Quem precisa de dois contra um,
quando um contra um já é o suficiente?
Episódio tenso de Grey’s Anatomy
essa semana, com um roteiro que consegue colocar em xeque a relação mais
duradoura da série e nos apresentar alguns novos dramas inesperados. Não dá
para não começar falando da situação ridícula entre Meredith e Cristina e no
fato de que estão usando a medicina para destruir essa amizade. Obviamente
todos os fãs ficaram pensando em qual seria a escolha certa quando o assunto
era o uso da impressora 3D e, pessoalmente, acho que fiquei ao lado de Cristina
nessa, embora eu compreenda toda a indignação de Meredith, que acaba de perder
o ineditismo de sua pesquisa, com a melhor amiga usando sua ideia para fazer
história.
É complicado, mas no fim, salvar
a vida do paciente deveria importar mais. Deveria, em tese. Na prática, muitos
sentimentos entrarão no meio da história e a tendência é tudo ficar mais
complicado, culminando com a saída de Cristina do hospital e da sociedade entre
os médicos. Acredito que ela e Meredith ainda se acertem até o final da
temporada, mas essa será justamente a despedida.
Nesse clima estranho, em que todo
mundo parecia querer provar que é mais e melhor, nem Bailey escapou. Pelo que
entendi vão arrumar um câncer para a coitada (só se falou nisso o episódio
todo, então parece aposta certa), mas achei meio descabido o modo como
aconteceu. Não que essas coisas sejam previsíveis, mas na semana anterior ela
pira com o retorno do marido e aí, sem mais nem menos, começa a surtar com
cheiros, padrões, movimentos repetidos. Sei lá. Não pareceu um modo bom de
começar, mas vamos ver no que vai dar.
Pelo menos dessa vez fomos
poupados de Richard sendo idiota com Bailey, mas tivemos de ouvir a ladainha de
“estava precisando me reencontrar”. Oi? Nunca entendi porque ele ficou tão
revoltado depois de ser eletrocutado. Esse mimimi dele está pior que o da
perneta de Arizona, porque afinal, Richard não perdeu nenhum pedaço do corpo
além do bom senso.
Fiquei tentando entender se havia
uma mensagem maior no engajamento cirúrgico entre Derek e Avery com o vendedor
de impressoras, mas não havia nada além de uma brinca besta por Avery estar
achando que é o rei do pedaço, bom demais para ensinar gente burra. Tudo bem
que estamos falando de Murphy, mas nada justifica tanta babaquice repentina.
Falando na palavra mágica –
babaquice – eis que Arizona acha meio estranho Callie tratá-la como ex-esposa,
quando é ela quem está em outra, dormindo com Murphy e achando incrível.
Callie, até agora, só se separou e continua sozinha, processando tudo, então
Arizona não tem sequer o direito de estranhar a situação, pois foi ela mesma
quem provocou (e continua provocando) tudo.
Mais uma vez também voltamos ao
assunto “eu escolhi esperar”, com Kepner. Lógico que ela não esperou e só está
obrigando o coitado do noivo a sofrer, mas vejo nisso um motivo maior. Não é um
debate religioso é apenas para que Kepner possa abandoná-lo sem desvirginar o
moço antes do matrimônio. Jogada para que ela, antes da hora H (ou do ponto G,
vai de cada um), desista de tudo e vá se engalfinhar com Avery. Pelo menos é
isso que eu espero.
Outro assunto que já virou batido
na série é a vontade de Owen ser pai. Confesso que ri muito da entrevista
surtada de Callie com a nova candidata à namorada e médica, mas cansei do
assunto. Por favor, arrumem logo uma mulher que fique grávida de Owen e vamos
juntos, superar mais essa barra de vida que assola o Grey-Sloan Memorial
Hospital.
P.S*Meredith muito chata na
cirurgia do câncer daquele moleque.