sábado, 1 de outubro de 2016

Grey's Anatomy 13x02: Catastrophe and The Cure


Quando não é para ser.

Depois de um retorno intenso, eis que Grey’s Anatomy aposta num episódio morninho (quase frio) para acalmar os ânimos. Se isso é bom? Não muito, mas também não indica tragédia, apesar das variadas historinhas sem muito peso aparente para o momento e da insistência em direcionamentos de gosto duvidoso.

O principal continua sendo Karev que, é claro, lida com as consequências de ter espancado DeLuca. Os desenvolvimentos com ele são, talvez, a única coisa plausível do episódio, afinal, nada mais normal do que perder o foco no trabalho diante de um estresse desse. Gosto de Karev, ele tem ótima trajetória e foi de babaca completo a um total querido, mas nada pode ser fácil para ele agora. É o moimento de encarar sua impulsividade de frente. De encarar o medo e a mágoa de Jo, que sim, está certíssima em se afastar.

Tudo isso acontece sob a proteção um tanto invasiva de Meredith. Pois é. Acho que Meredith exagerou na dose dessa vez e não apenas com Karev, o que comento mais à frente. É lindo vê-la ali, ao lado de um amigo em necessidade, não o abandonando numa hora de extrema dificuldade, mas aquela conversa dela com DeLuca no elevar foi de um mau-caratismo sem precedentes.

DeLuca é a vítima. Ponto final. Não dá para defender Karev em absolutamente nenhum nível ou pedir para que quem sofreu a agressão “pegue leve”, “não exagere”, “pense na carreira do seu maravilhoso agressor”. Papo estranho e que, para mim, não condiz com o que a série vem pregando até aqui.  

Digo o mesmo para a questão entre Meredith e Maggie. Eu me arrependi de não ter dito isso no texto anterior mais abertamente, mas direi aqui. Não faz sentido uma série que propaga ideais feministas botar duas irmãs brigando por macho. É feio, é boçal, é idiota em diversos níveis. Sei que Meredith e Maggie não brigaram. AINDA. Mas esperem, isso virá. Detesto desde já essa intenção de criar um atrito que desmerece tanto nossa inteligência.

Vejam só as manobras de Meredith para evitar que Maggie saia com Riggs. De dar nojo. Não por ela querer Riggs para ela, nem acho que seja o caso, mas por não ser honesta, por agir pelas costas e tentar bloquear Maggie ao estilo “nenhuma das duas vai ficar com ele”. Sei lá. Confesso que não entendo muito bem a insistência nesse arco que não me faz querer Meredith com Riggs, me faz revirar os olhos e achar a química entre eles uma coisa super forçada.

Falando em química forçada, o que foi Amelia querendo que Owen e Riggs sejam amigos de playground do prédio? Dois homens adultos... WHY? Não entendo isso também e imagino que possam desenvolver plots melhores, pelo amor de Deus. Ainda nessa toada, Bailey quer ter um espião. Nossa, o que falar desse acontecimento tão relevante no episódio? Nada? Então, realmente não tem nada mesmo pra debater a respeito.


Kepner e sua tristeza pela separação da filha são também o outro ponto plausível dessa semana. Parto traumático, de recuperação difícil. Imaginem a frustração de ter um bebê e não poder fisicamente estar com ele nesses primeiros dias de vida da forma como se gostaria? Deve ser um sentimento esmagador de impotência. Jackson segue sendo fofo e sem exagerar quando April aponta as questões entre eles, que não são mais casados, pelo menos por agora. É claro que ela deve aceitar a ajuda dele, mesmo sem casamento, ele é o pai de Harriet e se ele pode ajudá-la, nada mais natural. Só que April sabe que às vezes a ajuda dos Avery tem um preço e esse é seu senão momentâneo. Se fosse Catherine a oferecer, aí sim, teríamos um problema. Aliás, melhor uma babá ou enfermeira do que a vovó com cara de ladra de crianças. Disso ninguém vai discordar.
Comentários
0 Comentários

Nenhum comentário: