É triste saber que teremos de esperar um ano para encontrar Louie novamente, mas até lá, “wave for me”.
Se você ainda não viu a segunda temporada de Louie ou está vendo e não chegou até o episódio final deve estar achando que essa minha frase de abertura não faz o menor sentido, mas saibam desde já: quando chegarem à última cena da Season Finale tudo fará sentido e um sorriso se abrirá em seu rosto.
Sentirei muita falta de Louie durante o ano, isso não é exagero. Desde que caí de amores pela série, no ano passado, virei uma fã inveterada de Louis C.K., devorando séries antigas e shows de stand-up em DVD. Para mim, esse homem é um gênio da comédia, mas admito que, para quem é um pouco (digamos assim) sensível com certos tipos de humor, algumas coisas podem ultrapassar o limite.
A segunda temporada de Louie segue, de modo geral, os mesmos temas da primeira. Preconceito, sexo, terrorismo, religião e claro, o dia a dia de um pai solteiro, tentando a vida como comediante em NY.
A foto que escolhi para ilustrar esse texto é um belo resumo do que acompanhamos. Essa cena, que abre a Season Premiere de modo emblemático, é uma das minhas favoritas desse ano. Impossível esquecer a conversa honesta entre Louie e Lily, culminando com essa linda linguagem de sinais.
É preciso destacar o incrível trabalho dessa menininha. Ursula Parker é fantástica durante cada minuto em que aparece no vídeo (Hadley Delany também é boa, mas aparece muito menos), provando que atrizes infantis não precisam ser imbecilizadas. Na verdade, quem sai como idiota em todas as situações é o próprio Louie, que traduz com talento a relação entre adultos e crianças.
Dentre os meus preferidos está o episódio ‘Country Drive’, em que Louie leva as filhas até o interior para visitar uma tia bastante idosa. A relação dos três com a senhorinha, super racista, é ótima. Louie sem graça e as meninas questionando cada despautério da tia velha, interpretada por Eunice Anderson.
Também gostei bastante de "Halloween” e “Oh, Louie/Tickets”, sem esquecer da Season Finale ‘New Jersey/Airport’, em que há a famigerada cena do “wave for me”, numa visão meio patética daqueles grandes momentos de aeroporto, tão comuns em filmes românticos.
Porém, nenhum desses é meu favorito. Para mim, o melhor da temporada é ‘Duckling’, episódio de 40 minutos idealizado pela filha de seis anos de Louis C.K. Há todos aqueles elementos clássicos que fizeram da série um sucesso de crítica, mas sem dúvida o toque de inocência infantil deu um tom especial. Chega a ser estranho, mas Louie foi tão “fofinho” naquele momento, tão simples e honesto que chego à conclusão de que só uma criança poderia ter surgido com uma ideia assim.
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