The Big C fazendo o que The Big C sabe fazer.
Ao longo dos últimos três episódios (excluindo esse) comecei a sentir que The Big C, a dramédia que mais arrecadou fãs no ano passado, vinha perdendo força. Da mesma forma, minha vontade de assistir à série diminui na proporção exata.
Se eles não se incomodam em apresentar episódios que não repitam a fórmula da temporada anterior, meu subconsciente afirma que eu também não devo me preocupar em gastar meia hora vendo algo que nem pode ser descrito como um bom clichê.
Sim, estou sendo dramática e cruel com The Big C, mas não posso evitar. Senti uma mudança terrível no nível de qualidade da série desde então e todos os outros excelentes episódios, que eu tanto elogiei por aqui, ficaram como boa e vaga lembrança.
Essa semana, porém, comecei a sentir a recuperação. O episódio começou fraco e aparentemente sem propósito, mas foi ganhando força. Muito disso é claro, se deve à morte de Lee. Era tudo o que eu não queria que acontecesse, já que repete, de certa forma, a trajetória de Marlene. Cathy está fadada a encontrar amigos preciosos para, em seguida, perdê-los.
Como as cenas finais de Lee foram absolutamente emocionantes e de uma realidade que impressiona, não pretendo mais criticar essa escolha dos roteiristas. O ator fez um excelente trabalho, ganhou o público e fez uma saída linda da série.
Quem surpreendeu foi Poppy. Estava achando as aparições da personagem uma grande furada, mas ela esbanjou emoção naquela conversa com Adam. Sei que estou abusando do fator emocional, mas foi isso o que o episódio fez. Não posso evitar.
Laura Linney também foi certeira em sua cena com os estudantes de medicina. Dava para sentir o peso daquelas palavras, especialmente para Cathy e pacientes terminais, embora eu acredite que todos os pacientes sintam um pouco essa dificuldade de comunicação com seus médicos.
Fiquei muito triste por Andrea! Achava uma graça a relação dele com Mik, mas o golpe do Green Card é pior que golpe da barriga e golpe do baú. Não sei se, de fato, Mik estava interessado só em usá-la, mas de qualquer forma, Andrea fez a vingativa e o denunciou para a imigração.
No meio de tantos assuntos pesados, Paul ficou com a função de ser o alívio cômico e cumpriu bem seu papel. Surtando e usando drogas, vai ter que fazer um teste de urina surpresa, mas aposto que dará um jeito de escapar.