segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Once Upon a Time 2x10: The Cricket Game


Alegria que dura pouco.

Assim que a maldição foi quebrada, eles ganharam consciência sobre suas verdadeiras vidas e identidades, amigos e familiares se reencontraram, mas não há alegria duradoura em Once Upon a Time, porque o “felizes para sempre” nunca chega num conto de fadas que se renova a cada dia e onde as aventuras não param de acontecer.

É exatamente isso o que confirmamos nesse retorno, em que nossos amados personagens começam a sentir confortáveis e no direito de festejar o simples fato de estarem juntos novamente. O que nenhum deles imagina é que o perigo está muito próximo e acaba de se instalar em Storybrooke. Regina e Rumples se tornaram problemas menores e devem viver uma inversão drástica de papéis, indo de vilões a heróis, numa espécie de redenção, mesmo que não seja duradoura.

Esse tema deve permear o restante da temporada, porque as mudanças de atitude dão o tom do episódio. Afinal, uma pessoa essencialmente boa, que se transforma em alguém maligno, pode voltar a agir com bondade? Parece que é isso o que vamos descobrir, especialmente no caso de Regina, que está no centro dos acontecimentos.

Ainda lembro da quantidade de pessoas reclamando da atitude de Snow e Emma, por não convidarem Regina para jantar e esse mesmo assunto “polêmico” não ficou esquecido. O interessante é que cada atitude ficou muito bem justificada. Não dá para culpar Snow e Charming pela desconfiança depois de tudo o que eles passaram nas mãos de Regina. Embora tenham se passado 28 anos, tecnicamente, para eles, o tempo estava congelado e as maldades e armações são bem recentes, desse ponto de vista. Regina não apenas manipula situações, como aproveita cada chance para tentar matar sua grande inimiga. Acaba banida do reino e frustrada por não poder atingir Snow e Charming NAQUELE reino, o que nos leva até a maldição, muito bem arquitetada por Rumples, que vai construindo suas intenções cuidadosamente, em todas as frentes.

Outra coisa curiosa está no fato de que seja em ‘Far far Away’, seja em Storybrooke, Regina tem apenas Henry para amar e amá-la. Seja o pai ou o filho adotivo, esses dois são o que ainda mantém sua humanidade. É claro que, dessa vez, Regina vai ter que ser muito esperta e se arriscar, porque com a presença de Cora, Henry está em perigo. Tenho a sensação de que estamos diante de uma mártir e de que, depois de muita desconfiança, os poderes de Emma e Regina serão unidos para destruir Cora.

Vale dizer que Cora–Corega (apelido carinhoso dado por quem entende de dentadura) já chega abusando da fumaça roxa e de transformar pessoas em peixes. Também temos o navio invisível e sua fantasia de Regina, além de ter matado algum avulso da cidade e feito uma bela mágica para deixá-lo como Archie. Já imagino como Hook vai torturar o pobre coitado para conseguir informações sobre como atingir Gold, mas a doce imagem de Belle dá uma ideia básica, não é mesmo? Por enquanto o ataque surpresa vai funcionando, mas surpreende que, numa terra onde a magia é amplamente utilizada, Emma ou qualquer outro, não desconfie de que o suposto assassinato de Archie seja uma manipulação de poderes mágicos. Obviamente, quando a presença de Cora-Corega for revelada, as coisas devem mudar bastante, muito embora Regina deva fingir estar do lado de sua amada mamãe nessa vingança que - como já diria o gênio Chaves - nunca é plena, mata a alma e envenena.

Uma das coisas com grande potencial para o restante da temporada é a exploração dos poderes de Emma. Não vejo a hora de ela realmente descobrir do que é capaz e talvez até o próprio Henry tenha habilidades não conhecidas (lembrem que ele está na idade de receber a carta de Hogwarts!). O lance com o “dreamcatcher” foi bem bacana, inclusive na parte de efeitos visuais. Isso sem falar que é uma referência ao pai de Henry e sua história com a própria Emma, basta lembrar do episódio Tallahassee. Também adoro o modo com incorporaram o Pongo dos ‘101 Dálmatas’ no cenário, porque convenhamos, um desenho de cachorros que precisam fugir de virar casaco de peles não é exatamente um conto de fadas, apesar de fazer parte do universo Disney, que comanda os estúdios da ABC.

