domingo, 7 de abril de 2013

Grey's Anatomy 9x20: She's Killing Me


 Clipe de papel e chiclete mastigado: cirurgia McGyver Style.

Só restam quatro míseros episódios de Grey’s Anatomy e se tudo correr bem, essa poderá ser considerada uma das poucas temporadas bacanas do eixo 2012/2013, que veio recheada de novas porcarias e de quedas absurdas na qualidade da maioria das produções, especialmente as consagradas.
No meio disso tudo, Grey’s se destaca com boas histórias e bom desenvolvimento de sua proposta, mas é claro, ainda vivemos sob a sombra maligna da showrunner que não deve ser nomeada, então, como fizemos a cada semana, vamos pagar para ver, mas as expectativas são promissoras. Tanto é que até fortes personagens há muito tempo esquecidos voltaram ao centro da ação e essa era uma das poucas reclamações dos fãs até aqui.
O engraçado do destaque dado para Bailey é que o caso gerou respostas divididas. Teve gente que odiou a história e gente (e me incluo nesse segundo grupo) que gostou muito da proposta. Pois é. Estava cansada de ver Bailey só em comentários pontuais ou como a “noiva em fuga”. A atriz provou que sabe fazer comédia e drama e, portanto, merecia mais atenção e até respeito dentro de sua trajetória.
Vale lembrar que o caso da infecção nos pacientes de Bailey está só começando e ainda não sabemos muitos detalhes sobre a causa de tudo isso ou quais as possíveis consequências, mas desde já, acho que não é preciso surtar ou entrar em pânico achando que ela será demitida do hospital ou coisa assim. Não que não seja possível, mas convenhamos, o roteiro fez mil e uma manobras para trazer Cristina de volta, para manter Karev por perto, Meredith e Derek na equipe... Enfim. Até Kepner foi resgatada de um curral, então esse é o menor dos problemas.
O principal aqui é a tensão, o desenvolvimento e o foco no perfeccionismo profissional de Bailey. Reparem que ela, há alguns episódios, vem criticando o trabalho de colegas e dos internos. Bailey reconhece o próprio talento e é uma mulher orgulhosa de seus métodos, o que é apenas justo. Só que essa espécie de “arrogância” às vezes recebe uma lição de moral e a infecção em três pacientes (com o saldo de uma vítima até o momento) é o ponto de reflexão para ela rever conceitos e questionar a si mesma.  O que será que Bailey fez de errado? Ou melhor, levando em conta o alto risco de infecções que qualquer área hospitalar oferece, será que ela fez algo de errado? A trama é interessante justamente porque conhecemos o “padrão Bailey de qualidade”.
Ao mesmo tempo, Meredith recebe a notícia de que possui muitos genes relacionados ao Alzheimer e insiste em providenciar o futuro da família. Uma mãe para Zolinha e o “feto”, uma morte rápida e longe da inconsciência total para ela. Pensamentos práticos de quem não quer ser pega de surpresa e de quem já viu o que essa doença é capaz de fazer. Só que Derek vem como excelente contraponto, porque o futuro, afinal, ninguém pode prever. Fiquei imaginando-o careca e viciado em crack, com uma esposa que não lembra onde deixou as chaves do carro. A situação é risível até, mas desconfio que os dois personagens não descartem as desgraças totalmente porque sabem que suas vidas são escritas por gente instável. Aliás, fica a dica: se sua vida estiver cheia de contratempos, ela pode estar sendo direcionada pela tal showrunner cujo nome não aparece mais por aqui por questões de total pavor.
Outra coisa que fica clara é que Cristina não quer ser mãe. Entedemos bem esse recado e a informação é reiterada. Com isso, fica óbvio que ela e Owen terão outra quebra no relacionamento, porque ele vai adotar uma criança. A relação dele com o garotinho que ainda aguarda os pais melhorarem é a dica. Owen está solteiro, afinal, e tem o direito de realizar seu sonho de ser pai. Do mesmo modo, Cristina tem o direito de ser a tia bacanuda que leva o afilhado pra fazer tatuagem. A separação pode ter sido uma resposta boa para os dois e, quem sabe, Cristina leve numa boa a decisão de Owen (já assumi que vai acontecer mesmo) e consiga ter uma relação com ele, sem ter que assumir o papel de mãe de alguém, que é exatamente o ponto em que ela mais toca.
A presença dos médicos sírios levanta bem o assunto das condições cirúrgicas em campo de guerra, mas em alguns hospitais brasileiros a coisa não deve ser muito diferente, temo dizer. Fiquei com a sensação de que April pode sim, ser demitida por “doar” material hospitalar daquele modo, só porque surtou ao perder um namorado que ela NEM QUERIA, para começo de conversa. Meu apreço pela personagem cresceu, confesso, mas já chega desse papo de virgindade. Ninguém atura mais e era isso que ferrava nossa empatia com Kepner desde o inicio.
Também é legal ver como Avery tem se encaixado em sua nova função e como Richard tem sido um bom mentor para ele. Com paciência, ele mostra para Avery como é a realidade, o que reforça a ideia de que em breve, vai ter mais casamento nesse hospital, com Richard “adotando” Avery de uma vez por todas.
E falando nesse assunto, parece que quem perdeu uma figura paterna foi Ross, dispensado por não ter habilidades manuais (e a inteligência) de Brooks. Confesso que fiquei com peninha ao ver a cara de decepção dele, mas esse golpe pode servir como motivador para que Ross busque seus objetivos com mais vontade, porque Brooks, afinal, só se preocupa em escolher o sabor certo de chiclete e hortelã não está fazendo sucesso.
Comentários
8 Comentários

