Inteligente e divertido, acima de tudo.
É tão banal elogiar The Good Wife que, dessa vez, me sinto na obrigação de fazer uma festinha a mais, em homenagem a um dos episódios mais engraçados da série. Foi perfeito. O tempo voou enquanto eu assistia e ria muito de todas as situações, num roteiro ágil e absurdamente bem escrito, que soube apostar no humor aproveitando todas as características marcantes da série.
O interessante é notar que, mesmo sem ser o centro das atenções, Alicia continua peça chave em cada caso. Ela foi utilizada brilhantemente nesse processo de Alienação Afetiva (advogados, está certo esse termo?) em que conhecemos um pouco dessa personalidade tão marcante que é David Lee.
O negócio foi tão bom que eu gostaria de vê-lo em destaque mais vezes. As coisas que esse homem fala são de uma petulância sem limites, sendo capaz de mentir, contratar prostitutas, forjar documentos e ainda ser ator em peças de época, em seu tempo livre, fora do escritório.
A convergência de todos esses fatores foi bárbara. Ainda mais quando Eli Gold resolve entrar na briga e gerar ainda mais confusão. A cena em que Diane repreende David e Eli foi épica. Os dois pareciam irmãos briguentos que ficaram sem sobremesa por causa de alguma travessura.
A própria Diane teve um lugar privilegiado no episódio. Adoro a personagem e cada nuance na interpretação de Christine Baranski, especialmente quando lembram de trazer um interesse amoroso para ela. Dessa vez, Diane está mais ousada do que nunca, ensaiando um relacionamento com o entregador de intimações que até deu uma ajudinha no caso. Diane sempre seduz os homens certos, na hora certa.
O retorno de Elsbeth também foi ótimo. Ela como advogada de Alicia sempre rendeu momentos impagáveis e imagino o que não fará agora que defende Will das acusações de subornar juízes. O lance com Elsbeth é que ela tem a maior cara de tonta já vista e muitos problemas com aparelhos eletrônicos, mas é de uma genialidade sem limites, quando se trata de colocar os interesses de seus clientes em primeiro lugar.
A armação dela para Wendy Scott-Carr foi lindíssima de ver. Mexeu com os brios dos juízes mais honestos e importantes do condado numa jogada certeira. Óbvio que tudo tem suas consequências, porque não é nada bom cutucar onça com vara curta e a partir daqui, a trama central de The Good Wife promete pegar fogo. A boa notícia é que no meio de tanto momentos tensos, ganharemos o direito de rir um pouco, já que a palavra de ordem no mo mento parece ser a de não levar nada tão a sério.
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