Na segunda semana do famigerado
projeto Fall Season 2013, UMA (sim, uma! Comemorem!) grata surpresa. Aliás, uma
excelente surpresa em termos de drama chegou à grade televisiva, enquanto as
comédias continuam uma porcaria completa, causando náuseas no público. Também
desviei meu caminho e dei um pulinho até Acapulco, porque nem só dos canais
americanos vive o bom seriador.
Brooklin Nine-Nine 1x01 – Pilot
Começo dizendo que achei o a
promo dessa série da FOX uma das coisas mais imbecis dos Upfronts 2013. Porém,
após ver o episódio Piloto na íntegra, arrisco dizer que essa é a comédia com
maior potencial até o momento. Vejam bem: Não é genial, não é a coisa mais
engraçada do mundo e copia absurdamente a estrutura de personagens de Parks and
Recreation, mas talvez o carisma de Andy Samberg possa ser um complemento à
palhaçada generalizada que a série promete fazer, quebrando os paradigmas das séries
policiais sérias que vemos serem lançadas aos montes todos os anos. A
dobradinha entre Samberg e Andre Braugher foi muito boa e nosso eterno “Pai do
Chris”, Terry Crews é outro nome bacana no elenco. Talvez eu ainda veja mais um para tirar a
prova e isso é um GRANDE elogio, podem acreditar.
Dads 1x01 – Pilot
Deprimente não chega a descrever
bem o que é o Piloto de Dads, novo lixo, digo, nova comédia da Fox. Péssima
proposta, texto pobre, atuações pífias e o resultado é um desastre que jamais
deveria ter saído do papel. Arrisco dizer que a ideia da série jamais deveria
ter sido sequer pensada. Seth Green e Giovanni Ribisi não conseguem emplacar
uma piada sequer e soam forçadíssimos o tempo todo. Os veteranos Peter Riegert
e Martin Mull definham em personalidades boçais e a verdade é que os vinte
minutos do episódio soam como duas horas da sua vida que você jamais irá
recuperar. Se encontrar com Dads, fuja para as colinas.
We Are Men 1x01 –
Pilot
Estreando com chave de cocô pela
CBS, We Are Men é uma produção para desprezar. Mais um exemplo de roteiro que
saiu direto do chorume para um canal de Televisão. Nada se salva na série. Os
quatro machões do elenco principal são tudo de mais babaca e caricato no
universo masculino e por algum motivo inexplicável, alguém da produção acha
excelente ideia mostrar Jerry O’Connel sem camisa o tempo todo. Até Tony Shalloub
está mais aproveitável, embora o festival de bobagens do episódio te deixe com
náuseas (ou seria o shirtless de O’Connel?) logo no começo. Kal Penn e Chris
Smith completam o quarteto de personagens rasos e sem qualquer carisma que
chegam à grade televisa a partir de 30 de setembro. No entanto, #ficadica: se
você pode ignorar agora, não espere até 30 de setembro.
Sleepy Hollow 1x01 – Pilot
Ainda Estou tentando entender (ou
aceitar) a quantidade de fãs instantâneos para Sleepy Hollow, da FOX. O Piloto
cumpre seu papel básico de apresentar a trama, mas, além disso, não faz NADA de
especial para que alguns cheguem ao cúmulo de dizer que esse é “O melhor Piloto
que já viram”. Para esses casos, creio que a questão maior seja o parâmetro
(desculpem, é muito absurdo achar que esse é um dos melhores Pilotos já
filmados, não importa o quão drogado você esteja), já que o comentário sempre
vem acompanhado da comparação com a qualidade “exemplar” de Supernatural. E
aqui acho que surge uma explicação, porque Sleepy Hollow fez um episódio muito
bem direcionado e acertou em cheio seu público alvo. De fato, uma qualidade que
não podemos ignorar, gostemos ou não da proposta da série e só para esclarecer:
eu detestei. Tramas sobrenaturais
realmente não me apetecem e acho a lenda do cavaleiro sem cabeça muito fraca,
não é de hoje. Além disso, incomoda o fato de que já previ o final da temporada
ou da série (se resolverem enrolar). Não consigo respeitar muito uma trama
óbvia como essa, que usa o recurso da horcrux (fãs de Harry Potter entenderão)
de forma velada (nem tanto, porque qualquer um saca essa) para já mostrar a
solução. Se Ichabod (o que mais me deu medo no episódio foi esse nome escroto)
está ligado ao “descabeçado” por sangue, basta matar Ichabod para acabar com o
demônio. Mas claro que teremos mais três cabruncos vindo para o apocalipse
depois disso, então, aproveitem porque essa série vai longe.
Gossip Girl Acapulco 1x01 – Pilot
Diretamente das mentes brilhantes
por trás da Televisa, eis que surge a indescritível Gossip Girl Acapulco. Para
quem achava que as notícias sobre essa série eram pura BROMA (em climão
mexicano!) eis que o lançamento oficial chegou e o resultado é uma boa comédia.
Não se enganem. A série é péssima e apenas vai repetindo o que a Gossip Girl
original já fazia (portanto, esperem um looping sem fim de tramas iguais), mas
a experiência é válida. Serena vira Sofia, Blair virou Barbie e Jenny ficou
Jenny mesmo. Os moçoilos que interpretam
Daniel (Dan), Max (Chuck) e Nico (Nate Samambaia) são pelo menos mais bonitos
que os da versão americana e desfilam peitorais desnudos nas praias de
Acapulco. Achei válida a troca do blog pelo twitter da Garota Fofoca, realmente
uma sacada mais atual. O que é engraçado é notar que a alta sociedade local é
muito mais pobrezinha que galera de Upper East Side, usando roupas cafonas e
maquiagem que foi moda há uns 15 anos. Altamente recomendada para quem quer rir
um pouco e para quem curte comparar versões de seriados em países diferentes.
Masters Of Sex 1x01/02
– Pilot/ Race To Space
No dia 29 de setembro o Showtime
estreará Masters Of Sex, mas quem não quiser esperar já pode ver os dois
primeiros episódios vazados, porque esse drama, amiguinhos, é a salvação da
safra 2013, até o momento. Interessante, intrigante, com excelente tema, roteiro
afiado e atuações certeiras, Masters Of Sex é a Premiere que todo mundo deveria
ver e elogiar. Palmas lentas para Michael Sheen em sua interpretação de William
Masters, o ginecologista americano que ousou quebrar tabus sociais para
explorar a sexualidade humana. A série acerta em cheio ao falar de preconceitos
e ao colocar a dualidade de cada situação que a pesquisa (real) envolveu, com
incrível perspectiva humana. Lizzy Caplan, que interpreta a parceira de estudos
de Masters, Virginia Johnson é outra atriz exemplar e que dá vida á série em
cada cena. A relação entre Masters e
Virginia é envolvente e os dois se contrapõem em atitudes e personalidade de um
jeito irresistível. Claro que a série vem com aquela dose de nudez que muita
gente aprecia (e esse pode ser um plus para convencer as pessoas a assistirem),
mas a história e os personagens brilham além de peitinhos e bundinhas. Tão bom
que vi os dois episódios disponíveis e já fixei na minha watchlist, que este
ano está seletíssima. Até agora a melhor estreia da Fall e uma alento para quem
(como eu) já estava sem qualquer esperança.
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