Outra coisa em alta foi o humor, afinal, o episódio começa com Snow e Charming traumatizando a filha e o neto naquela situação. Em vez de “get a room” devemos dizer “get some walls”, porque esse é um problema que somente quatro paredes podem prevenir. Regina também entrou no clima com sua lasanha ‘envenenada’ com pimenta, mas achei que perderam a chance de fazê-la levar uma torta de maçãs pra festa. Vovó também evidencia a #barradevida que é fazer um bolo de carne tendo de caçar um animal para o jantar. Ruby falando “cachorrês” não pode ficar de fora da lista.

O balanço geral é de que esse é um episódio que apresenta bem as intenções dos roteiristas para o resto da temporada, sem deixar faltar nenhum elemento importante. Momentos fofos e engraçados amenizaram o tom dramático na medida certa, mas não diminuem a impressão de que daqui em diante, a paz em Storybrooke está definitivamente ameaçada.

P.S* Só eu fiquei pensando que essa história de Henry pegar o ônibus sozinho ainda vai dar uma merda bem grande?

P.S*Qual será o preço que Emma pagará por usar mágica?

P.S*Vinte e oito anos de seca. Acho que a sessão de safadezas de Snow e Charming teve uma boa justificativa.
Comentários
6 Comentários

6 comentários:

Nina Muniz disse...

"Tenho a sensação de que estamos diante de uma mártir e de que, depois de muita desconfiança, os poderes de Emma e Regina serão unidos para destruir Cora"

Por mais que eu seja fã da Regina e torço pra que ela tenha um final feliz, nesse episódio deu pra perceber a essência trágica da personagem. É bem provável que a saída narrativa que contemple (PNC jar) a trajetória dela seja a morte e a póstuma redenção. Infelizmente.

Uma teoria que eu estava pansando esses dias, sobre essa obstinação da Rainha em matar a Snow, que é parecida com a própria obstinação da Snow em matar a Rainha (como foi dito no episodio inclusive). A Snow estava sobre efeito da poção do esquecimento do Rumple que a fez só pensar em matar a Rainha. Nisso eu chego na suposição é possível que a Regina tenha tirado seu próprio coração e escondido em algum lugar (como a Cora fez com o dela) e passou a ter uma obstinação em matar a Snow assim como o todo vazio que ela sente... mas pode ser só besteira minha.

PS: Quando eu disse que shippava Cora-Corega e Hook era brincadeira... mas tem gente que shippa viu?

Bia Séries.Net disse...

Muito bom Camis! =D

Cacá SS disse...

Como sou feliz por ter OUAT de volta! E confesso que morri de felicidade quando vi que o Archie não morreu de verdade, já estava com peninha dele...

Curiosa demais para ver a Emma usando os poderes dela, e também qual será o preço a pagar por isso. Também quero muito ver daqui pro final da temporada uma aproximação maior dela com o pai.

E eu também acho que em algum ponto da história a Cora-Corega (melhor nome ever!) vai sequestrar o Henry - ou tentar - nesse caminho pra escola!

Jull Monteiro disse...

"P.S*Vinte e oito anos de seca. Acho que a sessão de safadezas de Snow e Charming teve uma boa justificativa" kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk ...



Amei esse ep. minha cena preferida é da emma e da regina, discutindo sobre quem seria a mãe do henry, a emma estava maravilhosa nesse ep. e tbm estou louca pra saber até q ponto da magia ela pode chegar.

Rafinha disse...

Muito boa essa sua teoria... Isso explicaria muito essa sede de vingança da Evil Queen!

Anderson Luiz disse...

Regina e Emma estavam muito boas nesse episódio. Aliás, pessoal do Emmy deviam reconhecer o talento de Laninha.
Gostei que esse episódio se interligou com o piloto e também da chegada de Cora-Corega (amei o apelido) e Hook (magya). Curioso pra saber mais sobre a magia de Emma.