E hoje, crianças, vamos aprender a fazer suturas com formigas. Legal, né?
Vocês podem até achar que falo de brincadeira, mas eu realmente gosto de Off The Map. Juro. Talvez não seja pelo drama, mas a proposta da série é simplesmente fantástica. Até agora, já vimos transfusão com água de coco e até retirada de larvas com bacon, por isso, não me surpreendi a ver as formigas usadas para fechar cortes e feridas. Na verdade, isso realmente funciona. Todas as técnicas mostradas na série funcionam, aliás, mas é engraçado.
Tenho a impressão de que Off The Map é uma comédia involuntária e acho isso maravilhoso. Desde o Piloto estou me divertindo horrores e essa semana não me decepcionei, mais uma vez.
Adoro o modo como os roteiristas acham que sempre podem piorar o que já está ruim. Aí, alguém rouba os suprimentos médicos e os médicos precisam fazer uma cirurgia de apêndice sem anestesiar o paciente de forma adequada, adicionando muita tensão com o elemento final: Heroína.
Impossível não rir da jornada impetrada por Otis e Mina em busca da droga perdida. Nunca vi uma boca de fumo pior localizada. Tem que caminhar na selva, pegar uma canoa, se enfiar no matagal de novo e aí, ainda implorar um papelote pro traficante. Melhor ficar sóbrio, viu Otis? Outra coisa ótima foi esse drama do ex-viciado. A heroína não me preocupa, mas Otis tá sempre com m pirulito na boca. Vai acabar com diabetes no meio da floresta, o que pode ser muito, muito grave.
Outra pessoa com problemas é Ryan. Foi dureza sentir a raiva dela com os insetos que a condenaram a ser eternamente enferma, porque não foi tratada na época de contaminação. Aqui peguei um errinho médico. Ryan afirma que as meninas precisam se tratar, porque algumas pílulas curam a doença. Mentira. Mal de Chagas não tem cura e qualquer aluno da 5ª série sabe disso. Além do mais, barbeiros são insetos pequenos e não chegam ao tamanho de besouros imensos ou baratas bem alimentadas. Tem que ver isso aí, produção.
De qualquer forma, o tratamento seria inútil para as meninas. Ryan conseguiu o feito de matar as pacientes num acidente de helicóptero. Pelo menos eu acho que é isso. Off The Map está aprendendo a fazer cliffhanger.
E como não amar os amores da série? Mina obviamente está se aproximando de Otis. Tommy vai ter uma conversinha com o sogro, que apesar de ser o homem mais rico da região e dono de um bar que recebe turistas americanos, não fala inglês e não teve a decência de colocar a filha no Fisk para aprender alguma coisa. Vergonhoso. Até quem vive nas choupanas fala inglês. Até os traficantes falam inglês. Pô!
Lógico que eu não vou encerrar sem falar de Lily. Essa aí está garantida no mato. Deixa o Keeton para lá e investe no Mateo, amiga. Keeton é muito problema, muito drama. Mateo é amor bandido com muita sensualização na cachoeira. Não tem o que pensar.