segunda-feira, 18 de março de 2013

Glee 4x16: Feud


O embate do século.

Do lado esquerdo, de jaqueta vermelha: Finn Hudson. À direita, de azul: Will Schuester. Numa batalha sem igual, os dois entram no ringue de Glee, para o episódio dessa semana, e lutam usando como arma apenas uma canção imortalizada por duas boybands muito famosas. Nesse clima de rixas intermináveis, “Feud” se consagra como mais um ótimo episódio e leva a multidão ao delírio. Pelo menos, é que parece ter acontecido, com tantos elogios a respeito do episódio rolando por aí.
Todo mundo (ou quase) gostou dessa atmosfera combativa que se estabeleceu em todas as tramas e foi muito interessante ver como cada personagem pôde usar a música para se expressar e resolver velhas e novas pendengas. O tema foi bem desenvolvido e nem NY ficou de fora. Aliás, dois números musicais memoráveis vieram de lá e animaram a guerra entre Brody e Santana. É impressionante como uma única personagem pode mudar o rumo das coisas. Primeiro vimos Brody nos apresentar seu “ofício” em “How To Be a Heartbreaker”, clipe muito bem executado e coreografado, registre-se. Apesar de ter se transformado em um nojento Brody ainda é lindo e canta muito bem. A dupla com Rachel foi boa e nos lembra de como ela está perdida com esse relacionamento.
Santana, que não economiza atitude e sensualidade ao entoar Paulinha Abdul, deixa a firula de lado e manda a real para Brody em “Cold Hearted”. Em pouco tempo, essa rixa deles cresce e se torna destaque. Santana, é claro, fica numa situação difícil porque Rachel e Kurt (que tem lá seus motivos) dão preferência a Brody. Mas o principal aqui é que Santana não deixa as coisas em suspenso e vai até o Finn e o fim. As duas coisas. Porque sem Santanão, essa linda e maravilhosa, não teríamos aquele final ótimo, com Finn dando um fim em Brody. Sim, fiz outro trocadilho com essa, me processem. Gostei mesmo da sequência em Finn defende sua “futura esposa” a socos e pontapés. E vejam bem, estou elogiando Finn, mais uma vez. O cara subiu no meu conceito e ganhou status de personagem.
Fora tudo de NY, que foi muito legal de acompanhar, Finn ainda é uma das partes envolvidas em dos mash-ups mais bacanudos de Glee. Tanto que minha pergunta foi a seguinte: “Não foi sempre uma única música?”. Sim, estou falando daquela delícia que foi “Bye, Bye, Bye/ I Want It That Way”, que reuniu na mesma canção Backstreet Boys e ‘N Sync. Lembro de odiar as duas bandas com todo meu coração, mas claro, sei as letras todas até hoje, o que me faz questionar minha existência e meu recalque. E outra: fiquei tão empolgada com a música e com as coreografias que lembram os clipes que resolvi assumir meu lado fan-girl de boyband e parar de lutar com algo que é mais forte do que eu.
A verdade é que lá no começo dos anos 2000, só se falava na rixa entre Backstreet Boys e ‘N Sync e, por isso, a escolha coube bem para Will e Finn. Infelizmente, o casal, digo, os amigos continuam abalados, mas é por uma boa causa. Essa briga faz Finn observar a si mesmo e o que deseja. A partir daí ele tem nova motivação: tornar-se professor. Uma saída que cai muito bem para esse papel de líder e motivador que ele vem assumindo ao longo da temporada e da série como um todo.
Outra rixa que acabou em situações hilárias, envolveu Blaine e Sue Sylvester. Tudo nas motivações dela é tão torpe e bobo que começamos a amar a história. E Blaine quer mesmo é se infiltrar entre as Cheerios, então, na verdade, a briguinha entre Mariah Carey e Nicki Minaj foi apenas parte do plano. Aliás, o que foi aquela apresentação de “I Still Believe/Super Bass”? Blaine saltitava e girava, enquanto Sue e Becky vestiam perucas e roupas de brilham no escuro. Foi uma grande brincadeira e caiu muito bem no clima do episódio.
Agora, o que abalando a Sociedade MSN #RIP são as conversas disléxicas de Ryder e um loirinha sapeca. Como não desconfiar de Unique desde a primeira cena? Pelo menos, desde a primeira vez em que nossa Diva Mor encara Ryder e diz “eu sou uma garota!”. Voltamos a discutir a barra do banheiro (não sei por que ficam voltando na questão, mas dou risada sempre) e os problemas que Unique enfrenta por se assumir como é. Seria muita ilusão achar que ninguém teria preconceitos e que Unique, apesar de sua atitude firme, não sofreria pressão social. Tudo isso faz parte da realidade de muita gente e fora da sala do New Directions, a aceitação não seria total. Aliás, como mostra o episódio, a aceitação não é total nem entre os membros do Glee Club.
Eu já vejo Unique como mulher antes mesmo de Glee. Nunca vou esquecer de Alex entrando no palco de The Glee Project, fazendo cosplay da Drª Bailey, de Grey’s Anatomy. A partir dali, a coisa ficou muito natural para mim e eu falo em Unique sempre no feminino, porque até a voz do ator se parece com a de uma grande diva da black music. Só que não é tão simples assim para Ryder, que expõe questionamentos e preconceitos que muita gente (inclusive o público de Glee) pode vir a ter. Acho que é um caminho natural e até realista que estão tomando, sem deixar de lado o estilo da série de tratar esses assuntos.
Como Ryder anda em meio a atitudes controversas (se colocando entre Jake e Marley, por exemplo) é ele quem traz tudo isso à tona e é ele também o cara que, apesar da dificuldade, tenta entender e aceitar (afinal, o que Unique é ou deixa de ser não o afetam em absolutamente nada). Mas esse entendimento e aceitação vêm das conversas dele com Unique, porque afinal, essa nova perspectiva foi muito importante para a mudança de atitude em Ryder.
A batalha musical entre esses dois personagens é muito boa. Fiquei impressionada com o resultado equilibrado de “The Bitch Is back/Dress You Up”. Isso porque Unique tem um poder vocal imenso e seria fácil fazer Ryder sumir, mas isso não acontece e o objetivo se cumpre. A apresentação final, “Closer”, que vem para selar essa união entre os novos membros do New Directions e nos passar a mensagem de continuidade também foi legal e traz, mais uma vez, uma vibe anos 1980 que tem se tornado uma constante na série (ou será impressão minha?).
A atitude casa bem com a nova motivação de Finn (após conversa reveladora com Marley). O New Directions é sim, mais do que um coral e se transforma numa verdadeira família e no esteio para a maioria dos que participam dele. Os novatos querem honrar tudo isso e aproveitar cada minuto para cantar e crescer. Até aqui, estão sendo bem sucedidos.
 
