Nashville vem desenvolvendo seu enredo com calma,
construindo cuidadosamente as relações entre os personagens e assim, a série
vai concretizando seu estilo narrativo de forma bastante equilibrada. Essa não
é uma série de grandes surpresas nem de tramas a jato, mas as histórias andam
num ritmo interessante, criando expectativas para o que vem por aí.
Desde que separaram Deacon das relações com Raina e Juliette
ele ficou bastante perdido na trama.
Todo mundo sabia que seria algo temporário e que, em verdade, essa
situação avulsa representa muito do personagem, que fica sem rumo quando está
longe da mulher que ama. Como Deacon tem histórico de depressão e uso de
drogas, fica sempre a impressão de que ele pode sucumbir a qualquer momento,
mas não creio que pretendam ingressar nesse caminho (pelo menos não agora).
Antes, ele vai integrar a equipe de Raina novamente (notem que justamente agora
ela precisa de um guitarrista, coincidência?) e descobrir que é o pai de
Maddie. Aliás, todos esperam por isso, porque seria um bom conflito.
Acho bem engraçada a capacidade que Scarlett tem de se meter
em problemas. Deve ser porque ela age como se tivesse 12 anos de idade (ou
menos, tem meninas mais espertas que ela) indo para salinhas vip com astros do
rock, achando que vai apenas ver a “coleção de CDs” do cara. Pelo menos, quando
foi preciso, ela se defendeu, mas Deacon acabou entrando numa briga e ganhando
desafetos.
Falando em desafetos, dessa vez, os políticos, finalmente
vimos o fim da dispensável história da eleição. Obviamente, esse plot terá
outros desdobramentos, mas é tudo tão fora dos padrões do resto da série que,
desconfio de que ninguém realmente aprecia essa parte, que ainda deu destaque
para o perdedor e sua esposa, o que nem faz muito sentido, diante da
importância deles (nenhuma) para p andamento da série. Uma boa dica seria
eliminar esse monte de personagens que estão sobrando e deixar o elenco mais
enxuto.
Com Ted eleito prefeito, Raina acaba de se tornar a 1ª dama
de Nashville, mas a coisa pode mudar radicalmente. Ted não consegue manter as mãos
longe de outras mulheres e Raina (que já traiu) não vai mais aturar essa
situação. O fim desse casamento é outro twist bastante esperado e que pode trazer
mais vida e emoção para a série.
Com o assunto de casamentos desfeitos na ponta da língua, é
a vez de Juliette se divorciar de Sean, fechando o ciclo do típico casamento de
celebridade irresponsável. O tapa na cara dela vem do rapaz querendo anular a
palhaçada toda, porque afinal, ele percebeu que Juliette só casou para se
aproveitar de seu corpinho atlético e nada mais. Até eu, que acreditei que ela
pudesse desenvolver sentimentos por Sean, acho que Juliette só casou para
conseguir o sexo que queria, além do mais, ela parece ser o tipo que gosta de
qualquer tipo de publicidade. Boa ou má.
Senti ainda uma tensão estranha entre ela e Liam, o produtor
de Raina. O cara não tem medo de dizer quando Juliette está dando uma de
estrelinha e passando dos limites, então fica a sensação de que pretendem
investir mais nessa história, que também pode ser apenas fruto da minha
imaginação. Também tenho a ideia fixa de que Avery vai cruzar o caminho de
Juliette e os dois serão um casal insuportável. Por enquanto, ele continua
pisando em qualquer um para chegar ao estrelato.
Para completar, resolveram falar um pouco mais sobre a vida
de Gunnar. Já estava na hora de ele ser mais do que o cara que compõe ao lado
de Scarlett e tem uma quedinha por ela. Bacana saber que ele teve infância difícil
e foi criado pelo irmão mais velho, que quase o colocou numa vida de crime.
Tomara que o roteiro continue investindo tempo nos personagens que realmente
valem a pena.
P.S* Adoraria ver mais as filhas de Raina, mas acho que
evitam porque sabem que as duas vão roubar a cena.