Depois de fazer uma estreia boa, mas que perdeu muito por
ter entregado todas as piadas no material promocional, eis que The Mindy
Project tem a função de provar seu potencial. A julgar por esse segundo
episódio, as chances de sucesso são grandes, porque a comédia vem muito bem
estruturada e com ótimo timing.
Mindy é uma figura e a parceria que faz com Chris Messina é
espetacular. Os dois em todas as cenas dentro do metrô mandaram muito bem,
mostrando que existe essa rivalidade, mas que no fundo... Sei lá. Tudo pode
ser. Mas creio que Mindy nem imagina que Danny pode ser o príncipe encantado e
o homem que vai ser o protagonista da comédia romântica da vida real.
É claro que os dois brigam sem parar e tem personalidades
opostas, mas é aí que mora a graça. Cada cara de desprezo que Danny produz vem
acompanhada da vontade de provocar Mindy, custe o que custar. Se isso não é
querer chamar a atenção, não sei o que é. Mindy, por outro lado, não tem foco.
Ela literalmente atira para todos os lados e o que cair na rede é peixe.
Nota-se isso pela narrativa dela sobre o cara da livraria e a guarda conjunta
da bolsa ecológica.
Além desse viés mais “bonitinho”, encaramos as situações
bizarras dentro da clínica. Primeiro, eu sequer tinha entendido que Mindy era
sócia de uma clínica (palmas para mim), mas aproveitei muito a linda reunião dos
sócios que ela montou, com petiscos e fonte de chocolate. Isso sim é uma
reunião de trabalho que incentiva a mente das pessoas.
O lance da demissão da enfermeira doida rendeu. Jeremy ganhou
nota dez (só que não) por sua tentativa de demitir a mulher, mas acabou
ganhando mesmo é um “vale encontro sexual” de origem duvidosa. Tomei um baita
susto quando Mindy leva um soco no nariz e fiquei imaginando o escândalo que eu
mesma faria nessa situação.
O novo enfermeiro,
contratado ali mesmo é um tipo bizarro que promete bons momentos. O que foram
aqueles conselhos todos sobre quais posições sexuais Mindy não deveria tentar?
Tudo isso acontecendo diante do olhar crítico de Danny, que ainda paga o pato
de ser um marido bêbado e que bate na mulher. Parece uma boa coisa para se
fazer num metrô ou local do qual seu amigo não possa fugir dos olhares de
reprovação do povão.
P.S* Esperando as amigas e funcionárias avulsas da clinica
terem alguma função além de serem figurantes de luxo.
P.S*Mindy comandando entrevista de emprego é ótima, especialmente tentando misturar o visual sério com o de vadia. Palmas.