quarta-feira, 13 de março de 2013

The Carrie Diaries 1x09: The Great Unknown


 NY: território proibido.
O tempo voa. Já estamos no 9º episódio de the Carrie Diaries e eu nem senti que já vimos tudo isso. Acho que é um bom sinal. Quer dizer que a série segue leve o bastante para não nos fazer pensar em quantidades e isso é uma coisa rara hoje em dia.
O tema da semana é o medo do desconhecido e isso se configura de diversas formas para os personagens. Cada qual apresenta suas inseguranças e dúvidas, todas muito focadas no futuro, que afinal, como diz o título do episódio, é o nosso ‘grande desconhecido’. Com a impossibilidade real de prever os acontecimentos, é preciso viver o momento, mas a trajetória de Carrie prova que é preciso semear para colher os frutos um dia.
É muito interessante poder ver como tudo começou para ela, como seus instintos de jornalista e escritora se desenvolveram e como ela enfrenta ao pai e a si mesma para realizar seus sonhos. Ela também carrega uma ponta de culpa por sua independência que insiste em aparecer, mas é apenas natural da idade. Carrie está se tornando mulher, mas a menina dentro dela ainda quer ser obediente.
Tanto é que ela sente que precisa aceitar seu castigo e ficar longe de NY, o que não dura muito, já que Dorrit se encarrega de ser o desafio que a fará reconsiderar suas atitudes. Aliás, vale notar que o poder da mulherada esteve em alta no episódio, dando destaque não só para Carrie, mas para Dorrit, Larissa e Mouse. A conversa entre as irmãs Bradshaw mostra uma mudança de atitude e pensamento, uma virada importante para o sexo feminino. Da mesma maneira, Larissa pontua o fim da “Era das Donas de Casa”. Não que haja problema em ser uma, mas pela chance da mulher se integrar ao mercado de trabalho de forma competitiva, de fazer valer suas vontades e de assumir a libertação sexual.
É isso o que Tom Bradshaw começa a entender. Mudança de tempos, de comportamentos. E apesar desse mundo novo ser bem estranho para ele, Tom abre a mente e enxerga que é tudo inevitável. Não apenas isso. Ele também aproveita e vê vantagens para os homens nisso tudo. E como ele quer ter filhas felizes e realizadas, percebe que não é tempo de prender Carrie em casa, mas de libertá-la. O que não quer dizer que ele não deva se preocupar e ficar de olho bem aberto.
Todo esse desenvolvimento foi muito positivo e muito bem colocado no roteiro, que se apoia em coisas aparentemente pequenas para marcar grandes reviravoltas culturais. O envolvimento de Tom com a professora de aeróbica é um exemplo disso, assim como os diálogos entre ele e Larissa.
Carrie também fica apavorada com seus sentimentos por Sebastian e essa insegurança emocional é muito marcante na personagem adulta, por suas ações, dúvidas e tormentos. Sebastian é apenas a ponta do iceberg e já aqui, Carrie pensa demais no “para sempre”, algo que ela vai demorar muito para encontrar. Por enquanto, Sebastian vai confirmando a fofura de Kyddshaw com suas atitudes e ao demonstrar suas fragilidades. Só acho que Austin Butler poderia parar de fazer o bico de pato das menininhas do Facebook, porque isso dá uma estragada no personagem.
Mouse e sua obsessão por ser a número um renderam um plot divertido, ao som de Eye Of The Tiger. Não sei como, mas conseguiram render algo extremamente simples como um campeonato de Cubo Mágico. Além de engraçado, senti ali surgir, quem sabe, um novo romance para a personagem, que afinal, é atraída por desafios e por inteligência, algo que o “atleta negro filho de mãe solteira” oferece em profusão.
Muito bacana também a abordagem com Walt. Mags fica fora de cena para que ele possa, mais uma vez, evidenciar suas dúvidas. Foi bom que o namoro com Donna La Trava tenha durado pouco, afinal, Walt é bom demais para ser hétero, como dizem por aí. Foi a primeira vez em que Donna se humanizou e deixou de ser apenas a bitch nojenta e cheia de maquiagem que atormenta o mundo. Claro que ela ainda acha que é a mais gostosa do universo, “Sou o tipo de todo mundo.”, mas tudo bem, chega a ser engraçado. O principal é que Walt ganhou uma pessoa que pode entender seus dramas, já que Donna tem um irmão mais velho que é gay e ainda não se assumiu pelo medo da reação familiar.
P.S*Anos 80 sem professora de aeróbica: Non Ecziste.
P.S* Trilha sonora continua ótima.
P.S* Acho que vi um unicórnio.
Comentários
10 Comentários

10 comentários:

Luiz disse...

