domingo, 1 de fevereiro de 2015

Glee 6x05: The Hurt Locker, Part Two


The Kitty Factor.
A loucura continua em Glee na parte dois de uma história pra lá de surreal. Essa semana foi sensivelmente melhor que a anterior em diversos aspectos, mas estamos longe de um episódio que possa ser considerado realmente bom. Para que isso acontecesse teríamos que presenciar, necessariamente, a mistura de humor, drama e boa música. Até acho que conseguimos boas doses dos dois primeiros quesitos, mas musicalmente, Glee está deixando a desejar.

É o mesmo problema que já enfrentamos outras vezes: péssimas escolhas e interpretações meia boca. Não sei como o New Directions conseguiu amolecer o coração de Sue com aquelas músicas, porque embora sejam clássicas do cancioneiro cafona (o que não é necessariamente ruim), ficou meio “blé” se me permitem colocar aqui a descrição mais acurada na qual consegui pensar. Mal dava para identificar as vozes de Kitty e Spencer em “It Must Have Been Love”, houve graves problemas de sincronia em “Father Figure” e “All Out of Love” foi até fofinha, mas não saiu muito disso. O lance do lip sync tem sido uma constante nos episódios. Não sei o que está havendo, mas isso já eliminou gente boa de The Glee Project e até em RuPaul’s Drag Race o “lip sync for your life” é levado a sério. Por isso, não é bobagem, é algo que estão deixando passar e que está muito aparente na edição final.

Para não deixar toda a culpa musical com a turma de Rachel (que só conseguiu 6 membros em vez de doze e venceu mesmo assim!), podemos dizer que os Warblers não foram muito melhores nas performances de “My Sharona” e “You Spin Me Round”, o que nos deixou com cinco canções “mais ou menos quase boas quase ruins” para esquecer e não colocar para tocar no celular depois do episódio. Aliás, é assim que eu sei que as musicas foram mal sucedidas. Se fossem boas estaríamos pirando e compartilhando os vídeos e os mp3 com todo o mundo. Não é o caso.
À parte disso, devo dizer que a permanência de Kitty foi positiva. Ela se mostrou uma personagem interessante no ano passado e deixou sua marca mais que os demais. Além disso, ela toma a posição de liderança e ajuda Rachel a criar um plano, enquanto Kurt fica preso no elevador do terror com Blaine.

Aliás, bato palmas para quem fez aquela boneca da Sue feat Jigsaw. Assustador e um potencial membro do elenco de AHS, apto a entrar no lugar de Jessica Lange, porque também ficou parecido com ela. Toda a sequência no elevador teve um tom de humor interessante, apesar de ser para reunir Klaine e de toda aquela ladainha sobre eles serem o mais perfeito dos casais do universo. Para não sair do surreal, outra sequencia desse tipo que foi bem bacana teve Sue e suas decepções presidenciais. Dureza mesmo é encarar aquele depósito e saber que teremos ainda de seis a sete semana sobre Klaine, dependendo do bom humor dos executivos da Fox na construção da grade de episódios.

O retorno da hipnose de Sam acabou passando do ponto. Foi legal na semana passada, mas tudo tem limite e a graça ficou em algum lugar entre a pior song list da história dos glee clubs e o estalar de dedos de Rachel.

O que realmente incomoda nisso tudo é tentar perceber qual a real utilidade das duas últimas semanas. Klaine? Unir o New Directions? Criar problemas para Will com o membro mais babaca do Vocal Adrenaline?  Fico com a impressão de que poderiam ter efeito tudo isso melhor em apenas um episódio, retirando cenas que não têm importância como a do romance de Kurt com seu (potencial) tio-avô e colocando um pouco mais coração na escolha das músicas e uma boa dose energia nas performances em grupo.

Músicas no episódio:
"My Sharona" - The Knack: Dalton Academy Warblers
"You Spin Me Round (Like a Record)" -                 Dead or Alive: Dalton Academy Warblers
"It Must Have Been Love" – Roxette: Kitty Wilde and Spencer Porter with New Directions
"Father Figure" - George Michael: Roderick with New Directions

"All Out of Love" - Air Supply: Mason McCarthy and Madison McCarthy with New Directions
Comentários
1 Comentários

Um comentário:

Cecilia Carvalho disse...

Também gostei do episódio. Fico feliz em ver que deram um rumo pra Meredith respeitando a história dela com a Cristina, mas ainda assim progredindo.