Músicas no episódio:
"How to Be a Heartbreaker" - Marina and the Diamonds: Brody Weston and Rachel Berry with escorts and female clients
"The Bitch Is Back" / "Dress You Up" - Elton John / Madonna:  Ryder Lynn and Wade "Unique" Adams with New Directions
"Cold Hearted" - Paula Abdul: Santana Lopez with NYADA students
"Bye Bye Bye" / "I Want It That Way" - 'N Sync / Backstreet Boys: Will Schuester and Finn Hudson with New Directions males
"I Still Believe" / "Super Bass" - Mariah Carey / Nicki Minaj: Blaine Anderson and Sue Sylvester with the McKinley High Cheerios
"Closer" - Tegan and Sara:  Ryder Lynn and Jake Puckerman with New Directions
Comentários
6 Comentários

6 comentários:

Thiago_Gleek disse...

Adorei a review e claro o episodio também , achei bem equilibrado esse e gostei de tudo praticamente , gostei do destaque da Unique ( que é o verdadeiro ganhador do Glee Project 1 quem é Samuel? rs) achei bem bacana as cenas dela no bairro etc e como você sitou eu vejo como uma mulher. Gostei das musicas também Sue e Becky hilarias e amo quando Becky ganha destaque e já estou na espera pelo próximo !