Na moral, eu costumo a gostar do seu gosto. Mas você torna The Carrie Diaries uma série que não é tudo isso. É só mais uma série adolescente besta e clichê que por culpa de suas reviews eu decidi assisti e me arrependi. Tomara que essa merda seja cancelada e H.O.D renovada

Thiago_Gleek disse...

Se mata meu filho. Sim a serie é clichê mas quem disse que nenhum cliché é bom? The Carrie Diaries nesse gênero ta sendo maravilhosa coisa que nenhuma outra em um bom tempo estava sendo viu... me aponte outra serie que ta ta indo tão bem assim do gênero? A e antes de falar asneiras pesquise Hart Of Dixie esta garantida já , unica coisa besta que vi aqui é seu comentário cada um que me aparece...

Ótima review e mais um episodio maravilhoso e é verdade parece que a serie começou ontem estou amando cada minuto e claro na torcida pra dar a louca na CW e renovar essa maravilha que eles tem na mão , pois no roteiro ta tudo muito bem, agora só falta a CW em si , divulgar né? mais comerciais , ir em evento etc... fogo viu CW quando acerta de um lado erra no outro rs...

Hylanna disse...

Tudo que a Camis fala é o que realmente acontece na série que é ótima. Mas o que não vi nas reviews foi ela nos obrigando assistir as séries que assiste.
Mais adolescente que esse comentário, nem a própria série é.


Enfim, ótima review, pra variar, Camis. =**

victoria disse...

Eu concordo com o Luiz em alguns pontos. Eu comecei a assistir a serie e tambem larguei. Acho que ela faz dramas cliches demais que nao melhoraram noa 4 eps que eu vi.
Mas concordo que ela nao obrigou ninguem a ver...
Thiago, existem milhares de chicles melhores no mundo do que a serie. Pesquise que acharás

Thiago disse...

É a opinião dela. Você não é obrigado a concordar.

Thiago disse...

Adorei o episódio. TCD é uma das melhores séries que estou vendo atualmente. Leve, divertida e com um ótimo roteiro! Realmente, não parece que nove episódios se passaram. O triste é que o cancelamento é quase certo. Uma pena. Terei que me apoiar nos livros, fazer o que. Só espero que sejam tão bons quanto a série!

Thiago_Gleek disse...

To falando de series que estão passando de 2012/2013.

Thiago_Gleek disse...

É , eu to vendo que vou ter que ir para os livros também... mas não custa ter esperanças ainda

leticia disse...

PORRA se mata vcs q conseguem aguentar essa série. Essa série é sem sal e sem açúcar. Personagens nada convincentes, plots sem graça, muita infantilidade, já q a série é baseada em sex and the city o tema tem q ser SEXO, porra e ñ infantil. Isso é para criança ver, pq né... TUDO UMA GRANDE BOSTA NESSA SÉRIE, MAIS BOSTA AINDA É QUEM CONSEGUE AGUENTAR

Su disse...

A série não é baseada em Sex and the City, a série é baseada no livro do mesmo nome, "The Carrie Diaries", que é passado muito antes de SatC. A Carrie é mesma mas tem 16 anos, então o que você queria, que uma adolescente agisse como uma mulher com mais de 30 anos?? Também gosto muito de SatC, mas as propostas das duas séries são totalmente diferentes e NA MINHA OPINIÃO ambas óptimas.



Se você não gosta da série, tudo bem, direito seu! Mas então para que perder seu tempo a vê-la e insultar quem assiste e gosta? Porque não usa esse tempo para fazer maratona de SatC ou ir assistir a algo do seu agrado em vez de ficar incomodando os outros?