quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Hawaii Five-0 3x06: I Ka Wa Mamua



Se Hawaii Five-0 fosse um videogame, Danno já teria usado pelo menos duas vidas.

Até que demorou muito. Hawaii Five-0 nunca antes havia falado no fatídico 11 de setembro ou usado figuras do Oriente Médio produzindo bombas para assustar a tradicional família americana, mas a hora chegou. Quem assiste série de ação ou investigação já espera por esse dia. O importante é que, apesar de tocar nos assuntos mais clichês que envolvem a população de um país que vive sob a mira de terroristas, o episódio foi muito bom, cheio de boas cenas e momentos de tensão.
Não quero entrar muito no mérito político da coisa, porque acho que nem cabe, mas Danno, ao expressar suas preocupações sobre Grace e sua família mostra bem como pensam os cidadãos nos Estados Unidos. Eles se sentem atacados e invadidos como se não fizessem exatamente o mesmo em outros países, mas enfim, a partir daí, cada um postula a opinião que quiser.

O lance com Danno, no entanto, era ainda mais profundo que o “medo comum”. Gostei bastante do flashback dele, 11 anos antes, mostrando o trabalho em New Jersey e até a origem do nome da filha. Não dá para não notar, porém, o que os policiais chamam de “rookie mistake” ou erro de principiante. Até eu que sou civil sei que não se deve ir num antro de tráfico sem avisar os colegas de delegacia. Danno e Grace, sua parceira, sabiam no que estavam se metendo e erraram feio em suas decisões.

Quando a história se resolve apenas por causa do barulho das sirenes de carros de polícia e bombeiros se dirigindo para Manhattan é que dá para entender o lance do ‘tempo extra’. Danno tirou a sorte grande, só para, anos mais tarde, ficar à mercê de uma bomba feita por terroristas.

Apesar de bem sombria, a investigação teve seus momentos de comédia, com o quebra cabeça de corpos e as provocações que agora variam de Danno e Steve para Steve e Catherine. O melhor mesmo foi ver todo mundo implicando com Danno e sugerindo vestidinhos de baile para ele ir dançar combinandinho com sua filha, a menina robô. É bacana quando o foco sai de Steve e recai sobre os outros personagens, para variar um pouco, mas infelizmente, sempre que Danno vira o centro, essa criança feita de cera entre em ação (ou falta de).

O único problema que vejo em colocar o elenco principal sob perigo de morte é o de que nós sabemos que nada irá acontecer. Não é possível que alguém tenha achado que matariam Danno, sem mais, nem menos, ainda no começo da 3ª temporada. Isso meio que corta a emoção. O legal é quando não temos a certeza de que tudo irá acabar bem.

O que gostei bastante foi ver a relação entre Danno e Steve cada vez mais próxima, com as piadas sobre o romance dos dois, à parte. O que ficou evidente ali foi a amizade dos dois e como Steve substitui Grace (a parceira) nas maluquices e implicâncias do dia a dia. O abraço entre os dois, depois da tensão de duas bombas no mesmo dia, foi absolutamente honesto e muito bonito de se ver.
 
Também acho justo elogiar os coadjuvantes, no caso, os traficantes que espancaram Danno com todo aquele gosto. Tudo ali foi muito bem montado, é verdade, mas os dois caras mandaram muito bem na surra e nos diálogos cheios de crueldade. Só acho um pouco de burrice não dar cabo nas vítimas logo, mas tudo bem. Vamos acreditar que existe por aí uma bandidagem que acredita em dar uma chance de sobreviver aos reféns, mesmo que eles mesmo acabem mortos a tiros ou com um cutelo no peito.

Comentários
1 Comentários

Um comentário:

Olivia Costa disse...

Também aprendemos de onde vem a obsessão do Danno por backup. XD