Ice, ice baby. You need, ice, ice baby!
Só quem viveu toda a magia das décadas de 80 e 90 é capaz de entender o porquê desse episódio de Glee ser tão bom e tão vergonha alheia, ao mesmo tempo. Por isso mesmo, talvez aqueles que ainda sejam adolescentes, abaixo dos 16 ou 17 anos ,não possam aproveitar tudo o que clássicos de Vanilla Ice, Bonnie Tyler e Olívia Newton John têm a oferecer.
Eu sei que passei o tempo todo meio envergonhada, com o rosto parcialmente coberto, pensando: “Ai meu Deus, eu curtia essa música”. Verdade. Fato. Incontestável. Assumo que tinha fita K-7 do Vanilla e me achava malandra por gostar de rap de branco. Coisa de criança e que passou e apesar de ser vergonhoso. É bom poder lembrar com humor desse gosto musical ridículo. Agradeço a Glee por isso, mas aviso que ‘Ice Ice Baby’, nunca será legal, não importa quem cante a nova versão.
Como podem ver, minha opinião hoje é completamente diferente da exposta na semana passada, provando que sim, estilo musical faz a diferença e tramas mais sólidas também. Ainda com certa aposta no brega, o fato da série trazer canções mais populares, ajuda na aceitação.
O vídeo hit de Sue Sylvester no Youtube continua mexendo na questão da auto-estima. Aliás, o tema permeia todo o episódio e é bastante válido. Tendo em seu grupo um bando de “losers” não é de se espantar que Glee aposte em mostrar que ser diferente é legal e que uma vergonha pode se tornar uma coisa bacana, basta que você resolva lidar com ela assim.
Foram muito bons momentos e vou tentar falar de alguns. A começar pela participação de Olívia Newton John em pessoa (pelo menos, achei que era ela, porque as plásticas deixaram-na irreconhecível). A dobradinha com Sue rendeu muito e além de um novo clipe para Physical, trouxe à baila a relação da treinadora das Cheerios com sua irmã mais nova, que tem Síndrome de Down. Não sei vocês, mas as cenas das duas juntas me comovem demais. Eu que já sou fã da Sue evil, fico ainda mais encantada com sweet Sue e sua adoração pela Jean.
Emma dando esbrega em Will Schuester? Fabuloso! Rachel querendo passar por piranha? Melhor ainda. Britanny sem conseguir encontrar o caminho para fora da sala de ensaios? Ápice total.
Outra coisa que quase me mata de rir foi a velhinha da biblioteca. Achei que depois daquele ultraje musical ela ia enfartar ali mesmo, mas só queria convidar a galera pra cantar em sua igreja. Nessa mesma cena praticamente um Easter Egg aparece. Se você, assim como eu, achou que conhecia um dos figurantes de algum lugar, não se enganou. Só quero saber o que um dos Buy Moron’s de Chuck está fazendo na biblioteca da escola.
Preciso ainda elogiar Jesse. Eu gosto bastante da voz de Puck, e a última canção cantada também por Finn foi muito legal, mas Jesse realmente arrasa nos vocais. Aliás, ele manda bem na dança e é bom ator. Definitivamente uma aquisição preciosa para Glee.
Músicas no episódio:
Song Name: Ice Ice Baby
Original Performer: Vanilla Ice
Performed on Glee by: Will and New Directions
Song Name: Run Joey Run
Original Performer: David Geddes
Performed on Glee by: Rachel, Finn, Jessie & Puck
Song Name: U Can't Touch This
Original Performer: MC Hammer
Performed on Glee by: Artie, Mercedes, Brittany, Kurt &Tina
Song Name: Physical
Original Performer: Olivia Newton John
Performed on Glee by: Olivia Newton John & Sue
Song Name: Total Eclipse of the Heart
Original Performer: Bonnie Tyler
Performed on Glee by: Rachel, Finn, Jessie & Puck