PS: Só notei que a Brittany não esteve presente quando teve a ultima performance do episodio haha , Sugar e Joe já notei logo que começou ( esses aparecem um episodio e somem 3.) mas a Brittany só reparei no fim !!

pvaz disse...

se o seu personagem não tem estória que se sustente, você tem as mesmas falas e faz as mesmas caras e bocas de três temporadas atrás, não se desespere, temos a solução: voe para Nova York, que por sinal, tem as passagens aereas mais baratas do mundo....parece que Finn achou um sentido para existir na grande apple.....dar uns tapas no garoto de programa que tem mais carisma que ele em três temporadas....e o incentivo veio da boca de marley e eu, proferindo o que 11 entre 10 fãs já pensaram em dizer: vira homem, mas podia ter completado com o deixa de ser bundão mesmo........o que virá acrescentar essa presença no núcleo que tem alguma coisa de diferente só o tempo dirá.....para uma temporada que andava meio sem rumo, chamem Santanão que tudo se resolve....pontos positivos, Sue sendo Sue, sarcastica e não medindo esforços para ter o quer.....mesmo que seu bebê tenha sido abduzido, sabe-se lá por quem....por falar em bebês, o de rachel foi o alarme falso mais sem noção do mundo das séries, foi responsável para que Lea mostrasse o biquinho em uma cena de choro meio forçada......quanto a Ohio, o mesmo de sempre, e essa estória de dona marley e eu e seus dois amores já cansou, se ainda tivesse um quê de jorge amado, quem sabe daria mais audiência (mas glee é um programa para adolescentes, não vamos escandalizar os pobres americanos)......quanto a parte musical, que saudade dos anos 80/90.....

Camila Oliveira disse...

Nem sei se esse foi meu episódio preferido, já que essa temporada não cansa de ter episódio bom, mas Feud definitivamente está entre os melhores da série, in my opinion.
Santana em NY foi uma das decisões mais acertadas até agora. Antes eu bocejava cada vez que mostravam aquele núcleo, mas há dois episódios tem sido pura diversão. Digo mais, Santana vai salvar a terceira temporada de Girls agora que
foi morar com a Lena Dunham.
Agora vou fazer mimimi, achei uma bosta esse desfecho, espero que temporário, do triângulo Ryder, Jake, Marley e eu. Para que dar esperança para os fãs do lindo casal Ryley só para a história não dar em nada? Não suporto JarlezzZZzZZzZ desde o episódio da Britney 2.0 quando Ryder ainda nem tinha aparecido, então
nem é por recalque de shipper, mas acho que Jake tem cara de que vai
trair Marleyzinha na primeira oportunidade quando a excitação de começo
de namoro passar. Não confio nele.
Quanto ao plot do MSN, se Katie não for Unique, o que espero que não seja, estou apostando no recorrente plot de bullying. Acho que Titia pode ter se inspirado no que aconteceu com uma garota que enviou fotos nuas para um amigo virtual e ele divulgou tudo na internet. Ela foi bullynada por isso e depois se matou. Não acompanhei a história, mas foi algo do tipo. Teve uma certa repercussão e talvez seja algo parecido que role na série.

Amanda C. Leite disse...

Concordo em tudo com vc....a Santana em NY foi a melhor coisa dá série...tbm confesso que não aguentava o núcleo de NY me dava um sono....E tbm não gosto do Jake com a Marley desde o começo....tenho a impressão que ele vai trair ela já que ela não vai aos finalmentes com ele.....Adorei esse episódio...e o mashup de Bye Bye/ I want that way pra mim foi o melhor....quero mais anos 90 em Glee...

Raul Ribeiro disse...

Camis, vc soube dos boatos de como vai ser o futuro de Glee? Até agora não tivemos Regionals, que deveria rolar no máximo nesse epi 16. Mas parece que a Regionals vai ser na Finale, e a quinta temporada vai ser a continuação do ano escolar até o epi 10, quando acontecem as Nationals e a formatura. Daí Blaine iria para NY, com a possibilidade de Tina e Brittany irem junto. Depois disso, o foco seria todo em NY. (o que pra mim seria terrível, pq o núcleo escolar está cada vez melhor)


Toda vez que eu venho para o computador preciso dar uma olhadinha na apresentação de Super Bass, o que foi aquilo?? Musicalmente, o epi foi um prato cheio.
E essa Katie, quem será? A princípio achei que fosse Unique, depois passei a achar que pode ser a Marley. Pediu as fotos de shirtless pq tava gamadinha, auxiliou Ryder a entender Unique e, depois que viu que ele estava já esquecendo dela, ficou em off subitamente.

Priscila Farias Carvalho disse...

Acho que os roteiristas poderiam dar um jeito de inserir competições de Glee Clubs universitários, um programa de televisão ou até mesmo fazer Glee dentro de Glee. Torcendo para que tenham ideias insanas e que Sam volte para a 5ª temporada completa.