirem esse caminho, porque já não suporto Lu, que insiste em esconder do mundo seu namorico com o moço. Não vejo motivo nisso, já que Billy é, de longe, o menino mais bonito da série, mas enfim, na frescura de Lu é que Jane pode se dar bem.
Aviso desde já que não vejo muita graça no interesse súbito de Nick porque “Jane está diferente”. Uma ova. Diferente era o carro esporte que ela dirigiu no episódio anterior e nessa ninguém me engana.
Achei bastante conveniente que a escola desse um baile do outro lado da rua onde o desfile acontecia. É por essas e outras que digo que a série segue um estilo “Sessão da Tarde”, onde tudo pode acontecer. Aliás, podiam, desde já, fazer India viajar para uma oca bem distante. A atriz deveria ser proibida de “atuar” porque é péssima e antipática em níveis além dos permitidos. Não é de espantar que Jeremy prefira dar em cima até de postes do que ficar com ela.
Muito sutil também o modo como Gray olha para o vestido de Jane na passarela, naquele misto de surpresa pela ousadia da nova assistente com o sentimento de “já vi esse vestido antes”. As dicas de que ela é a mãe de Jane continuam a toda e, se você achou que Rita Lee veio dar oi, melhor olhar de novo. A amiga ruiva e rouca de Gray era a estilista Patricia Fields que, a despeito de sua cabeleira tresloucada, tem nome e prestígio no mundo da moda e veio dar sua benção para Jane by Design.
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