Mais uma vez, Battlestar galáctica consegue a união perfeita entre as tramas de política e religião. Os dois assuntos são recorrentes na série e os roteiristas colocam as questões de forma brilhante.
Dessa vez, deixamos Caprica de lado e o foca é todo nos acontecimentos dentro da nave e em Kobol. Na Battlestar, Coronel Tigh sente o peso e a responsabilidade do poder e, ao entrar na conversa de Ellen, sobre a sanidade da presidente, acaba dando um tiro no próprio pé. Quando os representantes das 12 colônias exigem ver Roslin, todos acabam sabendo sobre a história da profecia, gerando mais controvérsias sobre o encarceramento da mulher que deve liderar a humanidade à libertação e salvação. De mãos atadas , Tigh acaba declarando Lei Marcial e piorando a situação para Adama, que está em recuperação.
Em Kobol, Crash quer liderar o pequeno grupo de humanos na destruição da força Cylon no planeta, que está construindo um enorme aparato que deve destruir quaisquer naves de resgate. Mais uma vez, Number Sex é o diabinho na cabeça de Gaius, falando sobre o quanto ser humano está ligado a matar seu semelhante. Parece absurdo, mas a verdade é justamente essa. Em meio à tensão e ao medo das pessoas, o grupo entra em crise e Crash, querendo obrigar Cally a continuar na operação, acaba morto por Gaius.
Devo elogiar as cenas de combate na selava. Foram realmente fenomenais e riquíssimas em detalhes. Um dos pontos mais favoráveis da série é que tudo parece de verdade: naves, explosões, Cylons. Mostra de uma produção excelente, cuidadosa e que respeita o espectador.