Como eu previa, “Stay” serviu para resolver algumas histórias em aberto. Enquanto os Lions começam a acertar o compasso no jogo, alguns personagens, nossos velhos conhecidos, podem estar deixando a série para sempre. Mais uma vez, é tempo de despedidas em Friday Night Lights.
Pela contagem de episódios no IMDB, eu já sabia quem ficaria e quem sairia. Primeiro foi Smash, depois Jason Street, Lyla e Tyra e agora, damos adeus a Matt. Esse é o problema em uma série de futebol escolar; os personagens a quem nos apegamos não podem durar para sempre, a não ser que o cenário mude para a faculdade, recurso que nem sempre é bem aceito. Não é que eu esteja reclamando. É só meu período de adaptação a tudo isso e questão de tempo até que os novos personagens ganhem espaço e cresçam na trama. Além de Landry, o único remanescente do time original é Tim Riggins, mas esse, convenhamos, só aparece para beber litros e mais litros de cerveja e causar uns suspiros nas menininhas.
Nesse episódio em que ele se encontra novamente com Lyla, senti mais do que nunca a força que tem a química do casal. Eu não posso imaginar Tim sem Lyla, mas é isso o que acontece. Ela está na faculdade, numa pequena pausa de uns dias para ver o pai e ele, continua sem pensar no dia de amanhã, a não ser que o plano seja comprar mais bebidas. Por mais que eu goste da canastrice de Tim, temos de reconhecer que é chegada a hora do personagem mudar e ter uma história realmente relevante, que vá além da cirrose hepática, porque esse é o caminho mais óbvio para alguém que vive embriagado.
Já Matt, ainda se recupera da perda do pai e começa a questionar o que está fazendo de sua vida. A viagem com Julie, para um concerto em Austin, o faz pensar mais ainda e ele toma uma decisão irrevogável. Julie sabe que chegou a hora. Matt vai embora, abandonando a culpa e todo o peso que sempre carregou sozinho, sem olhar para trás. A trilha sonora country, foi peculiar. Não sei o nome da música, mas a letra que dizia para, seja lá quem for, ir embora, sem arrependimentos e sem olhar para trás foi perfeita.
Em Dillon, a bronca homérica de Tami na filha fujona acaba se transformando em apoio, agora que Matt está seguindo em frente.
Os poucos flashes dos Lions, começando a ganhar confiança, também foram importantes. Uma hora dessas, eles vão começar a vencer as partidas e os JD’s da vida, vão ficar boquiabertos e aprender como se mantém um time unido.