A volta do “Você Decide”.
Essa semana, Hawaii Five -0n
decidiu fazer um programa diferente, mas em vez de bons drink na piscina,
ofereceu ao público da série a opção de votar em três finais diferentes para o
episódio. Para os moradores dos Estados Unidos, houve diferença nos desfechos e
cada parte do país ficou com uma. Se você estivesse na East Coast o assassino
seria o chefe da vítima, enquanto na West Coast um dos alunos da vítima pagou o
pato. Para quem for curioso, vale dizer, os três finais estão disponíveis AQUI.
Já vou avisando que minha review
será baseada no episódio em que o chefe era o assassino. Foi o primeiro a que
assisti, acredito que a grande maioria viu esse também, por ele ter sido
liberado um pouco antes pelo fuso horário. Além do mais, não quero estragar as
outras duas opções com spoilers, então podem ler sem medo de descobrir algo
muito surpreendente.
Essa manobra de passar o poder
para o público foi interessante porque, convenhamos, nós sempre sabemos antes
quem são os assassinos e criminosos em Hawaii Five-0. Esse tipo de recurso gera
expectativa e deve ter dado um número razoável de acesso ao site da CBS, por consequência.
Além da interatividade com o
público, o episódio trouxe elementos bem interessantes e já começa nos
enganando com aquele ritual de entrada numa fraternidade que parecia sequestro.
Depois, tive a esperança de que o estudante morresse com cerveja envenenada,
mas gostei de ver um corpo se dissolvendo em ácido.
O roteiro foi criativo. Gerou algumas
possibilidades interessantes e criou dúvidas sobre a motivação do crime, desde
romance com alunas, esquema de cola nas provas até a recriação de uma planta
extinta. Lógico que a planta era o melhor motivo, inclusive por ser torpe.
Inveja motivou o chefe a matar um dos professores para roubar seu trabalho e
suas descobertas. O que o cara não sabia
é que havia mais gente envolvida com a tal planta rara, que deveria curar uma
doença no filho do parceiro de pesquisas do defunto. Não dava para prever esse
tipo de coisa.
No meio desse caso, descobrimos
que Danno já posou muito sensualmente para calendário semi-eróticos da polícia
e a desculpa da ‘caridade’ não colou. Vimos tamanha pérola graças ao sobrinho
doido de Danno, Eric, interpretado por Andrew Lawrence. Num episódio em que não
tivemos momentos de amor entre Steve e Danno, Eric funcionou bem para injetar doses
de humor, trollando o tio e cada situação de jeito único.
Paralelamente, Kono virou babá de
bandido. Fiquei pasma com a aparição de Kamekona trazendo ternos para o amigo,
no meio de uma situação tão perigosa, mas dessa vez, a tragédia não estava em
pauta e a história acaba com Kono sendo bacana, porque o fugitivo estava de
coração partido, ao perceber que a esposa e o filho viviam muito melhor sem
ele.
No geral, esse episódio foi bom
por nos tirar da rotina, mas o que mais gosto em Hawaii Five-0 é a interação
entre os personagens principais e acho que isso se perdeu um pouco no processo.
O episódio foi bom, mas nada além disso, o que está virando uma rotina para a
série. Percebe-se que o público começa a dispersar e não sei qual seria uma
solução para o problema. Hawaii Five-0 ainda é uma boa série de ação, mas seus
episódios mais alucinantes ainda não deram as caras nessa 3ª temporada.