Ele só quer ser feliz.
Mais uma semana chocante em Skins, dessa vez, estrelada por Nick, que parecia ser o maior de todos os estereótipos da temporada. Acontece que ele não é. Por enquanto, a vaga de personagem óbvia fica apenas com Mini e podemos mergulhar na profundidade dramática que a série tem se empenhado em alcançar.
Não posso deixar de notar que o foco familiar é mesmo a constante da temporada e o pai de Nick não fez por menos. Poucas cenas com ele bastaram para compreender muito sobre o comportamento de seus filhos, oprimidos e forçados a viver de mentiras contidas em livros de auto-ajuda. Pelo que entendi, ele é como esses palestrantes motivacionais. Desculpem se ofendo alguém aí que acredita nisso, mas para mim, é tudo uma imensa bobagem, feita para tirar dinheiro das pessoas.
A pressão para que Nick alcance a perfeição é grande e isso se reflete na vida dele. Nada do que ele faz é porque ele realmente gosta, mas sim, para provar que é melhor do que outros. O esporte, a namorada, as amizades forçadas. Nada disso é o que Nick realmente quer para sua vida.
Assim, ele vai se revelando aos poucos e no começo a gente até acredita que Matty possa ser o grande vilão da história. A culpa não é nossa. Skins vem fazendo episódios que revelam aspectos inesperados em seus personagens e nesse caso, bem que poderia ser isso mesmo. Talvez por esse motivo é que seja estranho imaginar Nick como um cara instável, enquanto Matty, apesar de suas loucuras com Liv, parece o retrato da sanidade.
Não deve ser fácil viver tentando superar o insuperável, fingir que não é rejeitado, que não se importa com nada e que pode, simplesmente, passar por cima de tudo o que sente, apenas para manter as aparências.
Essas coisas têm efeito cumulativo e é por isso que Nick explode com o taco de golfe, quebrando tudo, liberando a tensão, aliviando o peso que carrega sozinho. O interessante é que assim que ele alcança esse limite, percebe que, na verdade, não está sozinho. Ele tem o irmão, pelo menos por enquanto e algo me diz que talvez (só talvez) ele possa também ser amigo de Franky. Ela tem sido outro denominador comum em cada um dos episódios, envolvida em todas as histórias dessa temporada, que se continuar nesse ritmo, poderá se transformar na minha geração favorita dentre todos os Skins.