Pesquisas revelam: Um em cada
três abraços da ex do seu marido acaba em má formação fetal.
Pois é. Pois é. Pois é. O que
parecia inevitável era mesmo inevitável e mais um casal de médicos de Grey’s
Anatomy é amaldiçoado pela showrunner que não deve ser nomeada, com uma
gravidez cheia de dor e lágrimas. Achei até que demorou um tempo para que outro
bebezinho sofresse nas mãos dos roteiristas da série, mas afinal, é a vida.
Estamos falando de uma produção sobre medicina (e pessoas, claro! #LostFeelings)
e todo mundo tem seu dia de paciente e sua vez na mesa de cirurgia.
O único problema é que vamos ter
que aguentar alguma histeria de Kepner. Neste caso, seria natural, porque
qualquer mulher teria uma síncope ao saber que seu primeiro filho não tem
chances de sobrevivência, mas vamos ouvir a ladainha de que Deus a puniu por
causa da fuga com Avery e do casamento apressado e pelo sexo fora do
casamento... Estou prevendo, é claro. Prevendo porque é bem óbvio que tenhamos
diálogos idiotas nesse sentido pelo histórico da personagem. Gostaria de me
surpreender e ver uma Kepner mais pé no chão dessa vez e como a série vem
trabalhando mudanças, existem chances.
Querendo nos pegar pelas “ironias
do destino”, Grey’s Anatomy faz com que justamente Stephanie seja a médica
responsável pelo inicio do diagnóstico. Primeira utilidade da personagem nesse 11º
ano, diga-se de passagem, e nem foi algo assim tão importante no quadro geral.
Na mesma linha de inutilidade temos o ciúme de Wilson. Sinceramente, algo que
dá vergonha de acompanhar e não empolga nem um pouco. O romance dela e Karev é
insosso demais e nunca emplacou de verdade. Se eu pudesse sugerir dois
defuntos, seriam o de Stephanie e Wilson. Podem morrer no mesmo episódio, de
preferência e não voltar nem em flashback.
Por outro lado, o relacionamento
entre Owen e Amelia desponta. Tudo muito suave ainda, mas pode dar jogo. Ela
tem se mostrado cada dia mais interessante e ele tem potencial para ir além de
Cristina. Vamos ver se conseguem criar uma história envolvente, porque
carecemos de romance na série. As idas e vindas amorosas sempre permearam Grey’s
Anatomy e com a avalanche de “casamentos felizes” esse fator se perdeu. É por
isso que nem dá para reclamar de Dr. Herman dando umazinha com Graham. Ela sim,
sabe o que fazer. Muito sexo e sorvete antes de morrer e... Talvez nem morra.
Não por agora. Certeza de que Amelia vai tirar o tumor e resolver a parada.
Bailey está a toda com seus mil
passos por dia e suco detox emagrecedor que não emagrece porra nenhuma. Não
consigo não rir quando ela aparece tentando bancar a médica que leva vida
saudável, porque Bailey fala mesmo que está sofrendo e que não está fácil pra
ninguém. Ela também dá bons conselhos a Richard no tratamento com Maggie. Chega
de esperar e pedir desculpas. Agir naturalmente é a melhor escolha aqui.
Para Meredith e Derek, um tempo é
necessário. O casal perdeu o apelo e ficou chato. Assim como Callie e Arizona a
separação fará bem, para eles e para nós. Meredith está certa. Derek está
certo. Os dois erraram juntos em muitas coisas e somente a distância os ajudará
a enxergar. O que não dava é para manter do jeito atual, onde os dois seguem
raivosos e infelizes. Para a edição e roteiro, uma boa dica é pararem de
mostrar Cristina falando sobre o casal. Já usaram umas mil vezes, cansou e não
tem mais motivo de repetir.
Os casos da semana vêm para ilustrar conflitos
e para mostrar que a história dos militares e o projeto com Owen não tem a
menor força dramática. Por outro lado,
os eternos fãs de The Glee Project conseguiram rir com a paciente que dividiu
as opiniões de Meredith, Maggie, Derek e Richard. Lindsão Pierce, faz
participação memorável, reclamando de dor de garganta, fazendo caras de dor
nada naturais e dando aquele joinha para finalizar. No final das contas, quem
consome séries em grande variedade e quantidade sempre acha algo curioso onde
poderia haver nada demais.