Para descrever essa Finale de Glee queria usar apenas uma palavra. Na verdade, é um palavrão, no bom sentido.Tem apenas quatro letras e começa com F. Acho que vocês podem imaginar qual é.
No dia 12 de junho de 2009, há praticamente um ano exato, eu vi o Piloto de Glee. Assisti 2 vezes. Comecei a recomendar aos amigos e criar uma expectativa imensa para a Fall Season. Eles conseguiram provocar, deixar aquele “gostinho de quero mais” e quando a série recomeçou foi uma explosão de sucesso. O resultado foi uma temporada coerente, embora não sempre consistente e um show musical sem precedentes. Não posso contar as vezes em que Glee me emocionou, fez rir ou chorar. E porque esse efeito foi sentido por milhares de pessoas pudemos comemorar bastante cedo uma segunda temporada. O difícil agora, é esperar até lá.
Enquanto esse momento não chega, vamos falar de ‘Journey’, que fechou a temporada perfeitamente. Para mim foi super emocionante. As músicas me atingiram com força e gostei muito das soluções do roteiro.
Como todos sabem, essa história de “ameaça ao Glee Club” me incomoda, mas é melhor esquecer disso e encarar que a próxima temporada terá exatamente o mesmo plot. Vou rir e aproveitar a piada, que é o melhor a fazer e, na verdade, a única alternativa. O importante é que Sue Sylvester desponta como a fada madrinha dos excluídos e, entre ofensas capilares e algum sentimentalismo por causa da irmã com síndrome de Down, essa era a saída mais lógica. Além de ser cabível é ótima, justamente porque nos dará muito mais das incríveis cenas de mesquinharia entre Sue e Will.
Outra coisa muito bem retomada foi o romance de Emma e Will. Achei que tinham esquecido completamente disso e, embora a declaração de amor de Will tenha sido pra lá de falsa, eu adoro esse casal, estranho na medida. Fico triste que tenham sumido com Ken Tanaka e seus micro-shorts com camisa para dentro e pochete ornamentando. Só vê-lo pelos corredores já me fazia rir, num efeito parecido com o que Britanny é capaz de causar, mas em menor escala.
Ainda falando em declarações de amor, até Finn fez a sua. Gostei tanto da cena que chega a não ser saudável. Passei o episódio todo feliz da vida com cada acontecimento bom e chorando litros com ‘To Sir, With Love’, por isso cheguei até a duvidar da minha sanidade. Depois de rever os números musicais, que são a alma de Glee, entendi por que. Todos foram intensos. E até nas pequenas falas, nos pequenos gestos havia muita emoção.
Nem preciso dizer que o New Directions entoando versões de Journey me enlouqueceu. Impressionante notar a força que “Don’t Stop Believin’” tem ainda hoje, depois de já termos visto as cenas do inicio da temporada tantas vezes.
Mas sabem o que fez literalmente pirar? Bohemian Rhapsody. Jesse tem uma potência vocal e uma presença de palco chocantes. Chega a ser uma incoerência Rachel dizer que ele “não tem coração” para cantar. Aliás, uma das minhas principais preocupações é sobre a saída definitiva do personagem. Assistindo aos vídeos no site oficial, tanto o ator quanto os produtores deixam a possibilidade em aberto. Torcerei imensamente por mais Jesse na segunda temporada e creio que não serei a única.
E se alguém ainda duvidava de que Quinn ia entrar em trabalho de parto durante as Regionais, tivemos a prova. Clichê imenso, mas tão bom, que só posso agradecer pelo ótimo lugar comum. O surpreendente? A mãe de Rachel adotou Beth! Outra expectativa que tenho é ver o desenvolvimento dessa relação mãe e filha e se possível, mais números musicais como os que vimos há alguns episódios.
Já falei que chorei muito durante “To sir, With Love”? Preciso repetir. Chorei mesmo e até “Over The Rainbow” me fez feliz como se eu ouvisse pela primeira vez a versão de O Mágico de Oz.
Uma coisa que precisa ser elogiada é que nessa finale todos tiveram voz. Claro que Finn e Rachel cantaram mais. Mas as vozes de Mercedez, Kurt, Tina, Artie, Quinn, Puck e uma estonteante Santana, também despontaram.
As participações especiais foram ótimas. Canastrice ao limite e ninguém estava ali para atuar sem exagero. A graça toda foi ver Josh Groban convidando Sue para sair. Rod Remington revelando uma juventude sem rótulos sexuais e Olívia Newton John pagando de megera. Sue Sylvester? Apenas a genial autora de “I’m a winner and you’re fat”.
Só de pensar em tudo o que acabei de ver, já sinto saudades. Até a próxima temporada.
Músicas do episódio
Song Name: Mash-up: Magic/You Raise Me Up
Original Performer: Olivia Newton John/Josh Groban
Performed on Glee by: Westvale High Glee Club
Song Name: Mash-up: Faithfully/Any Way You Want It/Lovin’, Touchin Squeezin’/Don’t Stop Believin’
Original Performer: Journey
Performed on Glee by: Rachel, Finn and New Directions
Song Name: Bohemian Rhapsody
Original Performer: Queen
Performed on Glee by: Jessie and Vocal Adrenaline
Song Name: To Sir, With Love
Original Performer: Lulu
Performed on Glee by: New Directions
Song Name: Over the Rainbow
Original Performer: Judy Garland (Israel Kamakawiwo’ole arrangement)
Performed on Glee by: Will