Também quero jogar ‘Celebrity’.
Depois de apenas três episódios de audiência claudicante,
posso dizer que sentirei muito se Partners for cancelada nas próximas
semanas. É verdade. Não digo isso a
respeito de uma sitcom há algum tempo e é a primeira vez em anos que consigo
rir, genuinamente, de uma comédia clássica.
Esse terceiro episódio é de longe o melhor de todos,
provavelmente porque nos dois anteriores estávamos conhecendo a dinâmica básica
dos personagens. Ainda estamos, é claro, mas já dá para saber um pouquinho
sobre suas reações aos acontecimentos e as cenas acabam ficando melhores.
Por exemplo, já dava para saber que Joe contaria toda e
qualquer informação que descobrisse sobre Ali para Louis e já dava para saber
que Wyatt saberia mesmo sem querer se meter, só porque Louis não consegue ficar
calado. Pode parecer previsível, mas acaba transformando o humor da série em
algo bem familiar e bacana de acompanhar.
O tema da semana foi muito acertado. A mudança de Ali para o
apartamento de Joe levanta a bandeira do bom namorado. Sim, ele e Louis são
ótimos namorados para Ali e sempre dou risada desse compartilhamento. Mais do
que isso, eu ri da babaquice da caixa que cai em cima de uma tesoura em
movimento e revela que Ali já teve “amor físico” com Derek Jeter. Pois é, o
cara é um jogador de baseball que faz o estilo womanizer, então a surtada de
Joe foi justa e nem o sexo animal com a celebridade avulsa de TV a cabo que ele
inventou para se equiparar daria conta de algo assim.
A melhor parte, é claro, foram as sequências do pessoal
jogando ‘Celebrity’. Louis é uma megera competitiva e lançou pistas excelentes
sobre cada famoso ou famosa que deveriam adivinhar. As melhores foram dadas por
Ali, no entanto, tentando pegar Joe no flagra, com a armação sobre Justin
Timberlake. Era óbvio que Joe tinha contado tudo para Louis e talvez por já
saber isso eu tenha me divertido tanto com a coisa toda.
Preciso dizer também que cada dia mais gosto da presença de Wyatt.
Todas as citações da infância religiosa sem TV foram muito bacanas e as
demonstrações de nervosismo dele são amedrontadoras, especialmente seus gritos
raivosos para Louis. Dizem por aí que Brandon Routh, o Gianechinni americano, é
mau ator e acho que concordaria sem piscar antigamente. Por sua atuação em
Partners eu o redimo dessa afirmação. Ele está ao lado de três colegas de cena
que se destacam com imensa facilidade e mesmo assim, já conquistou seu espaço.
P.S*Concordo. Lorenzo Lamas não é celebridade.
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