8 comentários:

Matheus Tafner disse...

Camis

vitor souza disse...

Faltam 4 episódios para acabar a temporada, Camis.

AHHHH, tô com medo de acontecer algo com a Bailey...diria que meu medo é exagero se não fosse GA, série daquela pessoa... I mean.... foi só Lexie e Mark ensaiarem uma reconciliação que morreram. Nesta temporada, vimos que é Bailey pode ser considerada o "coração do hospital", logo... entende?

ps: Adoro a Yang, me se eu estivesse no lugar do Owen já tinha desistido dela e ido procurar alguém que compartilhasse dos mesmos interesses que eu.

Camila Barbieri disse...

É que pelo IMDB só vai até o 22, dae achei que era isso mesmo.

alex disse...

Verdade. Grey's Anatomy é um das poucas séries dessa Fall Seson que podem acabar com saldo positivo. Faltam 4 episódios e meu medo aumenta cada vez mais, porque estamos falando Dela que não vamos mencionar. Eu gostei muito dessa trama da Bailey, até porque, vê-la numa trama de respeito vai ser épico, e temo muito por ela, assim como todos porque Bailey, é a Bailey. Ela pode tudo, menos ser demitida

vitor souza disse...

:) hoje "aquela que não deve ser mencionada" twittou que seriam 24

Raul Ribeiro disse...

E meu medo de que a Bailey esteja com uma doença incurável e contagiosa?? A showrunner maldita já avisou que algumas decisões chocantes foram tomadas pra Finale.
Esse episódio me deixou com a sensação de que a Meredita vai morrer na Series Finale. A pergunta é: quando vai ser? Será que a próxima temporada é a última?

Gustavogm disse...

Gostei de terem dado uma trama decente para a Bailey, só tenho medo de acontecer algo de ruim com ela, ainda quero ver a personagem liderando esse hospital. Ela nasceu para ser Chief!


Meredita não fez tanto mimimi com a possibilidade de ter Alzheimer o q já é muito bom e também concordo com vc, o Owen vai acabar adotando alguma criança. Será que Cristina vai gostar disso?

Quanto estava começando a gostar da April ela vem com essa conversa de virgindade novamente. Espero que tenham acabado com esse plot insuportável. O pior de td foi a atitude dela em roubar o hospital. É muita vontade de ser demitida novamente pelo hospital, na verdade eu nem sei como ela consegui ficar lá já que reprovou nos exames...



Sem contar que a atitude dela pode até prejudicar os médicos, pois provavelmente os Sirios vão ser barrados no aeroporto por conta dos inúmeros materiais que estão levando...

Caroline® disse...

Tá todo mundo com medo da roteirista-satã matar alguém de novo nessa finale. Aliás, estamos tão traumatizados que já temos quase certeza que aquela quenga vai exterminar um personagem querido. Quem será? Bailey, Mer, Derek, Feto??? Tomara que a bruaca mude de ideia. Sobre a Miranda, estou suspeitando que essa infecção tem algo a ver com aquela “pereba” que ela pegou lá na lua de mel dela nas Bahamas. De repente, ela contraiu algum micróbio tropical bizarro. É doideira, eu sei, mas foi algo que me ocorreu!