domingo, 4 de maio de 2014

Glee 5x18: The Back-Up Plan



Uma menina infantil e ambiciosa. (E TALENTOSA).

Saber aproveitar as oportunidades que a vida oferece é uma arte complicada de dominar. Há sempre o medo do fracasso, a dúvida sobre qual caminho escolher e a ganância de, muitas vezes, abraçar tudo de uma só vez. Rachel passou por tudo isso nesse episódio. Embora ela seja um grande talento, é preciso lembrar que o mundo está cheio deles e que ninguém é insubstituível. Mas, apesar de minha sensação de que Rachel está se precipitando e esquecendo que antes de tudo, é preciso criar um nome sólido no setor artístico, entendo o que ela fez.

Depois do discurso babaca do agente, bem no começo do episódio, ela ganha ganas de provar ao mundo que pode ser mais do que uma estrela da Broadway. Não é que isso não seja suficiente, mas Rachel, desde sempre, funciona na base do desafio. Quando lhe disseram que ela não poderia migrar para a TV e que teria que ficar 10 anos fazendo a mesma coisa, ela naturalmente se desesperou.

O que Rachel não sabe, e aqui ela é realmente infantil, é que na vida, fazemos as coisas assim. Empregos duram anos e anos. O mesmo. E nas artes não é muito diferente. Obviamente, ela teria opções no futuro, mas Rachel quer mais, ela quer tudo e ela quer agora. Se isso será algo contando a seu favor, veremos na série, daqui em diante, no entanto, imagino que a bronca e o susto com a situação da understudy foram um chamado da realidade, que podem ajudar a mantê-la com os pés um pouco mais presos ao chão.

Todo o desenvolvimento de Rachel trouxe a parte positiva do episódio. É pertinente, cabe no enredo e tem momentos de humor, como o da pior audição de todos os tempos. Não achei nada muito genial nas execuções de “Wake me Up” (com clones de Rachel que eram na verdade Tatiana Maslany #Orphan Black #CloneClub) ou “The Rose”. Essa última foi bem melhor, na verdade, mas se eu não tenho vontade de ouvir novamente isso diz tudo.

Não nego que gostei também da participação de Shirley MacLaine como June Dolloway. Vi humor na proposta de fazer de Blaine o “protegido” de uma jocosa senhora, amante da música e da cultura. Confesso ter curtido “Story of My Life” com ele e Kurt, principalmente o pós-música, com June detonando Kurt e dizendo que o talentoso é Blaine, que afinal, acaba de conseguir a massagem no ego que estava pedindo desde que chegou a NY.

A apresentação de “Piece of My Heart” também foi boa e deu um tom meio decadente à trama de Blaine. Por quanto tempo ele irá seguir ao lado de June? Não sei. Talvez ela venha mesmo para separar Klaine e tirá-los da mesmice em que entraram. Infelizmente, não há graça neles como casal, não há química e não há amor. Já houve, mas se perdeu e nunca conseguiram recuperar. A insistência em mantê-los juntos está prejudicando a ambos os personagens, então não sei por que não mudar e não tentar diferente. Recomeçar de verdade, para todo mundo.

Na categoria “plot desnecessário” temos Mercedes e Santana em busca do hit perfeito. Uma história fraca e sem sentido, na qual a artista principal quer deixar outra brilhar. OI? A sequência em que o pobre produtor tem que seguir Mercedes e Santana por elevadores e garagens é uma das piores. Não me entendam mal. O dueto de “Doo Wop (That Thing)" foi bem interessante, as vozes das duas combinam, mas aquela andança foi surreal, com o produtor correndo atrás delas com um microfoninho. Passei muito tempo rindo disso, no mau sentido.

Além disso, acho que os roteiristas estão preguiçosos. Já é a segunda vez nessa temporada que Santana diz a mesma frase: “Ninguém nunca fez algo assim por mim antes”. Como assim, queridinha? Você disse a EXATA mesma coisa para Rachel na sessão de fotos da Funny Girl. E o discurso de coitadinha não cai bem para Santana, bancando a humilde e querendo que Mercedes não cometa um erro de percurso ao lhe dar aquele contrato de parceria. Tem algo estranho aqui. Se Mercedes e Santana são, como elas mesmas acham, as melhores do Glee Club, porque são incapazes de seguirem sozinhas? Não que eu deseje que Mercedes siga para algum lugar além do total esquecimento. Mas Santana?

Se ela já provou que consegue levar até um show da Broadway nas costas, sem ensaio (faz meses que ela largou a função de understudy, vale lembrar), porque ela não tem seu próprio velho rico para patrociná-la? Porque não é ela a ter um contrato com uma gravadora ou um papel numa série de qualidade duvidosa da FOX? O mundo é apenas injusto.

P.S*Um apelo por cenas de Sam e Artie. Sem eles para anuviar fica difícil.

P.S*Volta Tina
.
Músicas no episódio:
"Wake Me Up" : Avicii feat. Aloe Blacc - Rachel Berry
"Doo Wop (That Thing)": Lauryn Hill - Mercedes Jones and Santana Lopez
"Story of My Life": One Direction - Kurt Hummel and Blaine Anderson
"Piece of My Heart": Big Brother and the Holding Company - June Dolloway and Blaine Anderson       

"The Rose": Bette Midler - Rachel Berry              
Comentários
0 Comentários

Nenhum comentário: