domingo, 10 de maio de 2015

Grey's Anatomy 11x23: Time Stops


Fazer o impossível.
Há um ano mais ou menos, escolhi tatuar uma frase que, embora não tenha saído de Grey's Anatomy, tem tudo a ver com esse episódio e, obviamente, com meu modo de encarar tudo nessa vida. A frase é "imagine the impossibilities". Porque é apenas buscando o que parece impossível que alcançamos novos possíveis. O conformismo e o medo de fazer aquilo que está fora do convencional são um entrave e na medicina, vemos isso com clareza. Tudo começa como um risco. Tentativa e erro.Tentativa e acerto. E sei que é difícil pensar nisso quando existem vidas em jogo - algo que esse episódio faz com brilhantismo - mas às vezes é preciso desafiar convenções para que se possa avançar.


De diversas formas, esse é o argumento do episódio dessa semana. Episódio ótimo, dramático, questionador. Shonda Rhimes está "on fire". Apostando em mudanças, sem deixar de lado o que faz a identidade de Grey's Anatomy. Levantando as questões que também são nossas e dando continuidade às diversas tramas da temporada, já preparando o terreno para seu 12º ano, porque com tanta gente falando da série e sofrendo com os impactos dela, a ABC não cancelaria o programa.

Praticamente um ano depois da morte de Derek (para eles, porque pra nós são só duas semanas!), Meredith e Amelia ainda não conversaram de verdade e, no meio de uma situação caótica, as mágoas explodem. O pensamento de Amelia é normal, embora ingênuo. Também acho que Meredith poderia ter ligado para a cunhada naquele momento, mas o nome do episódio e a cena de abertura explicam o que aconteceu. O tempo parou. Meredith congelou. Nenhuma ação real era possível para ela naquele momento e é simples assim.

Amelia, é claro, tem todo o direito a sentir que foi cerceada em seu direito de dizer Adeus e de, quem sabe, operar um milagre. Um impossível que era sim, impossível, mas que vai perseguí-la por um tempo. é um pensamento apenas lógico esse de que uma neurocirurgiã competente poderia reverter aquela situação. Mas até quem acredita no impossível precisa saber avaliar cada caso. Quando Meredith foi avisada, a morte cerebral de Derek já estava anunciada há um tempo. Amelia teria apenas constatado esse fato.

Agora, Meredith acha que é tempo de voltar para casa. E se quem mora na antiga casa dela é Karev, nada mais natural do que ela ir pra lá de mala, cuia e três filhos. Minha teoria de que Meredith e Karev podem ser um casal fica cada vez mais forte e, honestamente, podem mandar Wilson para o exercito ou para qualquer outro lugar, ela não tem nenhuma função real na trama.

Penso o mesmo sobre Stephanie, mas vejo a equipe de roteiristas se esforçando para dar uma motição para a personagem.Tanto que ela vira a mentora desse novo grupo de residentes que, desculpem, parecem ser retardados, para dizer o mínimo. Eu não sou médica, mas sei que com colar cervical não se brinca. Ainda mais num caso de trauma. Talvez sejam meus 11 anos de Grey's Anatomy, mas é apenas estúpido que um médico residente resolva retirar o colar de uma paciente sem pensar nem por um segundo. Esse é o primeiro dia de residência e não o primeiro dia no jardim de infância.Eles não sabem o básico?

Desse grupo novo, creio que ficaremos com dois de destaque. O sr. Bonitão atrasado e mais algum ainda não identificado. Todos parecem tão sem carisma e sem importância que nem sei avaliar, realmente. Só é fato que precisamos de um reforço no elenco. Alguém de peso e que traga novos ares e esse rapaz que vem para ser namorado de Stephanie não é a resposta.

Além dos novatos mais idiotas da face da terra, encaramos a disputa pelo poder no hospital. E já digo que nem Owen, nem Bailey, nem Richard. Quem vai mandar na porra toda é Catherine. Honestamente, não sou uma grande fã dessa mulher. A empáfia dela passa dos limites e imagino que Richard escapou de uma boa com o casamento cancelado. Se ele sempre escolhe o trabalho, Catherine não é diferente, agora tentem imaginar essa casamento funcionando?

Mais um casamento que não vai funcionar é o de Avery e April. Ele está na mesma, mas ela sofreu uma profunda transformação. Sai de cena a moça medrosa para entrar em cena uma mulher forte e que não tem receio de tentar os caminhos mais complicados, se isso significa uma chance a mais de salvar alguém. A cena em que ela aparece com o carro e o paciente empalado na porta do hospital é uma das melhores do ano. Tem um impacto impressionante e reforça que a derrota está sempre garantida, então tentar vencer é fazer melhor e diferente.

Ela tem, agora, a mesma atitude de Owen. Nesse episódio, são eles que ousam e que desafiam os procedimentos padrão. São eles que acreditam e motivam os demais a acreditar, provando que as coisas podem dar errada sim, mas às vezes, essa abordagem pode estar incrivelmente correta.

Com tantas coisas acontecendo nas últimas semanas, já estou curiosa para saber como essa temporada de bons momentos será finalizada. O drama está longe de acabar e a Season Finale deve ser daquelas.

P.S* Esse episódio é a maior prova de que ninguém precisa de 1h30 para fazer um bom trabalho. Aconteceu muito mais nesses 40 minutos do que na semana anterior.
Comentários
1 Comentários

Um comentário:

Ana Fernandes disse...

Não vou negar o direito de Amelia e sua arrogância questionarem a cunhada, entendo sua dor e sofrimento. Mas às vezes fico com a impressão de que a personagem se vê como o centro do mundo. Tudo que acontece com ela é maior e mais doido do que os problemas dos outros. Adoraria se ela resolvesse acompanhar a Wilson em sua aventura, pois me parece que a chatice faz parte do DNA dos Sherperds e pra mim era muito mais fácil aturar o Derek.

Já vejo Wilson partindo. Antes tarde do que nunca! Sobre Stephanie concordo com o que você disse. Há sempre uma tentativa de valorização dos personagens negros na série. Mas acho que Stephanie não tem salvação.

Ainda bem que April e Avery caminham para fim do relacionamento, o problema com o bebê foi um momento bonito e emocionante, mas apesar de toda força e união que demonstraram naquela época já tão distante (principalmente pra eles) parece que não há mais conexão entre os dois depois de toda transformação e crescimento vivenciados por April. Tudo o que aconteceu acentuou e reforçou as - já imensas- diferenças entre os dois.

Queria tanto que Owen esquecesse Amelia e se encontrasse em um relacionamento leve e verdadeiro com a Callie.

Acho que vou gostar de ver Mer e Karev juntos! Espero que as coisas aconteçam de maneira natural, leve e sem muito drama.

Não espero muito dos novatos, acredito que serão tão descartáveis quanto Wilson & cia.