Será que é agora que tudo começa a dar errado?
A relação de Cathy com o câncer tem sido mais ou menos um fingimento até aqui. Ela faz de conta que não está doente para prolongar uma felicidade que não existe e os outros fingem que não percebem nada de diferente para não ter que questionar qual é o problema.
Acredito que a fase de experiência vai acabar, ou pelo menos, diminuir. Cathy começa a “cair na real”, mas as circunstâncias (sempre elas) se colocam à frente da verdade mais uma vez.
O clima está tenso. As descobertas de Paul certamente terão grande impacto daqui para frente. Cathy já está abalada, mas isso é só o começo. Tudo isso vai afetar a relação dela com o filho (esse pequeno troll) e até com Lenny.
Por mais que Cathy queira viver num mundo de fantasia, onde não faz mal usar drogas e ter um amante, ela não está disposta a deixar a família de lado. É justamente por isso que o sonho dela de felicidade é impossível. Seria palpável se ela fosse capaz de jogar tudo para o alto de verdade, mas como sabemos as coisas não funcionam bem assim. Ela ainda tem valores, crenças e pudores. Acima de tudo, ela quer manter o que construiu com a família, mas já sabe que não pode ficar com tudo de uma só vez. Acho que o nome do episódio faz um trocadilho mais que perfeito com a situação atual.
Para balancear o drama, que dessa vez veio mais pesado, tivemos as ótimas cenas de Marlene naquele encontro. O velho tarado por si só já era cômico, de tão indiscreto, mas as caras dela de reprovação denunciavam que na verdade, ela estava gostando.
Foi ainda a primeira vez em que Sean mostrou alguma preocupação com o trato social. Nem mesmo ele, que vive nas ruas, soube compreender a necessidade urgente de evitar a conversa fiada e partir logo para ação, porque ali, como bem disse Marlene, não havia mais tempo a se perder.